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As surpresas do musical Wicked no Brasil


O que esperar do musical Wicked no Brasil

O musical Wicked finalmente chega ao Brasil e a espera está acabando, pois o espetáculo estreia na semana que vem, em São Paulo, dia 04 de março, no Teatro Renault.

A montagem do musical é original e com todas as letras em português. No elenco principal temos Myra Ruiz (Elphaba), Fabi Bang (Glinda), Sérgio Rufino (Mágico de Oz), Adriana Quadros (Madame Morrible), Jonatas Faro e André Loddi (Fiyero), Giovana Moreira (Nessarose), Bruno Fraga (Boq) e César Mello (Doutor Dillamond). Na equipe criativa, eles trouxeram todo o seu pessoal e contam com quatro integrantes brasileiros para a parte de roteiro e direção.

FOTO MARCOS MESQUITA-350

A equipe criativa contou que foi um trabalho duro, árduo e intenso para fazer o musical, de tal forma que o espetáculo não seja uma réplica ou uma cópia do que já foi feito nos Estados Unidos, na Alemanha ou em qualquer outro lugar, será um trabalho único para o Brasil. Para isso, foram cinco semanas intensas de audições, com a participação de 2 mil pessoas, sendo que 34 delas foram selecionadas para fazer parte do elenco. E não foram só eles que passaram por testes, até os tradutores fizeram esse processo.

Hoje, a imprensa teve a oportunidade de conferir três trechos do musical ao vivo e realmente é um espetáculo! Tanto na sua letra, como em sua composição e cenário. Quanto à interação dos personagens, sentimos uma vibração muito boa entre eles, que consequentemente passa para o público. É possível ver uma amizade entre duas mulheres, que geralmente não é muito comum nos palcos.

O criador das músicas e das letras originais, Stephen Schwartz, está bem empolgado e confiante com o elenco, que tem gente muito forte, além de sentir que os papéis estão bem representados para quem foi destinado, ele disse que cada ator está trazendo o personagem para si, ou seja, estão dando “vida” para o personagem. E, segundo ele, após as primeiras apresentações para o público, ainda há muito o que refinar para cada dia o espetáculo ficar ainda melhor.

Uma das surpresas que o espetáculo nos traz é uma brasilidade nas características dos personagens. Segundo a coreógrafa do espetáculo, a personagem Glinda tem um gingado brasileiro, ou seja, um andar que me mexe mais o quadril, que não é original do personagem. Preparem-se para ver alguns passos de samba na coreografia.

Segundo Fabi Bang, dar um toque de brasilidade para Glinda foi desafiador, pois há muito material de referência em vídeos na internet, então seria muito fácil reproduzir algo que ela já tivesse visto anteriormente. Ela ainda confessou que adora um desafio, portanto, conseguiu dar sua contribuição para que a personagem tivesse características brasileiras sem perder a essência do seu original. Para ela, está sendo uma realização incrível, pois já era fã do espetáculo antes de saber que faria parte do elenco de Wicked.

FOTO MARCOS MESQUITA-144

Enquanto isso, a atriz Myra Ruiz contou que conseguiu dar vida à personagem quando se viu de verde pela primeira vez e teve vontade de chorar, pois tudo estava se encaixando. Ela entendeu o que era a personagem, conseguiu se colocar no lugar dela e pensar melhor, e assim foi criando a sua própria Elphaba.

Foi muita preparação, descanso e apoio da equipe, e o elenco aprendeu muito para criar os personagens, portanto, segundo Stephen Schwartz, todos estão trabalhando para trazer o melhor espetáculo possível para nós, do Brasil, e um show que você só poderá ver especificamente aqui, já que foi todo traduzido e adaptado para que seu texto converse com o público brasileiro. E, claro, se for um sucesso e as reações forem positivas, há até mesmo a possibilidade da produção de um CD do musical Wicked, com o elenco brasileiro! Uau!

E a história? Ah… A história conta muito sobre o quanto você se entrega para aquilo que você quer e quais são os custos disso. O que fazer até se encaixar e quando parar de tentar, ou seja, de tentar o que os outros querem que você se encaixe. Afinal, muitos de nós, de alguma forma, temos essa sensação de não nos encaixarmos em algum momento. Todos nós somos um pouco essa menina verde.

Abraços voadores,

Isis Tomie, do Elefante Voador para Midiorama


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