Um dos mais tradicionais conjuntos filarmônicos da Europa, a quase centenária Orquestra Filarmônica de Rotterdam, criada em 1918, é conhecida por sua precisão na execução de um repertório que abrange todos os períodos da história musical, assim como pela inigualável tradição que construiu nos palcos operísticos. É, ao lado da Concertgebouw, uma das mais conceituadas orquestras da Holanda, país onde a música clássica ocupa lugar de destaque.
A projeção internacional da orquestra veio ao longo da década de 1970; o reconhecimento mundial, pelas mãos do maestro Valery Gerguiev, que esteve à frente da Filarmônica a partir de 1995. Recebendo como convidados os regentes mais requisitados do mundo, a orquestra é ainda famosa por sua tradição em cultivar novos públicos através de concertos educativos e para crianças.
No próximo dia 27 de junho (segunda-feira), a Orquestra Filarmônica de Rotterdam chega ao Rio de Janeiro para uma única apresentação, como a quarta atração da 18ª edição da Série O GLOBO / Dell’Arte Concertos Internacionais 2011, apresentada por Bradesco Seguros com patrocínio da Cieloe realização da Dell’Arte Soluções Culturais (www.dellarte.com.br).
A apresentação faz parte das comemorações do Ano da Holanda no Brasil, que acontece em 2011 e celebra os laços de amizade entre os dois países e o centenário da imigração holandesa em nosso país. Com regência de Leonard Slatkin, a orquestra apresentará para o público carioca um programa que inclui Haydn e Rachmaninov.
A Orquestra
A Orquestra Filarmônica de Rotterdam é um dos conjuntos sinfônicos mais proeminentes da Holanda. Suas numerosas gravações e aclamadas turnês levaram-na ao reconhecimento mundial. O diretor musical da orquestra é Yannick Nézet-Séguin, que é também diretor musical designado da Philadelphia Orchestra, regente convidado principal da London Philharmonic Orchestra e diretor artístico e regente principal da Orchestre Métropolitain de Montréal.
Fundada em 1918, a orquestra tornou-se, nos anos 1930, sob a direção de seu regente principal, Eduard Flipse, um dos principais orquestras da Holanda. Com Jean Foumet e Edo de Waart, o conjunto ingressou em conjuntos nova era. Foi com De Waart — nomeado regente principal em 1973 — que a orquestra adquiriu projeção internacional, através de suas numerosas gravações e turnês. Valery Gergiev, nomeado seu diretor musical em 1995, anunciou uma nova era de ouro. Yannick Nézet-Séguin sucedeu a Valery Gergiev como diretor musical no início da temporada 2008/09.
Desde a sua fundação, o objetivo da Filarmônica de Rotterdam vem sendo tornar a música sinfônica acessível para camadas cada vez mais amplas de público. Além de sua série de concertos de assinatura, a orquestra é conhecida, desde os anos 1930, por seu programa educacional. O multidisciplinar Festival Gergiev da Filarmônica de Rotterdam, iniciado em 1996 pela orquestra e por Valery Gergiev, tornou-se uma das grandes atrações do conjunto, tanto na Holanda quanto no exterior.
A orquestra não se dedica apenas ao repertório tradicional, mas também à música contemporânea e à ópera, que tem um papel especial em seu repertório: sob a direção de maestros como Valery Gergiev, Sir Simon Rattle e Mstislav Rostropovich, participou de várias produções memoráveis. A filarmônica fez história com a estreia mundial de Vida com um idiota de Schnittke na Ópera Holandesa e com o Tristão e Isolda de Wagner montado em colaboração com “videomaker” Bill Viola no Festival Gergiev de 2007.
Baseada na Sala De Doelen, para onde atrai um público anual estimado em 110 mil pessoas, aí incluído um grande contingente de jovens, a orquestra também se apresenta regularmente em outros locais em centros comunitários da cidade e em endereços importantes na Holanda e no exterior. Em fevereiro de 2010, empreendeu uma aplaudida turnê aos Estados Unidos e em abril apresentou-se no Théâtre des Champs Elysées como um prelúdio para a residência em Paris por várias temporadas.
