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Depois de passar pelo Rio de Janeiro, a companhia L’Immédiat chega a São Paulo


Aclamada pela crítica internacional, companhia chega ao Rio de Janeiro em outubro e apresenta espetáculo homônimo que mistura circo, teatro e performance

Espetáculo de Camille Boitel, “L’Immédiat” – apresentado pela companhia homônima – chega ao Rio de Janeiro, entre os dias 26 e 27 de outubro. Aclamada pela crítica internacional, a apresentação é reconhecida como uma das montagens mais impactantes da atualidade e poderá ser vista no Teatro Bradesco Rio, no shopping VillageMall, na Barra da Tijuca. O grupo passará ainda por Recife (Festival Circo do Brasil), dias 11, 12 e 13 de outubro e São Paulo (Sesc Pinheiros), dias 1, 2 e 3 de novembro.

A criação da companhia L’Immédiat é um projeto inclassificável, na fronteira entre o circo, o teatro físico e a performance, sem uma linearidade narrativa e que apresenta uma construção artística cenográfica inusitada, com objetos que desabam em sequência, deflagrando um excelente trabalho de corpo e sincronia da companhia. Em um palco repleto de escombros, a cada cena revelam-se torres e pilhas de escombros, armadilhas entre as quais sete artistas acrobatas, de mente e corpo ágeis, tentam esgueirar-se, enquanto o público ri da enorme bagunça que é o cenário.

L’Immédiat” conta com mais de duas toneladas de carga em um palco entupido de maquinaria, objetos, lixos de computador e todos os tipos de bugigangas possíveis, onde os artistas se movem de forma precisa. Em uma hora de um orquestrado caos de circo-teatro, os jovens acrobatas desafiam um tsunami de forças instáveis que ameaçam destruí-los, com otimismo, humor negro e habilidades físicas de tirar o fôlego. E é na surpresa, apoiados sobre o impossível, que sete corpos parecem se acostumar ao desequilíbrio, de forma imprevisível, loucos por ritmo, ferventes, hilários e vivos.

O “imediato” de Camille Boitel, ao qual se refere o nome do espetáculo, está relacionado à imprevisibilidade dos acontecimentos em cena, que surpreendem constantemente a plateia e transmitem a sensação de um acidente contínuo. No palco, coisas despencam, estraçalham-se no chão, sem descanso, repentina e permanentemente. A catástrofe é um tipo de meio-ambiente, um cenário em movimento, nesta performance em que a palavra “colapso” encontra sua perfeita tradução.

Ao mesmo tempo, a proposta do espetáculo é viver a ebulição, o frenesi, tudo simultaneamente em uma desordem escancarada e brutal. “L’Immédiat” também chama a atenção para o estilo de vida dos grandes centros urbanos atualmente, abarrotados com produtos obsoletos e luxos descartáveis.

A apresentação é surpreendente e prende o fôlego do espectador pela dinâmica impecável entre equilíbrio e desequilíbrio. Desde a primeira cena, o espectador descobre uma impressionante pilha de objetos. Do chão ao teto, todo o espaço é preenchido com caixas, colchões, armários, carrinhos de mão e outros itens que ninguém quer. De repente, os rostos e braços começam a emergir das gavetas, portas e escotilhas. Fluxo de corpos, cambalhotas e acrobacias de um gabinete para outro, onde acrobatas perdem o equilíbrio sem cair, lutando contra os elementos e a gravidade até que o desastre finalmente chega, quando tudo desmorona com precisão matemática e a coreografia orquestrada é digna das melhores seqüências de Charlie Chaplin e Buster Keaton.

Críticas

“Barulhento, L’Immédiat é uma obra genial de poesia.” (The Times)

“Precisão milimétrica e linguagem corporal são alguns dos fundamentos da companhia de Camille Boitel, que surpreende o público com um espetáculo atual.” (Clarín)

“O caos do francês Camile Boitel traz o frescor de um circo efêmero e uma encantadora catástrofe cênica que envolve toda a família.” (La Nación)

“Uma obra genial do circo contemporâneo. Filosofia em movimento.” (The Guardian)

A engrenagem cronometrada da queda em cadeia das paredes, das cadeiras, das escadas, dos baldes, etc. faz as gargalhadas dos espectadores aumentarem até atingir a histeria. (Le Monde)

A Companhia: L’Immédiat e Camille Boitel

Um verdadeiro artista, Camille Boitel é acrobata, dançarino, ator, músico, tudo de uma vez só. Começou cedo, quando se apresentava como artista de rua aos 12 anos, ao lado da irmã contorcionista Raphaelle. Nessa mesma época, conheceu Annie Fratellini, que o convidou a integrar sua escola gratuitamente, onde se formou rapidamente. Mais tarde, Boitel participou do espetáculo The Junebug Symphony, do artista e diretor James Thierrée, muito influente no novo circo.

Em 2002, Camille Boitel foi o vencedor do prêmio “Jovens Talentos de Circo” e criou seu primeiro espetáculo, “O Homem de Hus”, que foi exibido em toda a Europa e Ásia. Em 2009, o fundador da empresa Lamereboitel, que mais tarde passou a ser chamada de L’Immédiat, finalizou seu novo trabalho após dez anos de desenvolvimento. “L’Immédiat” ganhou o prêmio “Mimos”, no Festival de Mímica de Périgueux, na França, em 2010.

Trabalho de equilíbrio energético e humor sutil, “L’Immédiat” evoca temas da atualidade, como a sociedade de consumo, o lugar do indivíduo em um todo social e a relação com o tempo. Seu gosto pelo catastrofismo e cacofonia visual apenas confirma essa impressão, mas no final, Boitel continua a ser uma orquestrada ficção, e sempre com felicidade.

Desde sua criação, a companhia se dedica a divulgação do espetáculo homônimo “L’Immédiat” com apresentações por toda a Europa, onde já passou por França, Portugal, Espanha, Hungria, Romênia, Lituânia, Letônia, Inglaterra, Holanda, Eslovênia, entre outros, além de uma pequena turnê pela América do Sul, passando pela Argentina e pelo Chile, antes de vir pela primeira vez ao Brasil, onde se apresenta em Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

Em 2013, Camille Boitel produziu um novo projeto, que trata também da matéria do imediato sob ângulos diferentes de “L’Immédiat”. O trabalho mostra extensões e variações diferentes da turnê que chega ao Brasil, como por exemplo, o Machinajouer (“maquina de jogar”) e o Cabaret Calamiteux (“cabaré calamitoso”), ambos criados em janeiro de 2013 durante as comemorações de Marseille-Provence 2013, capital européia da cultura.

Atualmente, a associação L’Immédiat conta com um convênio com a prefeitura de Paris e a região Ile de France no âmbito do apoio à permanência artística de companhias.


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