zoom

Entrevista – Rodrigo Alarcon, do “Parte”


Entrevista com Rodrigo Alarcon, do “Parte”.

O Elefante Voador adora uma boa música nacional, e pelos nossos vôos interweb descobriu uma fanpage no Facebook chamada “Parte”.

“Parte” é o nome do projeto de Rodrigo Alarcon, que decidiu dividir uma parte dele em uma fanpage. Ao divulgar a música “O Lado Vazio Do Sofá”, surpreendeu-se, pois foram mais de 130 mil visualizações em 24 horas no Facebook e no Youtube o vídeo conta hoje com mais de 9 mil visualizações. Pode parecer pouco para grandes artistas, mas para ele foi um “susto”, uma surpresa para um projeto despretensioso.

Quando o contatamos na quinta-feira passada, dia 26 de novembro, ele nos contou:

“O projeto começou efetivamente fazem 3 dias hahaha então eu não tive tempo de pensar em nada! Postei um vídeo na pagina e em 2 dias ele teve mais de 130mil views hahaha está sendo uma grande surpresa tudo isso!”

E mais:

“Estou nesse mundo já tem uns 9 anos, mas sempre tive bandas bem diferentes do estilo! Inclusive faço parte de uma banda de metal chamada Budapeste! hahaha Parte é justamente a parte de mim que não está ligada a nenhum outro projeto.”

Para saber mais do projeto “Parte”, Rodrigo Alarcon concedeu a seguinte entrevista para o Elefante Voador 🙂


1 – Quem é a pessoa atrás do “Parte De Mim”?

Prazer! Sou Rodrigo Alarcon, 23 anos, nascido em Sorocaba criado em Mogi das Cruzes. Capricorniano fajuto.

2 – Conte-nos sobre o “Parte” e qual sua relação com a música?

O “Parte” começou da forma mais despretensiosa possível. No inicio era apenas uma pagina de Facebook onde eu postava trabalhos meus que não se enquadravam em nenhum outro projeto que eu tinha. Nela eu postava basicamente poesias e ilustrações esporadicamente. Não existia uma regra. A música entrou no projeto quando eu reuni alguns amigos em casa e resolvi mostrar algumas canções que eu havia composto nos últimos 3 anos mas nunca me senti a vontade para expor. Após muita insistência por parte deles, resolvi gravar vídeos em parceria de um grande amigo, Lucas Mauá, e aceitação das pessoas foi algo surpreendente.

3 – Como é ter um projeto diferente da sua banda de metal? E no que eles se relacionam, além das artes?

É uma loucura hahaha mas não me sentiria completo se não tivesse os dois projetos. Eu sempre digo que o amor se fala baixinho, pois a gente quer quem ama perto, e o ódio se grita pra expulsar. Por esse motivo a Budapeste é onde eu consigo expor toda a minha raiva e frustração com os problemas do mundo atual, do cotidiano das grandes cidades, questões sociais e lutas. Já o Parte eu uso pra falar mais baixo. São duas válvulas de escape de sentimentos, cada uma a sua maneira.

4 – Quais suas maiores referências para compor?

Tudo o que escuto acaba virando referência na hora de compor. É tanta musica e de tantos estilos que fica difícil. Mas se for pra nomear alguns eu diria esses três: Martinho da Vila, Chico César e Dallas Green (City and Colour)

5 – Pretende fazer uma musicalização além da voz e violão? Ou gosta desse tipo de sonoridade?

A voz e violão vieram pela simplicidade do projeto em sua concepção mas não é uma regra. Como não existia nenhuma pretensão e dinheiro envolvido para as gravações optei por fazer as musicas simplesmente com voz e violão, mas para a gravação da EP, prevista pro inicio do ano que vem, pretendo adicionar alguns outros instrumentos.

6 – Com as redes sociais é mais fácil divulgar o trabalho, você acha que isso ajuda a música brasileira?

Sem sombra de dúvida. Não me lembro da ultima vez em que descobri um artista novo fora das redes sociais. A internet aproximou e trouxe todos para um mesmo espaço, então é possível conhecer artistas de outros estados de diferentes culturas sem sair de casa.

7 – Como foi fazer os clipes divulgados no youtube/facebook?

Foi muito tranquilo. Quando resolvi que gravaria os vídeos logo pensei em convidar meu amigo Lucas Mauá para dirigir pois sabia que ele teria a sensibilidade necessária para transmitir exatamente o que as musicas pedem.

8 – Com qual cantor/a gostaria de fazer uma parceria? Por quê?

Existem muitos artistas que gostaria, Maria Gadú é uma mulher que admiro muito e seria incrível uma parceria. Quem sabe um dia, não? hahaha

9 – Terá agenda de shows?

Sim, após o boom de “O lado vazio do sofá” alguns contratantes de casas me contataram. No facebook do Parte sempre terá a agenda atualizada.

10 – Qual a sua maior satisfação com o “Parte”?

O que mais tem me deixado realizado são as mensagens de carinho que recebo de gente que se identifica com a música. Isso não tem dinheiro que pague. Saber que mudei o dia de alguém me deixa muito feliz.

11 – Qual mensagem você gostaria de passar para as pessoas com a sua música?

Escrevo pra me libertar. Então se tem alguma mensagem que eu posso passar é que amar tão importante quanto desamar hahaha. O que seria da musica sem os desamores, afinal?

Jogo rápido:

1 – Um livro: Carta à D. – André Gorz

2 – Um filme: Medianeiras

3 – Uma música: Estado de Poesia – Chico César

4 – Um lugar: Qualquer varanda ou janela

5 – Uma frase: “Os cientistas dizem que somos feitos de átomos, mas um passarinho me diz que somos feitos de histórias.” (Eduardo Galeano)

6 – Cantor/a nacional: Martinho da Vila

7 – Cantor/a internacional: Dallas Green

8 – Internet: Amor e ódio

9 – Parte: Um pedaço

10 – Lado vazio: Todo resto


Nós adoramos conhecer um pouco mais sobre o Rodrigo Alarcon e seu projeto Parte. Esperamos que vocês tenham gostado também ♥!

Aproveite para conhecer um pouco mais sobre o trabalho do Rodrigo e acompanhar as novidades sobre seu projeto  no Facebook e no YouTube.

 

Abraços voadores,

Cintia e Isis, do Elefante Voador

 


Deixe seu comentário


Envie sua matéria


Anexar imagem de destaque