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Mumford & Sons anuncia Prizefighter e inicia nova fase após período de reclusão


Novo trabalho marca o retorno do grupo britânico com material inédito e reposicionamento artístico

O Mumford & Sons anunciou o lançamento de Prizefighter, seu novo álbum de estúdio, que marca oficialmente o retorno do grupo após um período de menor atividade e mudanças internas. O disco chega após o lançamento da faixa-título, apresentada como um primeiro indicativo da nova fase da banda, e é tratado pelo próprio grupo como um momento de reencontro com a criação coletiva.

Formado em Londres em 2007, o Mumford & Sons ganhou projeção internacional no início da década de 2010 ao combinar elementos do folk tradicional com uma abordagem contemporânea, baseada em canções de estrutura simples, refrões expansivos e forte presença instrumental. O grupo é atualmente formado por Marcus Mumford, Ted Dwane e Ben Lovett, seguindo como trio desde a saída de Winston Marshall, em 2021.

O lançamento de Prizefighter acontece após uma fase de reavaliação artística. Depois de Delta (2018), a banda reduziu o ritmo de lançamentos e apresentações, retornando aos estúdios apenas alguns anos depois. Esse intervalo foi marcado tanto por transformações pessoais dos integrantes quanto por uma busca por novos caminhos criativos, longe da pressão de repetir fórmulas associadas ao sucesso comercial do passado.

Ao longo da carreira, o Mumford & Sons construiu uma discografia que reflete mudanças claras de direção sonora. O álbum de estreia, Sigh No More (2009), apresentou ao grande público faixas como “Little Lion Man” e “The Cave”, estabelecendo a identidade folk do grupo. Em seguida, Babel (2012) ampliou esse alcance e consolidou a banda como um dos principais nomes da música britânica contemporânea. Já Wilder Mind (2015) e Delta (2018) marcaram uma guinada em direção a arranjos mais elétricos e experimentais.

Prizefighter surge como um novo ponto de equilíbrio dentro dessa trajetória. O material indica uma banda menos preocupada em responder expectativas externas e mais interessada em explorar sua maturidade artística. As novas canções mantêm o foco em narrativas pessoais e emotivas, mas com uma abordagem mais contida, refletindo o momento atual do grupo.

Desde o início da carreira, o Mumford & Sons recebeu avaliações majoritariamente positivas da crítica, especialmente por sua capacidade de atualizar o folk para o público contemporâneo sem abandonar suas referências tradicionais. Mesmo nos momentos de mudança estética, o grupo foi reconhecido pela coesão de suas composições e pela força de suas apresentações ao vivo, que se tornaram uma de suas principais marcas.

Com Prizefighter, o Mumford & Sons reafirma sua permanência no cenário musical internacional, não como uma repetição do passado, mas como uma continuação natural de uma trajetória marcada por transformações, pausas estratégicas e retornos cuidadosamente pensados.


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