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Esquadrão Suicida é barulhento e divertido, mas não traz nenhuma surpresa


ALERTA DE SPOILERS!

Antes de comentar sobre “Esquadrão Suicida”, precisamos deixar claro que não acompanhamos as histórias em quadrinhos da DC e não vamos falar sobre detalhes técnicos do filme. O objetivo é apenas destacar os pontos positivos e o que poderia ser melhorado.

Para quem não sabe, “Esquadrão Suicida” se passa depois de “Batman Vs Superman”. Após a morte do Homem de Aço, o governo americano teme novas ameaças de forças ocultas e resolve montar um grupo secreto de criminosos da pior espécie para atuar na missão.

É aí, então, que a oficial de inteligência, Amanda Waller (Viola Davis), recruta o Pistoleiro (Will Smith), Arlequina (Margot Robbie), Diablo (Jay Hernandez), Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje), Bumerangue (Jai Courtney) e Magia (Cara Delevingne) para se juntar ao soldado Rick Flag (Joel Kinnaman) e a Katana (Karen Fukuhara).

Nos primeiros minutos do filme, conhecemos a história de cada um deles através de flashbacks, mas a ênfase maior vai para Arlequina e Pistoleiro, que praticamente comandam toda a história.

A introdução da trama acontece de forma muito rápida e o público acaba perdendo ou até não entendendo alguns detalhes dos personagens. Apesar da dinâmica ser necessária, a primeira impressão que fica é que tudo foi meio atropelado para finalmente colocar os vilões nas ruas.

Margot Robbie e sua Arlequina foram de fato o melhor ingrediente deste filme. Não dá para imaginar outra atriz na pele da vilã, porque ela prende os seus olhos na telona. Um dos pontos mais positivos do longa é a paixão pelo Coringa (Jared Leto) e como ele se tornou essa figura tão perturbadora. Sim, vamos falar do Coringa, claro!

Ele aparece apenas como uma peça na história da Arlequina, porque foi ele que a transformou em uma mulher totalmente louca e ao mesmo tempo divertida. O relacionamento abusivo dos personagens é o ponto mais forte da produção.

Se você, assim como eu, pensou que o Coringa era o grande vilão de tudo, aí é que você se engana. A participação de Leto é quase coadjuvante, por isso não dá para saber se você gosta ou não dele. Ele não faz parte do Esquadrão Suicida e suas aparições não chegam a convencer o público. A impressão é que talvez o ator tenha causado mais com os colegas de elenco nos bastidores do que no próprio filme.

A vilania mor fica com a Magia (Cara Delevingne), que na minha opinião é um personagem totalmente sem sal perto de qualquer outro do Esquadrão. Vamos combinar que a atriz também não ajuda, né? Cara é totalmente inexpressiva. Essa função era do Coringa! Não dá para deixar um personagem assim como quase coadjuvante.

Temos que compreender que é difícil tocar um filme com tantos personagens e dar atenção proporcional para todos, mas “Esquadrão Suicida” tem figuras muito interessantes que mereciam ter sido mais exploradas como é o caso da Katana (Karen Fukuhara) e do Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje). Quem não acompanha os quadrinhos, não sabe a origem do Crocodilo, por exemplo.

Se de um lado, Margot Robbie roubou a cena, do outro Will Smith e seu Pistoleiro mostraram que vilão também tem coração já que o público vai conhecer o relacionamento afetuoso do personagem com a filha. Com certeza, os fãs da DC vão querer vê-lo em outros filmes do estúdio. Nós queremos!

Entre outros destaques do filme está Ben Affleck como o Batman, que inclusive é bem mais vilão do que todo o Esquadrão Suicida e ainda aparece em várias cenas do filme. Não posso deixar de falar sobre Viola Davis que fez uma Amanda Waller impecável como tudo que ela faz na carreira.

Outro ponto importante que é preciso lembrar aqui é a quantidade exagerada de trailers e teasers divulgados. Tenho que dizer que não sobrou nenhuma surpresa para ver na telona. Um pouco de mistério não faria mal.

A impressão que fica é que “Esquadrão Suicida” tinha muito mais a oferecer do que foi mostrado em pouco mais de duas horas de filme. No fim das contas foi muito barulho por quase nada.

Por Cenário Pop


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