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10 “perrengues” enfrentados por fãs teens nos anos 90


Quem tem 15 anos hoje não deve imaginar como era ser fã no fim dos anos 90, mais de 15 anos atrás.  Por isso revolvemos montar uma listinha para apresentar os “perrengues” dos fãs dos anos 90, para os jovens fã clubes de 2015. E também para fazer os fãs de Hanson, Backstreet Boys, N’Sync, Spice Girls, Britney, Aguilera e outros ícones teens do fim dos anos 90, relembrarem seus anos de glória e juventude.

A adolescência é uma época em que o fã, que vive dentro de você, é mais apaixonado, engajado, fervoroso. É quando vivemos a vida dos nossos ídolos mais intensamente e é quando mais fã clubes são formados.

Quem tem 15 anos hoje não deve imaginar como era ser fã no fim dos anos 90, mais de 15 anos atrás.  Por isso revolvemos montar uma listinha para apresentar os “perrengues” dos fãs dos anos 90, para os jovens fã clubes de 2015. E também para fazer os fãs de Hanson, Backstreet Boys, N’Sync, Spice Girls, Britney, Aguilera e outros ícones teens do fim dos anos 90, relembrarem seus anos de glória e juventude! haha

1 – Criar um Fã Clube:

Além de amar um ídolo, tinha que ter muita coragem e energia para montar um fã clube. O empreendedorismo, certamente, habitava as mentes dos presidentes de fã clubes, porque OLHA… dava um trabalhão! Desde divulgar seu fã clube no boca-a-boca e em anúncios de jornais e revistas (A internet não funcionava como hoje, né gente!); Abrir uma “caixa-postal” no correio mais próximo de casa para receber as centenas de cartas de fãs de todo o país (e para os mais populares, do mundo); Montar a sede do fã clube no seu quarto; Marcar os encontros de fãs por telefone, fax ou cartas; E claro! Criar e distribuir as carteirinhas (de verdade mesmo! fisicas e enviadas pelo correio!)

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2 – Fonte de informações:

É até difícil lembrar como era a vida sem o Google, portais de notícias, fã sites, etc. Pois éééé… As “novidades” dos ídolos nunca eram tão fresquinhas quanto hoje. As principais fontes de informações dos fãs eram a MTV e a banca de jornais que traziam as revistas internacionais. E nem todas as bancas traziam as revistas que buscávamos. Às vezes tínhamos que sair catando qual banca de revista tinha a tal revista… enfim… O jeito era colocar o seu nome na lista de reservas de muitas bancas de jornais.

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3 – De onde vinha o dinheiro:

Lembro que adolescência é o período mais apaixonado, mas também é um dos períodos mais pobrinhos da vida. Então o negócio era guardar o dinheiro do lanche (pois é, alguns passavam fome por mais uma revistinha do seu ídolo) e juntar com o dindim da mesada. E depois gastar TUDO na banca de jornal que mais trouxesse revistas ou figurinhas ou posters ou adesivos do ídolo. Fora os singles, CDs e os vídeos especiais (em VHS, claro!)

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4 – Quanto maior a coleção, mais importante era o fã clube:

Claro, depois de gastar todo o dinheiro da vida em revistas, nenhuma fotinho que viesse nas páginas das benditas poderia ser descartada. Então todos os posters, fotos, matérias,… TUDO ia para dentro de pastas organizadoras (de capa dura e com muitos plásticos dentro – quanto maior a pasta, melhor!).

Além das revistas, bonetos, produtos dos ídolos, vídeos, álbum de figurinhas, camisetas,… qualquer item com a cara ou nome do ídolo estampado contava na coleção. E o mais legal era se reunir com os amigos para comparar as coleções, com todo o cuidado do mundo, obviamente. (Ai de quem rasgasse o cantinho do poster!)

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5 – Planejamento de VIDA para a estreia da nova música:

Ah… Como a internet facilitou vidas… Músicas disponibilizadas em todas as plataformas digitais, ou “vazadas”? Isso era INIMAGINÁVEL naquele tempo.

