Quando alguma lenda do Heavy Metal vem ao Brasil é normal termos casa sold out, ainda mais quando se trata de um dos “inventores do Metal Melódico”, chamado Kai Hansen e responsável pela composição de músicas inesquecíveis, que estão nos CD clássicos, citando alguns,  Walls of Jericho, e os  Keeper of Seven KeysI & II, ainda na sua época com o Helloween, e sempre chama muito a atenção de todos quando vem ao Brasil, sem esquecer que é um dos músicos mais carismáticos ainda em atividade.

O Gamma Ray está comemorando 25 anos de existência e a banda  retornou ao Brasil com a tour chamada Best of the Best – Party Tour 2015, com shows  na América do Sul apenas em Santiago, no Chile, Brasilia, Belo Horizonte e São Paulo.

Texto: Marcos ‘Bulino’
Fotos: Bruno Bergamini

CLIQUE AQUI PARA ABRIR A GALERIA DE FOTOS

Formado atualmente por Kai Hansen , guitarras e vocais, Henjo Richter, na outra guitarra, Dirk Schlächter, no baixo e Michael Ehré, na batera, sendo o Carioca Club o lugar escolhido para a apresentação no horário marcado com as luzes apagadas e aos gritos de “Gamma Ray… Gamma Ray… Gamma Ray…” a banda sobre ao palco celebrando suas Bodas de Prata em São Paulo.

Com a intro rolando, que se chama “Welcome,” o primeiro a subir ao palco foi o baterista Michael, que antes mesmo de sentar na bateria já brincava com o público pedindo para serem bem altos. O mago Kai Hansen entra em seguida cantando a primeira parte mais tranquila quando todos já estavam no palco, a música “Avalon” foi cantada por todo o público e ali já se percebia que o show seria especial.

Kai Hansen cumprimenta a todos e pergunta se estão prontos para um pouco de Heavy Metal Alemão, introduzindo “Heavy Can Wait”, um clássico do inicio de carreira, seguido por outro, como Kai Hansen disse:”a próxima é do Insanity and Genious e se chama… ‘Last before the Storm'”.

O carisma de Kai Hansen é impressionante, brincando sempre, pedindo para o público cantar junto e isso ficou estampado na dobradinha “Induction/Dethrone Tyranny”  para depois levar o carioca abaixo com o hit “I want out”, do Helloween, de sua composição, e mostrou como se toca o riff, que já ouvimos várias vezes e temos certeza que como ele faz, apenas esse alemão carismático consegue.

Tivemos então um solo de bateria e baixo, e fica aquela dúvida: alguns gostam outros preferiam que se tocasse outra música e, com as luzes vermelhas no palco, deu todo o clima propício para “Blood Religion” e, claro, a banda fez questão de fazer com que todos cantassem o refrão esticando a música com aquela parte que, ora a banda canta, ora o público.

“Chegou a hora de tocarmos algo bem old school…” nos contou o vocalista e pediu para que todos ascendesse os isqueiros e depois lembrou que agora seria ligar as luzes dos smartphones. Todos rindo, iluminam a plateia com os celulares “acesos”. A bela balada “The Silence” foi cantada por todos os presentes. As três músicas do final da primeira parte do set foram “Master of Confusion”, “Somewhere Out in Space” e “To the Metal” e não há como não comparar a última com a música “Metal Gods”, do Judas Priest, sendo realmente bem parecidas e ambas exaltando o estilo que tanto adoramos.

O bis veio rapidamente, com todos de volta ao palco e com Kai Hansen com um chapéu agradecendo pela presença de todos e por tudo nos 25 anos do Gamma Ray. Ele ainda enalteceu o amor dos fãs brasileiros ao Heavy Metal e anunciou uma música especial não tocada nos últimos shows da banda, “Man in a Misison”, seguido pela dobradinha “Rebellion/Land of The Free” e era nítido o carinho que recebeu do público. O vocalista não escondeu que estava emocionado e agradeceu mais uma vez a todos, apresentando a última faixa, “Send me a sign”, sendo ovacionado se despedindo do público.

Na saída, era fácil entender os comentários de todos: “grande show”, porém todos citavam algumas músicas, principalmente do Helloween, como “Ride The Sky”, que foi inclusive pedida no intervalo de uma das faixas do set e que já esteve no set da banda, ou outros clássicos como “How many Tears” ou “Heavy Metal is the Law” e todas essas solicitações mostram a importância do músico do estilo. Mas agora é esperar que essas músicas sejam tocadas quando a banda voltar, o mais breve possível, como disse antes de se despedir no palco.

1. Avalon
2. Heaven Can Wait
3. Last Before the Storm
4. Induction
5. Dethrone Tyranny
6. I Want Out
7. The Silence
8. Drum & Bass Solo
9. Blood Religion
10. Master of Confusion
11. Somewhere Out in Space
12. To the Metal

Encore:

13. Man on a Mission
14. Rebellion in Dreamland / Land of the Free
15. Send Me a Sign