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Classiqueira: o heavy metal por Ronnie James Dio


Confira a trajetória deste saudoso, pequeno grande vocalista, e um dos mestres do heavy metal: Ronnie James Dio

Dio, Black Sabbath e Heaven & Hell. Como bom apreciador de heavy metal você já deve ter escutado alguma delas – ou todas. Rainbow e Elf, talvez, não? E o que elas têm em comum? A presença e voz marcante de Ronnie James Dio.

Tudo começou na época de escola quando Ronald James Padavona, nascido em Portsmouth – EUA, em 10 de julho de 1942, montou uma banda rockabilly com os amigos, a qual foi batizada por vários nomes, desde The Vegas Kings, Ronnie & The Rumblers, Ronnie And The Red Caps, Ronnie Dio And The Prophets por último The Elves decidindo por “Elf”. A banda excursionava com o Deep Purple, e durou de 1967 a 1975, gravou apenas três álbuns. Encerrou as atividades quando o então guitarrista Ritchie Blackmore (ex – Deep Purple), cansado do Deep Purple, resolveu montar sua própria banda e convidou quase toda formação da “Elf” para integrar a “Rainbow” em meados da década de 70.

Nesta época, Ronnie já tinha adotado seu sobrenome artístico “Dio”, passando a ser conhecido como Ronnie James Dio. Na “Rainbow”, permaneceu de 1975 a 1978 e participou de quatro discos: “Ritchie Blackmore’s Rainbow“, “Rising (também conhecido como Rainbow Rising), “On Stage” e “Long Live Rock ‘n’ Roll “. Desse período temos vários hinos ode ao metal, com alcance vocal impressionante de Dio com “The Temple of the King”, “Stargazer”, “Long Live Rock’n’Roll” e “Gates of Babylon”.

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Após deixar o “Rainbow” por desentendimentos, Dio foi convidado por Tony Iommi para ocupar o posto de vocalista do Black Sabbath – devido à saída de Ozzy Osbourne na época – e paralelamente, também montou sua própria banda, chamada apenas “Dio”. A era sabática foi curta e significativa para a carreira de Ronnie, de 1980 a 1982 já alcançando sucesso com o disco “Heaven & Hell” e deixando os hinos “Neon Knights”, “Heaven and Hell” e “Die Young”.  Houve um breve retorno no Black Sabbath em 1992, convocado por Tony Iommi, do qual a banda saiu em turnê, inclusive com Dio passando pelo Brasil pela primeira vez.

Com sua banda, Dio lançou o primeiro e notório disco “Holy Diver” em 1983, que contou com participação do baterista Vinny Appice, que tinha tinha acompanhado-o na saída do Black Sabbath, seu antigo companheiro do “Rainbow”, o baixista Jimmy Bain, e o guitarrista Vivian Campbell (posteriormente no Def Leppard), o álbum foi muito bem aceito e deixou clássicos, como a faixa-título, “Stand Up and Shout”, “Don’t Talk to Strangers” e o hit “Rainbow in the Dark”. Em 1984 lançou outro importante disco: “The Last in Line” e nele constam importantes faixas, além da homônima, “We Rock”, e “Egypt” (The Chains Are On).

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Daí seguiu mais oito discos de estúdios lançados, excursões pelo mundo, inclusive passando pelo Brasil por sete vezes, sendo a primeira em 1992- como citado acima – depois em 1997 com a banda solo, 2000 acompanhado o Deep Purple, 2001, 2004, 2006 e em 2007 com o “Heaven & Hell”. Esta última veio de uma reunião com os antigos companheiros de Black Sabbath: Tony Iommi, Geezer Butler e Vinny Appice, para excursionarem em divulgação da coletânea “Black Sabbath – The Dio Years”. Evento que resultou na formação da banda “Heaven & Hell”, que permaneceu ativa até o dia de sua morte.

Responsável por popularizar o sinal com os dedos chifrados – que rapidamente tornou-se um verdadeiro símbolo de reconhecimento entre o público heavy metal – entre reivindicações sobre sua autoria e supostas associações as simbologias satânicas, segundo Dio, era um gesto de sua avó italiana contra mal-olhado.

Ronnie James Dio está na lista dos “100 Melhores Vocalistas de Heavy Metal” da revista Hit Parader em 10º lugar, e em 5º na lista dos “50 Melhores Cantores de Rock e Metal” do site Loudwire. Além de, claro, ter conseguido grandes êxitos com a banda que levava seu sobrenome artístico, Dio.

No dia 16 de maio de 2010, aos 67 anos, ele faleceu depois de muita luta contrao câncer de estômago. Sua morte foi confirmada por sua esposa, Wendy Dio. Em sua homenagem, foi organizado um show tributo que contou com os vocalistas Glenn Hughes Jorn Lande (Masterplan). Tempo depois foi montada a “Dio Disciples” que consistia por ex-membros da banda e o vocalista era Tim “Ripper” Owens, levando os clássicos de toda a carreira ao redor do globo em memória ao artista.

Por Sarah Ferrer, da Imprensa do Rock


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