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O que as divas do pop lançaram – e ainda vão lançar em 2016


De Lady Gaga a Beyoncé. De Ariana Grande a Katy Perry. Descubra os maiores lançamentos do ano delas, as divas do Pop

Os fãs da música pop não têm o que reclamar de 2016. Apesar de trazer de volta toda a briga entre Taylor Swift e Kanye West, ressuscitada pelo álbum ‘The Life of Pablo’ e términos de relacionamento, o ano trouxe mudanças de look, clipes incríveis, boas parcerias e lançamentos que valem a pena conferir – e tudo isso, antes mesmo de chegarmos no mês de julho! Aqui entre nós, não dá para esperar menos de um aninho que já começou com álbum novo da Rihanna, seguido por single maravilhoso da Sia e com promessas de um novo disco da Lady Gaga; sem falar, é claro, na porrada que foi Lemonade, que passado dois meses do lançamento, ainda não foi superado.

Falando nas divas do pop, esse é, definitivamente, o ano delas: cinco álbuns já foram lançados e mais três podem estar a caminho, para quebrar de vez a internet e deixar as nossas baladas mais animadas do que nunca – sem falar, é claro, em todas as letras e batidas empoderadas que as mulheres ganharão de presente daqui até o o final de dezembro. Pensando nisso, o Uber7 preparou uma review de tudo o que essas lindas já lançaram esse ano, seguido por um apanhado de tudo o que nos foi prometido nesse segundo semestre de 2016.

Peguem os fones de ouvido e venham com a gente!

 

“ANTI”, Rihanna – 28 de janeiro

Um dos álbuns mais esperados do ano – e com toda razão, se considerarmos o sucesso dos sete trabalhos anteriores que levaram a assinatura da nossa querida badgalriri. Depois que a diva de Barbados enfiou uns dubsteps e EDMs em “Unapologetic” (2012), estreando logo na primeira posição da Billboard 200, não dava para esperar pouco de seu próximo CD. A expectativa se tornou ainda maior quando Rihanna deixou a Def Jam e assinou com a gravadora Roc Nation, sem falar do jejum de três anos que deixaram os fãs mendigando qualquer novidade sobre o novo álbum, que supostamente traria mais de sua característica pegada trap rap e influências de reggae, resultando em um produto muito menos comercial e, finalmente, mais orgânico!

Assim, em janeiro deste ano, nasceu o famigerado ANTI – que, por sua vez, se revelou um misto de surpresa e decepção. Para quem esperava um disco pop, com músicas de balada à lá “Please Don’t Stop The Music” ou um álbum que incluísse, ao menos, a ótima “Bitch Better Have My Money”, o R8 pode não ter sido o melhor lançamento do ano. Por outro lado, se você queria mesmo aquele material orgânico, com samples jamaicanos e uma pegada mais ousada, que fosse um divisor de águas na carreira de Rihanna, o recém-lançado ANTI merece um segundo olhar, dessa vez mais cuidadoso. Vale à pena, por exemplo, dar uma chance a faixas como “Kiss Is Better”, “Love On The Brain” (o que foi a performance de Riri no BMA 2016 cantando essa música, sem or?) e “Higher”, as melhores do disco – isso, claro, sem falar nas boas batidas de “Desperado” e o surpreendente e bem interpretado rap de “Consideration”.

Nem bom e nem ruim, necessariamente: ANTI é um material instável e diferentão, que nos ganha e nos perde por ser, sobretudo, inesperado e inconstante. Pode não ser o melhor, mas é talvez o trabalho mais importante de Rihanna até então, mostrando um de seus lados mais interessantes e irreverentes enquanto artista. Versátil como a cantora que o assina, o novo álbum, aliás, consegue misturar de tudo um pouco: apologia à maconha, acordes de guitarra, hip-hop experimental, psicodelia dos anos 80 e, como ninguém é de ferro, ANTI tem até single genérico e apelativo que te vence pelo cansaço – lê-se “work, work, work, work, work, work…”

 

“Dangerous Woman”, Ariana Grande – 20 de maio

Se faltava alguma coisa para que Ariana Grande entrasse de vez para o seleto roll de divas pop, agora é oficial: não falta mais. Enquanto My Everything (2014) foi lançado com o propósito de apresentar ao mundo uma nova faceta da ex-Cat Valentine – com faixas bem sucedidas como “Problem”, “Break Free” e “Love Me Harder” – o novo álbum de estúdio, lançado em maio deste ano, parece ter vindo para consolidar de vez a imagem, a voz e o talento de Ariana Grande. Mais maduro sobre todos os aspectos, Dangerous Woman é uma criativa mistura de batidas e sonoridades, embutidas em composições consideravelmente mais adultas – que, por sua vez, atingem diferentes nichos e faixas etárias, combinando balada, reggae e batidinhas R&B.