Uma rádio era escolhida para divulgar o single com exclusividade, quase DOIS MESES ANTES dos álbuns chegarem nas lojas, e ficava anunciando na programação qual seria o dia e a HORA do lançamento da nova música do seu ídolo amado. Então, se você quisesse ouvir a música a qualquer momento, o correto era programar a sua vida para que você estivesse em frente ao rádio, com uma fita K7 pronta e o dedo preparado no REC no exato momento que a bendita rádio colocasse a tal música para tocar. Se essa sua estratégia fosse bem sucedida, MARAVILHA! Você poderia até levar a música com você para todos os lugares no seu “walkman”. <3

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6 – Planejamento de VIDA para a estreia do novo clipe na MTV:

A ginástica era parecida com o lançamento da música. A MTV ficava anunciando o lançamento do clipe, e naquele dia e hora os fãs matavam seus cursos de inglês, suas aulas de natação e qualquer outro compromisso “menos importante” para estar na frente da TV com a fita VHS dentro do vídeo-cassete e com o dedo no REC pronto para entrar em ação no momento exato.

E se tudo desse certo, lá estava o clipe gravado para a posteridade e para ser visto quantas mil vezes o fã tivesse afim. Mas para isso a fita tinha que estar no momento certo, o vídeo-cassete não podia “engasgar” e a chamada da MTV tinha que ser certeira. Se não… alguns segundos do novo clipe seriam perdidos. E só nos restava ficar ligando pedindo o clipe para o DISK MTV!

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7 – Planejamento de VIDA para comprar o CD no dia do lançamento:

Gente, nossa vida de fã tinha que ser MUITO planejada. Qualquer vacilo, já era! Uma grande estratégia era programar sua semana (junto com seus pais) para que você estivesse nas Lojas Americanas no dia EXATO do lançamento do CD do seu ídolo. (Sim, porque a opção de comprar depois nunca foi considerada por nenhum grande fã, certo?!)

Nada mais feliz do que sair da loja com seu CD novinho nas mãos. <3

E nesse momento todas as fitas K7 que você gravou se tornavam inúteis, a não ser para continuar levando seu walkman para a escola. Os mais modernos que já tinham o Diskman, esses sim, já preparavam a mesma K7 para gravar em cima o lançamento da próxima música.

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8 – Encontrar o seu ídolo: Sonho máximo e praticamente inalcansável

Encontrar o ídolo continua sendo tarefa difícil, mas em 2015 as grandes turnês já incluem o Brasil no roteiro de shows. O que faz com que seu ídolo possa estar no mesmo país e cidade que você. E se você guardar muito dinheiro e tiver muita sorte, pode conseguir um Meet&Greet. 😉

Há mais de 15 anos nossos ídolos não vinham ao Brasil quase todo ano, e o jeito era se inscrever em TODAS as promoções de “conheça o seu ídolo”, fossem elas de revistas, programas de TV ou de salgadinhos. O importante era seguir o regulamento e rezar para ser aquela UMA PESSOA premiada para viajar para os EUA, assistir ao show e depois ainda tirar uma fotinho com seu objeto de adoração.

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9 – Social Network: naquele tempo…

Conversar com fãs de outros lugares e países, hoje é natural. A galerinha de 15 anos já está até sabendo espanhol e inglês só de bater papo com outros fãs pelo twitter, facebook, whatsapp,… Já há algum tempo atrás essa comunicação era feita por CARTAS!

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10 – O quarto da pessoa…

Não sei se hoje continua assim, mas imagino que seja BEM MENOS. Porque na época como todas as revistas eram compradas, recortadas e nem todas as páginas cabiam nas pastas da coleção. Muitos posters, principalmente os MAIORES, iam para as paredes (tetos, portas, armários, etc). Decoração típica de um fã teen.

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Os tempos mudaram (graças a Deus), e agora as dificuldades são outras. Lidar com a velocidade e pluralidade das informações deve ser tão difícil quanto a falta delas. O importante é que fã sempre será assim, paixonado. Principalmente os fãs adolescentes (e brasileiros), esses fazem o mundo girar e os ídolos se tornarem ícones mundiais.

 

Por Natália Brandão

 


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