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“Coringa”: Um filme de quadrinhos que promete ser o grande nome no Oscar 2020


Com 11 indicações ao Oscar, “Coringa” manteve sua onda de sucesso, e se mostrou como o primeiro filme de personagem de HQ a receber o máximo prestígio da Academia, indicado a “Melhor Filme”

Com o sucesso dos filmes dos Vingadores, filmes envolvendo heróis e vilões dos quadrinhos se tornaram cada vez mais comuns. Seja no cinema, com os personagens da Marvel e DC, ou no mundo dos seriados, com “Flash”, “Supergirl” e outros na TV, e “Demolidor”, “Jessica Jones” e “Luke Cage” na Netflix, nunca foi tão acessível assistir a histórias de pessoas fantasiadas, algumas até com super-poderes.

Neste meio, a DC apostou em uma proposta um tanto diferente. Apostou em seu vilão mais carismático, em um drama que fugia de tudo visto na última década no gênero. Ao invés de apostar em um Blockbuster, recheado de ação, foi para a direção de filmes cult, como “Taxi Driver”, “Laranja Mecânica “ou “O Rei da Comédia” (este, que inspirou diretamente boa parte do filme). O resultado: polêmicas e 11 indicações ao Oscar.

A Marvel Studios, junto com a Disney, sua atual proprietária, sempre almejou tal destaque no Oscar. Entretanto, a Academia nunca deu tanta atenção assim para os filmes. Da Marvel Studios, apenas Pantera Negra, em 2019, levou três estatuetas: Trilha Sonora, Figurino e Design de Produção. Com “Vingadores: Ultimato”, houve até uma campanha buscando chamar a atenção da Academia, para indicá-lo como “Melhor Filme” neste ano, mas foi ignorado.

Em seu lugar, o vilão da DC conseguiu destaque e prodígio suficiente para ser indicado não só a Melhor Filme, mas em outras 10 categorias: Direção, Ator, Roteiro Adaptado, Fotografia, Montagem, Figurino, Maquiagem, Trilha Sonora, Mixagem de Som e Edição de Som. Ganhando ou não, todas as suas indicações foram aceitas tanto por críticos de cinema, quanto pelo público em geral.

Coringa, de 2019, conta a história de Arthur Fleck, um palhaço de aluguel que ganha um salário miserável, e sonha em ser humorista de stand-up em uma Gotham City caótica, no início dos anos 80. Sua história, que não foi inspirada em nenhuma HQ de Batman, traz uma história que prende o espectador, e “brinca” com o público, em vários momentos. Seja pela violência, ou pelos momentos que somos convidados a “entrar” na mente de Arthur. Assim, faz o público a refletir sobre vários temas, sendo o principal, sobre comportamento e saúde mental.

O filme, ainda assim, não é o grande nome desta edição do Oscar. Junto com “Coringa”, outros três filmes concorrem a 10 estatuetas: 1917, filme de guerra. O “Irlandês”, drama de máfia disponível na Netflix (outra grande novidade nesta edição do Oscar: “Melhor Filme” indicado a partir de uma plataforma de streaming). E “Era uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino.

Ainda concorrem a estatuetas grandes filmes como o coreano “Parasita”, e “JoJo Rabit”. Será que o grande vilão da DC, conhecido por gostar de “tocar o fogo e jogar gasolina” em suas histórias, e que fez o mesmo no cinema em 2019, conseguirá repetir a dose nesta edição do Oscar? A resposta chegará com a famosa abertura dos envelopes, dia 9 de fevereiro.

Por Arkade


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