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Conheça “How Big, How Blue, How Beautiful”, o lindo álbum da Florence + The Machine


Especial Lollapalooza 2016: conheça How Big, How Blue, How Beautiful, o lindo álbum da Florence + The Machine

Está mais que certo que a edição de 2016 do Festival Lollapalooza Brasil será a melhor já feita até aqui. E dos muitos motivos para que esta afirmação seja à prova de dúvidas, um dos mais especiais é este aqui: Florence and The Machine.

Linda, inteligente, ruiva, sensível, talentosa… são muitos os adjetivos que podemos usar para engrandecer o trabalho, bem como a personalidade desta inglesa que conquistou o mundo novamente neste ano com o lançamento de seu magnífico álbum How Big, How Blue, How Beautiful.

Será este o álbum que Florence trará ao país ano que vem e será este o álbum que iremos comentar agora.

 

Em How Big, How Blue, How Beautiful estão contidos possivelmente todos os traumas pelos quais a cantora inglesa passou nestes últimos anos. E não foram poucos. Segundo a própria artista, podemos colocar no balaio de experiências dela um término de relação muito conturbado e o seu desequilíbrio no consumo de álcool. Essa relação quase sempre é pesada, destrutiva mesmo, e o caso de Florence seguiu a regra, a triste regra que impera nas relações humanas.

Porém, o mais engrandecedor de tudo isso é quando você consegue dar a volta por cima e transforma toda essa dor em algo dignificante, algo com um poder tamanho, que certamente ajudará muitos e muitos outros a saírem de situações parecidas.

Florence conseguiu isso com seu álbum. Ele dói numa primeira audição. Machuca. Mas logo depois o prazer impera e o êxtase toma conta.

“Ship To Wreck” abre o álbum de forma perfeita; sua voz continua endeusadora, os sentimentos que ela consegue carregar em sua voz de fato impressionam. A música é forte, mas consegue nos fazer pular e cantar em uníssono. É um dos grandes hits do álbum, com merecimento.

 

Da segunda canção, a bela e soturna “What Kind Of Man”, temos esta estrofe:

“Was on a heavy tip, Tryna cross a canyon with a broken limb” (Eu estava do lado mais pesado, tentando cruzar um cânion com um membro quebrado).

A terceira, que dá título ao trabalho, “How Big, How Blue, How Beautiful” é uma representação bem perfeita do momento vivido pela artista: uma experiência amarga, dolorida, mas que serviu como uma espécie de jornada do herói, no caso aqui, da heroína. É bem provável que o álbum venha funcionando para Florence como uma jornada de autoconhecimento para sua vida.

O álbum como um todo é muito bem conduzido, talvez até melhor que os primeiros trabalhos, que trazia no DNA aquela atmosfera de novidade que hoje em dia não existe mais, pois já sabemos o que esperar dela. Ainda assim, canções como “Queen Of Peace”, “Various Storms & Saints” e “Delilah” conseguem o equilibrio entre poder melódico diferenciado e poder comercial.

 

Em “Long & Lost” Florence novamente potencializa todos demônios que teve que expurgar nestes anos,

“Lost in the fog/ these hollow hills/ Blood running hot/ night chills/ Without your love I’ll be/ So long and lost/ are you missing me?” (Perdida no nevoeiro/ esses montes vazios/ Sangue fervendo/ calafrios noturnos/ Sem seu amor ficarei/ Tanto tempo perdida/ Você está sentindo a minha falta?)

Florence é um presente aos ouvidos e ao coração.

Por Cabine Cultural

 


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