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Empresários VS Empreendedores de palco


A Vida É Uma Só avalia o que é verdade e o que é papo furado no contexto empreendedor brasileiro

Esse tema é um dos mais falados atualmente no contexto das startups. Depois da bolha estourar, todo mundo quer ter seu próprio negócio e ganhar reconhecimento.  É impressionante a quantidade de blogs e portais que abordam o autodesenvolvimento, o modo “do it yourself”. Cada vez mais gente sonha em ter sua ideia impulsionada por um investidor anjo. A patente CEO se tornou banal nos últimos tempos.

Concomitante a isso está também o mundo dos influencers. Cada vez mais que invisto no Instagram, vejo a quantidade de coachs e especialistas em marketing digital. Todos querem ter voz e fazer a diferença. É incrível a quantidade de canais, vlogs, e-books, cursos, podcasts e produtos digitais que estão sendo lançados nos últimos anos.

Esses fenômenos combinados resultou na geração “empreendedorismo de palco”. Pioneiros que desenvolveram metodologias, treinaram outras pessoas (que também adquiriram autonomia) e espalharam uma rede gigante de oradores, treinadores, motivadores. Técnicos de venda, especialistas em determinados assuntos, empreendedores do ramo digital. Com técnicas de marketing digital e boa presença nas redes sociais, logo seus conteúdos são visualizados e geram um público consumidor fiel, com pessoas assinando seus newsletters e comprando produtos digitais relativos.

A partir do momento que esses profissionais tomaram o espaço dos empresários começou uma grande polêmica. Será que os “Empreendedores Digitais” merecem o prestígio que estão recebendo?

O ecossistema empreendedor se tornou um nicho poderoso no Brasil. Os números de eventos envolvendo startups e investidores atuantes aumentam em progressão geométrica no país. Todos querem criar a nova metodologia revolucionária, engajar milhares de pessoas e ganhar o respeito dessa cena.

Um caso marcante é o da Bel Pesce, ela estabeleceu o método “Menina do Vale”, fazendo referência à sua experiência no Vale do Silício, e logo ganhou reconhecimento em todo o Brasil com as técnicas e insights ensinados. O questionamento que surgiu posteriormente é que ela nunca teve uma empresa, e portanto, como poderia entender de administração de negócios se não tem experiência como gestora?

Pra piorar, ela ainda inventou de fazer um crowdfunding e pediu 2 milhões de reais pra seus seguidores “ajudarem” a lançar um negócio. O oportunismo não passou despercebido e muita gente começou a questionar ainda mais os empreendedores de palco a partir deste exemplo.

Ser “guru” pode ser considerado ser empreendedor sem ter uma empresa?

Bel Pesce foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes do Brasil até o público começar a questionar a profundidade dos seus negócios.
Bel Pesce foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes do Brasil até o público começar a questionar a profundidade dos seus negócios.

Eu acho que é preciso ver o melhor disso tudo. É preciso reconhecer a habilidade dos empreendedores digitais em conseguir viralizar seu conteúdo. Isso não passou batido, essas pessoas têm seu mérito por literalmente meter a cara. Fez muita gente abrir os olhos em como uma pessoa pública deve se posicionar na internet e quais ferramentas é preciso usar pro conteúdo ganhar fluidez. Também se apresentou como uma solução para a crise das editoras e possibilitou que novas obras literárias fossem publicadas através de diferentes plataformas. Um comunicador hoje que não tem um site criando funil pra disparar conteúdo e gerar assinantes está obsoleto.

A democratização do conteúdo aconteceu, agora cabe ao público ser mais seletivo com o que consome e realmente avaliar o que é bullshit e o que é conhecimento.  Toda idolatria deve ser ponderada e todo case de sucesso tem seu valor.

Veja o vídeo com os bastidores da primeira palestra da minha vida na Semana de Comunicação da Universidade Veiga de Almeida em 2013:

 

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Por Marcos Klein, de A Vida É Uma Só


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