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Crescemos, mas o Bring Me The Horizon cresceu também


Teve setlist maravilhosa, fã subindo no palco e agarrando Oli Sykes, circle pit e até homem alto e musculoso tendo que sair carregado do bate cabeça! Vem conferir tudo que rolou no show do Bring Me The Horizon

A banda de metalcore inglesa Bring Me The Horizon terminou no último domingo sua breve passagem pelo Brasil e nós do Portal BuzzPop acompanhamos o show de sexta-feira em São Paulo e contamos agora o quão incrível foi! Teve setlist maravilhosa, fã subindo no palco e agarrando Oli Sykes, circle pit e até homem alto e musculoso tendo que sair carregado do bate cabeça!

Após a aglomeração de fãs que já durava o dia inteiro em frente ao Carioca Club, os britânicos honraram a tradição e subiram ao palco pontualmente às 20h ao som de “Doomed”, do álbum mais recente da banda, o tão polêmico quanto bem sucedido That’s The Spirit (2015). Se na internet muito se discutiu sobre a mudança na sonoridade consagrada nesse CD mais recente, o público paulistano sequer demonstrou tomar conhecimento das críticas direcionadas à banda e cantou sorrindo em uníssono com os novos vocais mais limpos de Oli Sykes.

[Foto: Reprodução]

O show de 1h15 trouxe uma setlist incrível, incluindo músicas de todos os álbuns mais recentes. As escolhas parecem ter levado em conta a abstinência de shows do BMTH sentida pelo público brasileiro, já que a passagem anterior por aqui havia sido em 2011, ainda à época da turnê do álbum There’s a Hell, Believe Me I’ve Seen It. There’s a Heaven, Let’s Keep It a Secret. Os fãs, no entanto, parecem ter sentido a falta da música “Pray For Plagues” e pediram-na incessantemente em coro entre uma música e outra. A banda, ao invés de ignorar, respondeu em tom de ironia; Oli em certo momento lançou um trocadilho “you can pray all you want” (“vocês podem orar o quanto quiserem”), dando a entender que não tocariam a música. Quando mesmo antes da última música o público continuava a insistir, o vocalista sarcasticamente anunciou “Pray for Plagues”, para a euforia do público. Em seguida, no entanto, a banda começou a tocar o single “Drown”, como já previsto na setlist. A decepção do público diante da piada, se muito, durou segundos. A noite terminou com o público cantando em coro a plenos pulmões, segundo manda a cartilha de Oliver Sykes.

Apesar da frustração pontual dos fãs com relação à ausência da música na setlist, a performance como um todo foi brilhantemente executado pela banda, que restringiu o apreço pelo esteriótipo britânico à pontualidade. A banda pareceu demonstrar tanta empolgação com relação ao show quanto a platéia, que em diversos momentos abria circle pits na pista, de onde alguns homens já adultos casualmente saíam carregados, desacordados, de perna quebrada, como mandava Sykes.

O clima dessa breve turnê pelo Brasil é, por fim, a celebração do crescimento genuíno e orgânico do quinteto britânico, resultado de um longo processo de amadurecimento, e consagra a habilidade da banda de transitar com naturalidade entre a cultura pop e suas origens no segmento do rock alternativo e do metalcore; entre as rádios e festivais britânicos mainstream e em backstages apertados de casas de show espremidas pelo mundo afora; entre a Wembley Arena e o Carioca Club.

Por Ana Carolina Cartillone / Portal BuzzPop


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