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Com irreverência típica da banda, musical dos Mamonas Assassinas estreia no Rio


Espetáculo retrata a carreira da banda desde Utopia até o ápice do sucesso meteórico dos Mamonas

Vinte anos após a morte, os Mamonas Assassinas recebem, no céu, a missão de escrever um musical sobre a sua história e trazer alegria ao Brasil. A partir daí, se desenrola a trama de “O Musical Mamonas”. Após passar por São Paulo, o espetáculo desembarcou no Theatro NET Rio, Copacabana.

O início difícil como Utopia – ainda uma banda séria de rock progressivo –, os diversos shows do Cecap, os ‘showmícios’ com o vereador Geraldo Celestino, os bastidores cheios de irreverência junto aos produtores e empresários; com riqueza de detalhes, são retratadas todas as fases dos cinco jovens de Guarulhos que tiveram uma ascensão curta e meteórica.

Dirigido por José Possi Neto, o espetáculo dura cerca de três horas, interrompidas por um intervalo de 15 minutos. Conforme o enredo se desenrola, covers de Legião Urbana, Titãs, Rush e Guns n’ Roses dão lugar ao rock irreverente que consagrou os Mamonas.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Quase todas as canções da banda entraram no setlist do espetáculo. Apenas “Desnudos en Cancún”, versão em espanhol de “Pelados em Santos”, e “Não Peide Aqui, Baby”, paródia de “Twist and Shout”, dos Beatles, ficaram de fora. Além da obra autoral e dos covers da época de Utopia, algumas músicas também aparecem com novas letras, reescritas de acordo com o momento da trama.

A irreverência dos Mamonas se destaca como um elemento central da peça, incorporado pelos personagens e nas diversas piadas que compõem o roteiro, escrito por Walter Daguerre (mesmo autor do musical “Jim”, sobre o cantor Jim Morrison). A quebra da quarta parede para interagir com o público é bastante utilizada e não pára de arrancar risos da plateia.

Os atores principais lembram o jeito de ser dos integrantes da banda, com suas constantes brincadeiras com tudo e todos. Ruy Brissac (Dinho), Adriano Tunes (Julio), Yudi Tamashiro (Bento), Elcio Bonazzi (Samuel) e Arthur Ienzura (Sérgio) não perdem a ginga e ajudam a transportar o público para dentro do universo da banda.

O espetáculo possui quatro apresentações semanais: às quintas, sextas e sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h, e ficará em cartaz até o dia 31 de julho. Os ingressos custam a partir de 50 reais e podem ser adquiridos na bilheteria do próprio teatro ou pela internet.

Por Matheus Wenna, Foi Show


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