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Classiqueira: “Toca Raul!!!” – um especial soubre Raul Seixas


Raul Santos Seixas, mais conhecido como Raul Seixas foi um lendário cantor, compositor, produtor musical, vocalista e músico

Permaneceu vinte e seis anos em atividade musical – de 1963 a 1989. Em sua lista de influências, encontramos músicos atemporais nacionais e internacionais como Luiz Gonzaga, Elvis Presley, Little Richard, The Beatles, John Lennon, Bob Dylan , só para citar alguns.

Frequentemente é considerado até hoje um dos pioneiros do rock brasileiro, e por vezes é chamado de “Pai do Rock Brasileiro” e “Maluco Beleza”, seu apelido mais conhecido.  Sua música caracteriza-se por misturar uma vasta composição de ritmos, como o próprio rock’n’roll, o rockabilly, baião, country rock, rock psicodélico, folk, fol rock, MPB, Blues, apresentava com letras reflexivas relatando os problemas comumente falados como vida e morte, a origem da vida, de onde viemos e para onde vamos, mas… de uma forma a frente de seu tempo devido à época em que se tornou conhecido e fez de composições inteligentes e doravante sua marca registrada.

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Em sua obra musical encontramos 17 discos lançados popularmente classificados como Rock e Baião unindo esses dois principais ritmos com maestria. Seu álbum de estreia, Raulzito e os Panteras, de (1968) foi produzido quando ele integrava o grupo “Raulzito e os Panteras”, mas que só ganhou notoriedade crítica e de público com as músicas de Krig-ha, Bandolo! (1973), como “Ouro de Tolo”, “Mosca na Sopa”, “Metamorfose Ambulante”.  Todos seus sucessos são tocados frequentemente até hoje e muito pedidos em shows alheios palcos afora… sempre tem aquela brincadeira que alguém grita ao fundo: “Toca Raul!!!” – Quem nunca? Rsrs

No disco “Gita” de 1974, fortemente influenciado por figuras ocultista como Aleister Crowley, classificou Raul Seixas como “contestador e místico”, e isso se deve aos ideais que vindicou, como a Sociedade Alternativa.  Seixas era cético e agnóstico, e se interessava por filosofia (principalmente metafísica e ontologia), psicologia, história, literatura e latim e algumas ideias dessas correntes foram muito aproveitadas em sua obra, que possuía uma recepção boa ou de curiosidade por conta disso. Ele adquiriu de uma grande audiência relativamente alta durante sua vida, e mesmo nos anos 80 continuou produzindo álbuns que venderam bem, como Abre-te Sésamo (1980), Raul Seixas (1983), Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum! (1987) e A Panela do Diabo (1989), este em parceria com Marcelo Nova.

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Seixas é aquele artista que não some – os fãs e admiradores o fazer eternamente lembrado, tanto que na medida que seus discos (principalmente álbuns póstumos) continuam a ser vendidos, tornando-o um símbolo do rock do país e um dos artistas mais cultuados e queridos entre os fãs nos últimos anos.

O último disco lançado em vida por Raul Seixas foi intitulado de A Panela do Diabo, que foi lançado pela Warner Music Brasil no dia 22 de agosto de 1989. Na manhã do dia 21 de agosto, o cantor foi encontrado morto sobre a cama, por volta das oito horas da manhã em seu apartamento em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca: devido ao seu alcoolismo ter sido agravado pelo fato de ser diabético, e por não ter tomado insulina na noite anterior, o que causaram-lhe uma pancreatite aguda fulminante. O LP A Panela do Diabo vendeu 150.000 cópias, rendendo a Raul um disco de ouro póstumo, entregue à sua família e também a Marcelo Nova, tornando-se assim um dos discos de maior sucesso de sua carreira. Raul foi velado pelo resto do dia no Palácio das Convenções do Anhembi. No dia seguinte seu corpo foi levado por via aérea até Salvador e sepultado.

Por: Sara Ferrer de Imprensa do Rock


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