Em síntese, Dangerous Woman é um álbum gostoso de se ouvir – com uma cronologia bem estruturada e boas parcerias, como Nicki Minaj e Macy Gray. A música que abre o CD é a suave e doce “Moonlight”; seguida pelo poderoso single que dá nome ao disco, Dangerous Woman, que concentra e escancara toda a qualidade vocal de Ariana Grande. Temos ainda o clima animado e meio motivacional de “Be Alright”, o reggae inesperado de “Side To Side” e o contagiante batidão pop de “Into You”, vulgarmente conhecida como ‘a melhor música do álbum’ em, basicamente, todos os detalhes – e que, aliás, ganhou também um clipe excelente, com uma Ariana maravilhosa e namoradeira de cabelos ao vento.

Falando em videoclipes, se um dos objetivos do disco, a propósito, foi mostrar que a cantora cresceu (largou o rabo de cavalo, finalmente) e que, independente do delicadíssimo porte físico, é um mulherão, o trabalho também foi bem executado no quesito audiovisual: os clipes de “Dangerous Woman” e “Let Me Love You” fazem “Break Free” parecer um playground.

Naturalmente, “Focus” fez falta entre as 15 faixas do álbum, sobretudo depois do clipe animadíssimo, divulgado no fim do ano passado. A ausência do buzz-single, no entanto, não chega a comprometer o andamento do disco – mas aparece como faixa bônus na edição japonesa do CD. Para quem não tem olhinhos puxados, mas quer degustar o novo álbum, que prometeu e cumpriu uma versão gente grande da cantora, tanto no título quanto nas letras e capa, bons aperitivos não faltam para compensar o vazio deixado pela música. Vale apena conferir, por exemplo, a dançante “Greedy”, a porrada de vozes de “Leve Me Lonely”, o R&B moderninho de “Knew Better / Forever Boy” e as ótimas “Everyday”, “Bad Decisions” e “Thinking Bout You”. Ou seja, escutem tudo – e depois voltem em “Into You” mais cinco ou seis vezes.

 

“This is Acting”, Sia – 29 de janeiro

“This is Acting” pode até não ter a mesma potência e o teor autoral de “1000 Forms Of Fear”, mas se engana quem pensa que isso o torna menos impactante. Assinado por uma compositora do calibre da Sia, o álbum, lançado em janeiro deste ano, pode até ter as suas irregularidades, clichês e maneirismos, mas não poderia, de forma alguma, deixar de contar com letras bem escritas, sonoridades criativas, rimas que grudam na cabeça e um vozeirão daqueles, já característico à cantora australiana. O disco, aliás, traz um presente não só para os fãs de boa música, mas às mulheres em geral: músicas como “Unstoppable” e “Bird Set Free” contam com versos que evocam um maravilhoso sentimento de empoderamento.

Para quem não sabe, o álbum, lançado em janeiro desse ano, é um compilado de músicas escritas para outros artistas e devidamente rejeitadas – daí o nome “This is Acting”; uma atuação de Sia, que canta aquilo que, pessoalmente, muito pouco lhe representa. As melhores músicas do álbum ficam por conta da pesadíssima “Alive”, recusada por Adele, e da batida animada e dançante de “Cheap Thrills”, originalmente pensada para compor o ANTI de Rihanna. Entre as canções que fazem do álbum uma boa pedida estão também a belíssima “Bird Set Free”, que abre o disco e foi escrita em conjunto por Sia e Adele; a intitulada “Reaper”, também oferecida à nossa badgalriri e escrita em companhia de Kanye West; assim como as excelentes “Unstoppable” e “House On Fire”.

Como nem tudo são flores, algumas faixas deixam a desejar – entre elas “Sweet Design”, escrita, possivelmente, pensando em alguma girl band adolescente e que, portanto, nada tem em comum com a cantora australiana, causando uma incômoda estranheza em quem chega até a faixa 10. Sob o efeito colateral de terem sido pensadas e escritas para outros artistas, algumas músicas também parecem deslocadas no álbum, justamente por não funcionarem na performance de Sia. Este é o caso de “Move Your Body”, claramente escrita para a Shakira e de “Footprints”, que talvez tivesse mais força e intensidade na voz da nossa querida Beyoncé.

