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Confira nossa crítica da primeira temporada de “Desventuras em Série”!


Se você procura ler algo amigável, prazeroso e com um final feliz, seria melhor passar longe daqui!

Uma das séries mais esperadas do ano, “Desventuras em Série” ficou disponível na Netflix no último dia 13, isso mesmo, na sexta-feira 13! Na mesma hora, milhares de fãs correram para assistir e descobrir mais uma adaptação da obra de Lemony Snicket. Depois de um filme lançado em 2004, os fãs foram presenteados com uma adaptação agora na Netflix que ainda conta com o escritor dos livros como roteirista.

A série narra as aventuras de três irmãos muito inteligentes, os órfãos Baudelaire. A história parte do momento em que as crianças são informadas de que seus pais faleceram em um terrível incêndio que ocorreu em sua mansão, destruindo-a. No primeiro livro, as crianças vão viver sob tutela de um primo distante, o Conde Olaf, um homem terrível e pouco higiênico que tenta roubar a enorme fortuna que seus pais lhes deixaram.

Em cada livro as crianças são levadas a um novo tutor excêntrico; o Conde Olaf sempre os acha onde quer que estejam, aparecendo em disfarces ridículos com um plano diferente para roubar a fortuna das crianças. Aparentemente, os únicos que não são enganados pelos disfarces são os Baudelaire.

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Adaptação

Com o escritor dos livros sendo roteirista da série, já era esperado que no quesito da adaptação não iria ser decepcionante, mas foi muito além do que os fãs esperavam. Seguindo praticamente à risca os quatro primeiros livros (com algumas mudanças pontuais já visando no futuro da série), a série ainda consegue surpreender até os leitores mais assíduos dos livros escritos sob o pseudônimo de Lemony Snicket, com um arco de historia envolvendo dois personagens cruciais para os livros criado especialmente para a serie.

Com duas horas por livro, a serie consegue adaptar fielmente o livro (tendo até as dedicatórias á finada Beatrice, grande amor de Lemony, em cada começo de livro) , sem que fique cansativo e ao mesmo tempo criando mistérios envolvendo um desenho de olho e organizações secretas que só seriam apresentados nos próximos livros.

Atuação e personagens

Neil Patrick Harris está ótimo como Conde Olaf e a cada novo disfarce, ele fica mais livre no papel. Ele consegue manter um equilíbrio entre o cômico e o intimidante, mas sem perder o tom meio teatral tão característico do Conde Olaf dos livros.

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As crianças (Sunny, Klaus e Violet) estão bem nos seus papeis, sem nenhum momento suas atuações incomodaram ou nos distraíram da trama. Referente suas especialidades, quem rouba a cena é a bebê Sunny (muitas vezes recriada digitalmente) com suas legendas e necessidades de morder coisas duras sendo hilárias.

Sunny Baudelaire

Sunny (Presley Smith) ainda é um bebê. É a caçula do trio. Ela gosta de morder todo o tipo de coisa, com seus quatro dentes afiadíssimos, treinados para isso e, que compensa sua baixa estatura. Sunny garante diversas cenas engraçadas mesmo sem muitas palavras, ela também garante as cenas fofas que te deixam ainda com mais dó das crianças.

Klaus Baudelaire

Klaus (Louis Hynes) tem 12 anos e é o irmão do meio. Seus óculos dão a impressão de que ele é um amante dos livros, o que é totalmente real. Depois de ler e memorizar boa parte do gigantesco acervo da biblioteca dos pais, ele usa o seu grande conhecimento para ajudar os irmãos a escapar de muitos perigos.

Violet Baudelaire

Tem 14 anos e uma mente extremamente inventiva, capaz de encontrar as mais diversas soluções para os problemas dos órfãos. Sempre carrega consigo, uma fita para amarrar o cabelo, quando as engrenagens e alavancas de seu cérebro começam a funcionar. Violet é interpretada por Malina Weissman, que leva um toque pessoal para sua personagem.

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Lemony Snicket

O narrador da série e “escritor” dos livros é um show a parte. Fazendo participações pontuais, ele consegue ser melancólico e cômico ao mesmo tempo. Suas aparições durante as cenas são hilárias, usando sempre trajes referente as cenas e com os personagens esperando ele acabar de falar para continuar, a serie consegue criar um tipo de metalinguagem pouco vista hoje em dia.

Roteiro e fidelidade aos livros

O humor que o roteirista e escritor dos livros conseguiu trazer para a série chama a atenção por sua fidelidade aos livros, por não quebrar o tom sombrio e melancólico da série, com as legendas de Sunny e o narrador Lemony Snicket sendo um dos pontos altos.

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Cenários ricos em detalhes e dignos de pausa para procurar segredos entre eles, efeitos extremamente cartunescos que combinam com a proposta da série, mudanças de tons dependendo do estado emocional das crianças, e uma abertura que muda cada episodio que passa, a série faz de seu visual algo único e garantindo a apreciação dos fãs dos livros.

Por Balde de Pipoca


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