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Taylor Swift e a hora de parar


O grande talento é incontestável, mas cabe uma análise sobre  as estratégias e o comportamento da Pop Star

É muito complicado me comprometer desta maneira ao falar de alguém que todo mundo ama. Eu não sou diferente, AMO o Red e o 1989 com todas as minhas forças e sim, as minhas fossas foram compreendidas e minuciosamente detalhadas por Taylor Swift em suas canções. Mesmo assim, é hora de dizer tchau. Não para sempre, mas para agora.

As investidas de Taylor Swift como grande empreendedora e empresária ofuscaram seu talento muitas vezes. A super midiática briga via twitter com Nicki Minaj foi só uma gotinha num oceano; ao invés de falarmos sobre seu enorme talento para compor, ficamos debatendo suas escolhas contra o Spotify e a aparente orquestrada carta aberta à Apple, que culminou na liberação do seu conteúdo só para o streaming da maçã. Publicity stunt? É o que parece.

Em meio a piadinhas como “pague o boleto”, quase que o público geral se esquece das grandes faixas pop que fez neste período. Isto é, não fosse pelo interminável looping destes pop anthems nos radinhos. Exigiu, bateu o pé, disse defender os artistas menores, mas só aumentou sua exposição na mídia e engordou seus cofrinhos que já estavam bem cheios. Não tirou o recorde de 14 anos de Britney Spears, mesmo assim.

Taylor é linda, alta, magra e tem um grupo de amigas à sua imagem e semelhança. Sempre bem acompanhada, fez clipe com um verdadeiro time de poderosas, chama outros super amigos nos palcos da sua turnê e não esconde no seu instagram o quão bem relacionada é. O “girl power” e a aproximação entre mulheres, serve apenas para algumas que ela escolhe. Não é o caso de Katy Perry e Camila Belle que inspiraram “Bad Blood” e “Better Than Revenge”, respectivamente. Portanto, “não coloque mulheres contra outras” não é uma frase de efeito aplicável, neste caso.

Está na hora de parar. Não porque o 1989 não rende mais. Rende inteirinho, se ela assim entender. Mas porque sua imagem está desgastando e a transformando numa garota tão mimada e cheia de si, que exceto seus fãs, não há mais quem suporte. Taylor tem muito o que aprender sobre feminismo e todas as outras questões que faz questão de opinar. Ninguém aprende sobre a indústria fonográfica, a imprensa e a relação com o público assim, de um dia para o outro. Apesar de veterana no country, os pesos e medidas no pop são muito maiores e complexas.

É hora de parar, sobretudo porque quero assistir essa apresentação de “Out Of The Woods” com a nostalgia de quem curtiu muito esse álbum. E porque quero lembrar o quanto essa garota é foda para compor músicas de coração-partido. Tomara que ela namore ainda mais e mal posso esperar por Calvin Harris como próximo alvo. Porque a história de uma garota é dela, e porra, Taylor sabe contá-las como ninguém! Pare, Taylor! Agora! Mas volte! E da próxima vez, quero gostar de você o quanto gosto de te ouvir cantar.

Por Nathalia Ferrari – Popchiclete.com


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