 

“7/27”, Fifth Harmony – 27 de maio

Do terceiro lugar no “X Factor 2012” para o mundo. Se alguém achou que a girl band Fifth Harmony era fogo de palha, estão aí os quatro anos de estrada e o álbum 7/27 para mostrar que Lauren, Dinah, Ally, Camila e Normani, na verdade, só estão começando – e, pelo menos por enquanto, a boa fase vivida pelas meninas de Simon Conwell parece não ter um prazo de validade estipulado. Não dá para negar o amadurecimento musical adquirido de Reflection (2015) para cá, sobretudo nas influências pesadas de R&B e vocais bem divididos, mas sejamos honestos: ainda que apresente algumas faixas mais atrevidas, ainda não foi dessa vez que a Fifth Harmony se livrou do estigma adolescente e alcançou a maturidade que faltava para ser, talvez, a próxima Pussycat Dolls. Ainda.

Se o álbum anterior emplacou bons singles, como “BO$$”, “Sledgehammer” e “Worth It”, o trabalho mais recente da girl band parece seguir um caminho relativamente parecido, com a diferença que, dessa vez, as cinco garotas parecem finalmente buscar uma assinatura artística. O 7/27 traz aos fãs mais harmonia, mais coesão e mais personalidade que o anterior, iniciando um caminho no R&B que, a julgar pelas batidinhas de “Thats My Girl” e “Work From Home”, é o que mais se encaixa com as singularidades de cada uma – e, provavelmente, deve ser a base dos próximos trabalhos do quinteto. “Thats My Girl”, aliás, traz uma das melhores letras do novo CD, diretamente voltada para a ala feminina, com um discurso de impacto. Cumprem seu papel, também, as faixas “Scared of Happy” e “All My Head”, facilmente entre as melhores do álbum. Outras, como “Write on Me” e “I Lied”, oscilam, com pontos positivos e negativos, que podem agradar e desagradar na mesma medida.

Como em Reflection, o primeiro single foi muitíssimo bem escolhido – embora o feat com Ty Dolla $ign seja completamente dispensável. Não podemos deixar de comentar, aliás, o clipão de “Work From Home”, lançado em fevereiro deste ano – todo cheio de metáforas e sugestões. Se a combinação de músicas adolescentes e sensuais, somadas a uma tracklist com composições levemente repetitivas, nos fazem duvidar por um minuto do potencial de diva de Normani, Ally, Lauren, Camila e Dinah, a sensação passa assim que consumimos o produto audiovisual do grupo. Cada vez mais confortáveis no vídeo, as Fifith Harmony tem arrasado – e quer prova melhor que essa coreografia de “Work From Home”?

 

“Lemonade”, Beyoncé – 23 de abril

Se a vida te der limões, faça uma limonada – e, aqui entre nós, que limonada foi essa que Queen B preparou para nós, não é verdade? Lançado em abril deste ano, Lemonade é, novamente, um álbum visual, o que parece ser uma tendência de Beyoncé daqui pra frente. Para quem ainda está por fora da novidade, trata-se, basicamente, de um álbum lançado em conjunto com todos os videoclipes, de uma só vez. Em seu trabalho mais recente, Beyoncé, na verdade, foi além de um mero visual album: Lemonade vem acompanhado de um curta-metragem transmitido pela HBO e, uma vez dividido, esse filme se transforma em vários videoclipes fodões, um para cada música.

Não é só a forma diferentona de divulgação que faz desse novo disco um trabalho conceitual: a limonada de Queen B envolve ainda um discurso político, uma perspectiva feminista e um olhar intenso sobre as dificuldades enfrentadas pela mulher negra na sociedade atual. E no meio de tanta coisa, Beyoncé ainda tirou uma possível traição de Jay Z da manga e jogou umas indiretas de Facebook. Ou seja: é ou não é um álbum maravilhoso?

Disponibilizado somente pelo Tidal, o sexto álbum de estúdio de Beyoncé é dividido em onze segmentos, que representam os estágios emocionais da cantora diante da provável traição conjugal. Observando o álbum a partir dessa premissa é possível sentir toda a intensidade das letras de Lemonade, que configuram, até então, o trabalho mais elaborado da diva pop – que, a propósito, está bem menos pop dessa vez. Até o título foi bem pensado, casando perfeitamente com a proposta de faixas como “Formation” (a música que fez o mundo se dar conta de que Beyoncé é negra), uma vez que remonta a escravidão americana, quando os negros acreditavam que suco de limão clareava a pele. Não foi à toa que todas as faixas, aliás, entraram no Top 100 dos Estados Unidos, batendo um recorde que, até então, pertencia a Taylor Swift, de um disco lançado em 2010.

Lemonade tem música sobre a complicada relação de Beyoncé com o pai (“Daddy Lessons”); trecho de discurso de Malcom X sobre a mulher negra, datado de 1965; tem tambores incríveis (“Freedom”) e grooves de guitarra que arrepiam (“All Night”); tem Beyoncé mandando supostamente Jay Z procurar a “Becky do Cabelo Bom” (“Sorry”) e tem uma sincera vulnerabilidade – não enquanto artista, mas enquanto mulher (“6 Inch” e “Don’t Hurt Yourself”). Tem machismo, tem a solidão da mulher negra, tem volta por cima, tem empoderamento feminino. Tem tudo que que está em pauta e precisa ser pensado e discutido. Tem Beyoncé como nós nunca vimos e isso já vale.

