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Já assistimos! O que esperar da terceira temporada de “Sex Education”


Em janeiro de 2019, uma série sobre dois adolescentes dando conselhos sexuais para seus colegas de escola conquistou a internet. Agora, mais de dois anos e meio depois, retornando para a sua terceira temporada, Sex Education tem muito potencial para continuar atraindo mais e mais jovens e adultos.

Antes de entrarmos nos detalhes da nova temporada, vamos tentar resumir tudo que aconteceu no final da temporada passada, que lançou em janeiro de 2020. Otis (Asa Butterfield) se declara para Maeve (Emma Mackey) através de uma mensagem de voz, mas Isaac (George Robinson), o vizinho da mocinha que também tem um interesse nela, apaga a mensagem, deixando Maeve sem saber da declaração. Ainda, a jovem havia denunciado sua mãe para polícia o que fez com que ela perdesse a guarda de sua irmã mais nova.

Mais cedo na temporada, Otis finalmente perde sua virgindade com Ruby (Mimi Keene). Eric (Ncuti Gatwa) termina com Rahim (Sami Outalbali) para assumir seu relacionamento com Adam (Connor Swindells). Jean (Gillian Anderson) descobre que está grávida, mesmo com seu parceiro Jakob (Mikael Persbrandt) tendo uma vasectomia. O diretor Michael Groff (Alistair Petrie) é demitido da Escola Secundária Moordale e vê o fim de seu casamento, enquanto o ano escolar termina com os alunos apresentando um musical sexual original (para o choque de alguns).

Ufa, agora sim! A terceira temporada de Sex Education continua mostrando o dilema dos jovens, com o início de mais um ano escolar (agora o último!), e a chegada da nova diretora, Hope (Jemima Kirke) que pretende acabar com a reputação da “Escola do Sexo”, promovendo abstinência sexual e regras rígidas. Bullying volta a ser um tema abordado na série, mas dessa vez, por parte da diretora, e Kirke entrega uma personagem fria e visceral que humilha e intimida os alunos, principalmente Lily (Tanya Reynolds) e Cal (Dua Saleh), mas falaremos mais sobre Cal daqui a pouco.

Lily (Tanya Reynolds) em cena de Sex Education. Reprodução/Netflix

Lily, que ganhou destaque nas temporadas anteriores por escrever histórias sexuais com alienígenas e ter vaginismo, se vê questionando sua imagem, seus gostos, sua escrita e até seu relacionamento com Ola (Patricia Allison) ao ser obrigada a mudar sua aparência para se adaptar às novas regras do colégio. Reynolds fez um belíssimo trabalho, e deu mais profundidade à personagem que já era incrível nas temporadas anteriores. Se você não gostava da Lily antes (é possível?), agora definitivamente irá se apegar!

Agora sim, a chegada de Cal muda a vida de Jackson (Kedar Williams-Stirling) e causa uma série de conflitos com Hope. Isso porque Cal é não-binário, e fala abertamente sobre assuntos como roupas e relacionamentos, e como diversos outros temas abordados em temporadas passadas, u personagem entrega uma série de informações que podemos levar como lições para o dia-a-dia.

Jackson (Kedar Williams-Stirling), Viv (Chinenye Ezeudu) e Cal (Dua Saleh) em cena de Sex Education. Reprodução/Netflix

Outra novidade nessa temporada é Peter Groff (Jason Isaacs), o irmão mais velho de Michael, que abriga o irmão que agora se vê desempregado, no meio de um divórcio e sem comunicação com o filho. As cenas com Isaacs são divertidas, mas seu personagem é desprezível, o que faz com que o público sinta pena de Michael, mesmo com todas as atrocidades que o personagem fez nas temporadas anteriores.

Peter Groff (Jason Isaacs) e Michael Groff (Alistair Petrie) em cena de Sex Education. Reprodução/Netflix

Ainda na família Groff, Adam voltando à Escola Secundária Moordale, e precisa lidar com as fofocas agora que seu relacionamento com Eric não é mais segredo, além de ser obrigado a conviver com Rahim. Swindells e Outalbali mostram uma química inesperada e sutil (sem spoilers, não romântica!), enquanto Gatwa continua entregando um personagem encantador, animado e profundo.

Aimee (Aimee Lou Wood) segue lidando com os traumas do assédio que sofreu na temporada passada, mas agora lida com isso em terapia com Jean, além de continuar tendo Maeve como melhor amiga e confidente. Wood ainda dá vida a uma personagem engraçada mas seu crescimento pós trauma é perceptível e empoderador.

Maeve (Emma Mackey) e Aimee (Aimee Lou Wood) em cena de Sex Education. Reprodução/Netflix

Infelizmente, os protagonistas são os que ficam mais apagados na temporada. Maeve continua confusa com relação aos seus sentimentos em relação a Otis e Isaac (mas – sem spoilers – pelo menos esse enredo é concluído antes do final da temporada!) enquanto tenta permanecer na vida da irmã mais nova que agora está em um lar temporário. Otis engata em um novo relacionamento, mas seus sentimentos por Maeve continuam presentes. O enredo mais interessante do ex-conselheiro é com sua família, já que ele, Jean, Jakob e Ola passam todos a viver juntos enquanto se preparam para a chegada do bebê. Anderson, como já era esperado, segue impecável mostrando um novo lado de sua personagem.

Outros atores e personagens que não foram citados mas que merecem uma menção honrosa pelo trabalho fabuloso são a popular Ruby, a garota prodígio Viv (Chinenye Ezeudu), a mãe do Adam, Maureen Groff (Samantha Spiro), e os professores Emily (Rakhee Thakrar) e Colin (Jim Howick).

Jean (Gillian Anderson) e Hope (Jemima Kirke) em cena de Sex Education. Reprodução/Netflix

De modo geral, a nova temporada é bem mais interessante que a anterior, sem precisar se reinventar para garantir a atração do público. São muitos enredos que em teoria, saturariam oito episódios, mas que se encaixam perfeitamente e não deixam a história cansativa. Mesmo concluindo vários pontos, ela ainda deixa alguns ganchos para a próxima, então, precisamos torcer para uma renovação.

Todos os oito episódios da terceira temporada de Sex Education chegam dia 17 de setembro na Netflix.

Por Balde de Pipoca


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