A cantora sueca Robyn lançou nesta quarta (12) a faixa “Dopamine”, seu primeiro trabalho solo desde 2018. O single marca o reencontro com o produtor Klas Åhlund, parceiro de longa data em álbuns como Body Talk e Honey, e chega acompanhado de um videoclipe dirigido por Marili Andre, já disponível no YouTube.
“Dopamine” explora a relação entre emoções, corpo e tecnologia — tema que Robyn vem discutindo publicamente. Em entrevista internacional, ela comentou que hoje decodificamos sentimentos por meio de dados e substâncias químicas, afirmando: “É como se não aceitássemos mais que somos humanos, tentando explicar tudo por hormônios ou ciência”. Para a artista, a música retrata essa dualidade: a coexistência entre sensações intensas e o entendimento de que elas também são processos biológicos. “Não escolho religião ou ciência. Aceito que ambas estão ali”, disse a cantora.
O videoclipe traz imagens que dialogam com essa proposta, incluindo movimentos contínuos e momentos de intensidade emocional, reforçando a ideia de atravessar estados internos. Veículos estrangeiros destacaram cenas de Robyn dançando sob chuva e a linguagem visual como extensão direta do conceito da faixa.
O lançamento ocorre após um hiato prolongado. Desde “Honey” (2018), Robyn participou de projetos e parcerias, mas não apresentou novos trabalhos solo. Em setembro, Klas Åhlund declarou, em um podcast, que o novo álbum da artista está concluído — reforçando a possibilidade de que “Dopamine” inaugure oficialmente sua próxima fase musical. O single também marca a mudança para o selo Young, em vez de seu antigo selo Konichiwa Records.
Críticas iniciais destacam que a faixa mantém elementos associados à estética da artista: vocais emocionais, sintetizadores marcados e uma estrutura eletrônica que alterna euforia e introspecção. Para alguns veículos, “Dopamine” não busca reinvenção, mas reitera a identidade que consolidou Robyn como uma das vozes mais influentes do pop eletrônico contemporâneo.





