É, meus amigos, parece que nesta semana as cartas voltaram a figurar na grande mídia e não só no Brasil, mas enfim…
Quem resolveu escrever foi Maria Weiland, ex-mulher de Scott Weiland, encontrado morto no ônibus da turnê na última sexta-feira, 4.
Ainda não se sabe a causa da morte do vocalista do The Wildabouts, mas foram encontradas drogas no veículos, inclusive com o baixista da banda sendo preso.
Mas o papo aqui é a carta de Maria para a Rolling Stone. Nela, Maria, que foi casada com Scott de 2000 até 2007 e que tem dois filhos com ele, Noah (15) e Lucy (13), fala a respeito de como o músico era como pai e como não era como pai e também marido.
“Não quero minimizar seu incrível talento, sua presença ou capacidade de iluminar qualquer lugar com sua eletricidade. Assim, muitas pessoas têm sido gentis o suficiente para elogiar seus dons. A música está aqui para ficar.” – disse ela no início da carta.
Em dado momento ela começa a descrever o comportamento de Weiland para com sua família:
“Muitos desses artistas têm filhos. Crianças com lágrimas nos olhos, que experimentam o pânico, pois seus gritos nunca são ouvidos. Você pode se perguntar: “Como iríamos saber? Líamos que ele adorava passar um tempo com seus filhos e que estava livre das drogas há anos!” – A verdade é que você não quer reconhecer que ele era um homem paranoico que não conseguia lembrar suas letras e que esteve com seus filhos apenas um punhado de vezes em 15 anos de paternidade…”
Maria ainda cita que tentou proteger Noah e Lucy do que a mídia falava de ruim sobre o pai e também das vezes em que, mesmo estando separados, ela tentou ajudar Scott.
“Eu sabia que um dia eles iriam ver e sentir tudo de que tentei protegê-los e que eles teriam coragem o suficiente para dizer: ‘Que bagunça era a vida do nosso pai. Nós amávamos ele, mas era uma mistura de amor e desilusão que compunham nossa relação.’
Mesmo estando separados eu passei incontáveis horas tentando conter seus ataques paranoicos, colocando-o no chuveiro e lhe dando café apenas para que ele conseguisse ficar de pé durante o show de talentos de Noah e Lucy. Esses encontros foram como tentar dar uma sensação de normalidade na minha relação com ele para as crianças. Mas isso nada mais foi do que algo que se transformava em assustador ou desconfortável para eles.”
No fim da carta, Maria manda um recado doloroso, mas que vale muito, para os pais:
“Parem de usar camisetas de luto “1967-2015″, usem seu dinheiro para levar seus filhos em um boliche ou tomar sorvete.”
A carta foi enviada para a Rolling Stone e publicada na íntegra aqui.
Por Rock Noize