O ano era 1993. Bruce Dickinson deixa os vocais do Iron Maiden e decide seguir carreira solo. Para o seu lugar, a donzela trouxe, no ano seguinte, o ex-Wolfsbane Blaze Bayley. Durante pouco mais de cinco anos com a banda, Blaze ficou marcado pela não-aceitação de parte dos fãs, na fase mais conturbada da carreira do Maiden. Muitos contestaram o estilo do novo vocalista, uma performance ao vivo aquém do esperado quando cantava os clássicos e as novas produções autorais da banda. Para alguns, o então fim da era Bruce Dickinson era também o fim do Iron Maiden.

Por outro lado, há quem diga que foi uma época de bons frutos para a produção autoral da banda e o som apresentado nos álbuns The X Factor (1995) e Virtual XI (1998) só desagradou por ter um estilo diferente da identidade dos Golden Years. Com menos mídia e glamour do que o Iron Maiden teve em março, Blaze está em turnê pelo Brasil até domingo e tem quatro shows marcados para esse período, em Curitiba-PR, Videira-SC, Urussanga-SC e Porto Alegre-RS. O Foi Show traz para você as cinco melhores músicas produzidas pelo Iron Maiden na era Bayley.

Futureal

A primeira canção do Virtual XI foi uma das mais bem sucedidas da era Bayley. Escrita pelo próprio vocalista, a letra que fala de realidade virtual foi ouvida também na voz de Bruce Dickinson, no início da fase de retorno do antigo vocalista. A canção também seguiu para o setlists da carreira solo de Blaze Bayley, sendo incluída no álbum As Live As It Gets, em 2003.

Lord of the Flies

Três anos antes, a música que se destacava era “Lord of the Flies”. Após aparecer em The X Factor (1995), foi lançada como single no ano seguinte e traz um dos poucos refrões marcantes da era Bayley.

Sign of the Cross

Também presente em The X Factor, “Sign of the Cross” foi mais uma música da era Bayley que seguiu com o Iron mesmo após a volta de Bruce Dickinson. Em 2001, fez parte do setlist da banda no Rock in Rio.

The Clansman

Masterpiece da era Bayley, “The Clansman” é o maior sucesso do Iron Maiden nesta época. A música inspirada no filme “Coração Valente”, vencedor de cinco Oscars naquele ano, permaneceu nos setlists do Maiden por alguns anos, foi interpretada por Bruce Dickinson no Rock in Rio III e incluída na coletânea “From Fear to Eternity – The Best of 1990-2010”.

When Two Worlds Collide

Embora não tenha sido aproveitada pelo Maiden nos anos seguintes, “When Two Worlds Collide” merece um espaço na lista. Os bons arranjos e um refrão mais marcante empolgam e poderiam ter sido melhor explorados pela donzela. Presença frequente nos shows solo de Blaze, a faixa também ganhou espaço em “As Real As It Gets”.

Por Matheus Wenna, Foi Show.