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A volta das fitas cassete: será que a moda pega?


O revival dos suportes de música chegou nas queridas fitas, que começam a registrar aumento nas vendas

Quem já passou dos 30 anos certamente lembra das fitas cassete. Afinal, vai dizer que não era divertido montar mixtapes com os hits que você aguardava tocar durante a programação no rádio? E a raiva que dava quando o locutor falava em cima do finalzinho da música, estragando sua incrível coletânea? E a saga para ouvir novamente aquela faixa que você amava, haja botão rewind/fast forward! E quando o rolo magnético enrolava e as canetinhas entravam em ação para consertar… Bateu saudade?

Claro que o .mp3 e os sites de streaming facilitaram muito nossas vidas quando o assunto é curtir um som. Mas por outro lado, temos que admitir, também retiraram um pouco da áurea quase sagrada do ritual de ouvir música. E certamente por isso, o encanto em torno dos vinis, que vem registrando aumentos nas vendas a cada ano que passa, atraindo um público de entusiastas cada vez mais jovem, movimentando o mercado e instigando os artistas a lançarem seus trabalhos nesse formato. Mas e o cassete?

Por incrível que pareça, nossa saudosa fitinha segue o mesmo caminho: de acordo com a Billboard americana, as vendas nos EUA em 2016 quase dobraram em relação ao ano anterior, um crescimento de 74% (129 mil cópias em 2016, contra 74 mil, em 2015). O sucesso do formato ao longo do ano passado foi capitaneado por lançamentos de nomes como Justin Bieber (“Purpose”), The Weekend (“Beauty Behind the Madness”) e 1975 (“I Like It When You Sleep, For You Are So Beautiful Yet So Unaware of It”); assim como os relançamentos de Eminem (“The Slim Shady”) e Prince (“Purple Rain”).

O boom das vendas das fitas cassete também se justifica pelo Cassette Store Day, que aconteceu em escala mundial no dia 8 de outubro, marcado por lançamentos especiais para a data. Vale lembrar que antes do Cassette Store Day, tivemos por aqui em setembro do ano passado, o 1º Bazar e Encontro de Colecionadores de Fitas Cassete, em São Paulo.

Apesar do crescente interesse, as fitinhas ainda têm um longo caminho para chegar ao status do vinil. Mas a trajetória deve ser similar: encantando inicialmente os apaixonados por música e colecionadores para em seguida, ser o novo hype do momento. E você, se empolga com as fitinhas?

Por Zimel


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