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Dream Theater em São Paulo: nova turnê veio com incrível ópera-rock


Dream Theater realizou insano show com a nova turnê em São Paulo

A cidade de São Paulo recebeu a turnê The Astonishing, dos veteranos do Dream Theater. Na última quarta-feira (22), os presentes no Espaço das Américas puderam presenciar ao vivo e na íntegra o mais recente álbum do quinteto.

Um pouco fora do habitual para os shows de rock, foram montadas cadeiras na pista. Cada um que chegava tinha seu lugar marcado facilitando a vida do público – a maioria aparentando seus 30 e poucos anos. Não foi necessário aparecer com muita antecedência. Por volta das 21h30, ao som da intro “Descent Of The Nomacs”, acenderam-se as luzes mais os telões que constituíam o cenário. Foi então que a banda surgiu com “Dystopian Overture”.

Dream Theater: confira entrevista exclusiva com Jordan Rudess

Todas as músicas já eram aguardadas por todos. Na entrada, foram distribuídos folhetos com informações sobre o setlist e com a explicação da “ópera rock”. O álbum conceitual retrata basicamente a história de uma época e império onde as pessoas não ligavam mais para música, mas em um vilarejo por ali as coisas eram diferentes e assim a trama seguia com a participação ativa de personagens que são citados algumas vezes nas músicas. Nos telões rolavam as imagens dos mesmos no desenrolar da história.

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Como sempre, os incríveis músicos fizeram uma apresentação impecável. Além das habilidades musicais, chama atenção o imenso kit do baterista Mike Mangini, além do teclado “móvel” de Jordan Rudess. O guitarrista John Petrucci e o vocalista James LaBrie muitas vezes acenam e botam o público para participar. O baixista John Myung, como sempre bem tímido, durante todo o show fica ali em seu mundo particular, aparentemente bem concentrado sem sequer trocar olhares com seus colegas ou plateia.

No show ficou mais evidente que neste trabalho o Dream Theater está mais prog do que metal. São diversas “baladas” com violões e muitos pianos. Sem deixar a musicalidade de lado, playbacks e samplers fizeram parte do espetáculo provavelmente com a intenção de manter tudo o mais fiel ao que foi feito em estúdio. Aliás, o show foi dividido em dois atos com direito a intervalo de cerca de vinte e cinco minutos. Nem nessa hora era permitido tirar fotos.

A todo instante, funcionários do evento repreendiam todos que empunhavam seus celulares. Diziam que “a banda não queria”. Mesmo já sabendo o que vinha pela frente, os fãs mostraram animação do começo ao fim de cada faixa.

A ausência dos clássicos de outros álbuns da banda parece que não os afetou e o entusiasmo continuava, já que cantavam a maioria das letras. Apesar de terem falado pouco com o público durante o todo o show, os integrantes da banda pareciam bem-humorados. Ao final, um fã ergueu um cartaz pedindo um sorriso a John Myung que atendeu sutilmente.

De modo geral, poder presenciar esses monstros do prog metal é sempre uma satisfação. Foi um show impecável, com ótimo som. As músicas ao vivo ficaram ainda melhores que em estúdio. As composições ganharam mais profundidade, além do que dá gosto ver os caras tocando.

O fato das cadeiras foi bem pensado e executado, o que favoreceu uma atenção maior aos detalhes do show com quase três horas de duração (contando com o intervalo). A única ressalva fica pelo fato de que poderiam ter tocado uns dois ou três clássicos no bis. Mas quem foi já sabia que não ia ter “sobremesa”. Que voltem logo!

Por Imprensa do Rock


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