 

E o que mais vem por aí?

Se esses cinco discos não foram suficientes para deixar o seu 2016 mais feliz, calma que é só o começo. Como pop bom é pop muito, cá estamos nós, mortais, esperando pelo famigerado #LG5, que supostamente será lançado no segundo semestre desse ano. Depois de um tempo afastada do batidão de balada e focada no jazz, Lady Gaga está prestes a lançar o seu quinto álbum de estúdio, que promete retomar as origens e a irreverência da Mama Monster. O #LG5 ainda não tem título oficial e tampouco data de lançamento confirmada. O que sabemos sobre o novo CD da Gaga até o momento é que vai acontecer uma parceria com Mark Ronson e que o produtor RedOne, que trabalhou com a cantora em hits como “Poker Face”, “Bad Romance” e “Just Dance”, está de volta à equipe. Boatos dizem que Gaga pode trazer de volta os anos 70, com uma sonoridade funk – mas que batidão pop não vai faltar.

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Além de Gaga, outra diva pop que deve lançar trabalho novo esse ano é Britney Spears. A cantora tem trabalhado pesado no novo LP, que ainda não tem título e nem data de lançamento confirmados. De acordo com a própria, o novo álbum é a melhor coisa que ela fez nos últimos anos e será bem diferente dos trabalhos anteriores, respectivamente Britney Jean (2013) e Femme Fatale (2011). O novo CD de inéditas da Princesinha do Pop deve contar com a parceria do produtor BURNS e já tem, inclusive, um possível single promocional, a ser lançado muito em breve. A música se chama “Make Me (Ooh)” e já estaria em posse de algumas rádios, esperando só o ok do Britney Team para começar, para valer, a divulgação do novo disco. Será?

Christina Aguilera é outra que apareceu na lista de lançamentos de 2016 – e já estava na hora, né, XTina? Para quem não lembra, o último trabalho da cantora foi em 2012, com Lotus, um disco mediano e com um único single de peso, intitulado “Your Body”. O novo álbum possivelmente será lançado esse ano e tudo o que sabemos é que Aguilera está “super, super empolgada” e inspirada de um jeito como não esteve durante muito tempo, segundo ela mesma. Quem também está trabalhando em coisa nova é Shakira, que tomou todo o cuidado em não divulgar uma data, mas já andou soltando por aí que a coisa está, finalmente, ganhando corpo. O último disco da nossa latina favorita foi o homônimo Shakira (2014), que trouxe aquele feat maravilhoso com a Rihanna e o hit da Copa do Mundo. Como Shakira não é boba nem nada, pode ser que o lançamento aconteça em breve, ainda esse ano.

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Melhor que isso só mesmo Katy Perry lançando disco novo, não é verdade? Faz um tempinho que Prism (2013) foi lançado e para os fãs de Perry, o tempo de espera se tornou uma eternidade, sobretudo após a data sugerida pelo empresário ter sido deixada para trás, totalmente em branco, há alguns meses.

Se confirmado o lançamento para 2016, formando o ciclo de três anos que a cantora mencionou em entrevista ao New York Times, o #KP4 – porque o Katy Hudson é ignorado – promete ser um dos melhores álbuns do ano e, como tal, já está sendo devidamente aguardado. A expectativa é que o disco seja lançado entre outubro e dezembro, aproveitando o período lucrativo do natal e preparando o terreno para bombar, com tudo, no verão. Em fevereiro desse ano, Katy Perry confirmou estar em fase de desenvolvimento, trabalhando discretamente com o DJ Duke Dumond e, de acordo com rumores, de volta aos estúdios com Max Martin, responsável por alguns de seus grandes sucessos, como “Teenage Dream”, “Roar” e “Dark Horse”. Aguardemos!

 

Vale a pena conferir também

Gwen Stefani saiu do jejum e lançou novo disco em março desse ano, intitulado This Is What The Truth Feels Like. Aliás, que jejum! O último álbum de Stefani foi The Sweet Scape (2006) e, vamos combinar, já estava na hora da ex-No Doubt dar o ar de sua graça. Quem ficou curioso, procure já o single “Used To Love You”. Quem quer um pop latino, Thalía lançou o álbum Latina e, para deixar na agenda, 2016 pode contar, ainda, com novos trabalhos de Iggy Azalea, Kylie Minogue e Azealia Banks.

Por Uber 7


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