Recentemente, a orquestra assinou contratos com a EMI/Virgin Classics e com o selo BIS Records para uma série de gravações, a primeira das quais foi maravilhosamente recebida pela crítica. Em junho de 2010, a orquestra e seu diretor musical conquistaram o prestigioso Prêmio Edison da Holanda, por suas gravações de Ravel para a EMI Classics. Em setembro do mesmo ano foi lançado um box contendo as Sinfonias 6 e 8 de Mahler com as excepcionais gravações de 1954 e 1955, regidas por seu então diretor musical, Eduard Flipse.
Em abril de 2010, Yannick Nézet-Séguin renovou seu contrato como diretor musical da Filarmônica de Rotterdam até 2015.
Site Oficial: www.rpho.nl
Leonard Slatkin, regente
Leonard Slatkin nasceu em Los Angeles, em uma família acentuadamente musical: seus pais eram o regente e violinista Felix Slatkin e a violoncelista Elianor Aller, membros fundadores do famoso Quarteto de Cordas de Hollywood. Leonard Slatkin começou seus estudos musicais ao violino e estudou regência com o pai e com Walter Susskind em Aspen, e Jean Morel na Juilliard School.
Assumiu como diretor musical da Orquestra Sinfônica de Detroit em setembro de 2008. Recentemente foi nomeado diretor musical de Orquestra Nacional de Lyon, na França, iniciando suas funções no início da temporada 2011/12. Paralelamente continua a atuar como Regente Convidado Principal da Orquestra Sinfônica de Pittsburgh, posto para o qual foi convidado em 2008.
Após dezessete anos como diretor musical da Orquestra Sinfônica de Saint Louis, Slatkin tornou-se, em 1996, diretor musical da Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, D.C.. Foi também regente convidado principal da Orquestra de Minnesota, onde fundou o “Sommerfest”; primeiro diretor musical da Série de Verão da Orquestra de Cleveland no “Blossom Music Festival” — posto que manteve por nove anos; regente convidado principal da Orquestra Filarmônica de Los Angeles no Hollywood Bowl por três temporadas; além de se apresentar regularmente com a Filarmônica de Nova Orleans e Orquestra Sinfônica de Nashville. Seus compromissos para a temporada 2010-2011 incluem novos concertos com a Capela Estadual de Dresden, Orquestra Filarmônica da Rádio França, Orquestra Nacional de Lyon, Gewandhaus de Leipzig, Orquesta Nacional de Espanha e a Orquestra Sinfônica de Barcelona.
Slatkin estará se apresentando também com várias das principais orquestras da América do Norte, inclusive a Sinfônica de Saint Louis, Filarmônica de Los Angeles, Sinfônicas de Seattle, Toronto, Nashville, Pittsburgh e, naturalmente, Detroit.
Desde a sua estreia com a Filarmônica de Nova York em 1974, Leonard Slatkin dirigiu praticamente todas as principais orquestras dos Estados Unidos, como as de Chicago, Boston, San Francisco, Cleveland e Filadélfia. É convidado habitual dos mais importantes festivais como Aspen, Tanglewood, Ravinia, Saratoga, e o Mostly Mozart de Nova York.
Na Grã-Bretanha apresentou-se como regente convidado principal da Filarmônica de Londres e da Filarmônica Real, além de ter sido regente principal da Orquestra Sinfônica da BBC. Slatkin regeu boa parte das orquestras mais destacadas do mundo, incluídas as Filarmônicas de Berlim, Viena e Tcheca; a Orquestra Sinfônica de Baviera e todos os conjuntos importantes de Paris e Londres. Também frequentou os pódios de todo o Oriente.
As apresentações de ópera levaram-no a muitos dos principais palcos dos Estados Unidos e do exterior, inclusive o Metropolitan de Nova York, a Ópera Lírica de Chicago, Ópera Bastilha, Ópera Estadual de Viena, e Óperas Nacionais de Stuttgart e de Washington. Dirigiu também produções de verão em Orange, Óperas de Saint Louis e Santa Fé.
As mais de cem gravações de Slatkin foram consagradas por sete prêmios Grammy e sessenta e quatro indicações. Gravou com as orquestras Sinfônicas de Detroit, Nacional de Washington, Saint Louis, Minnesota, Nashville, Chicago e Filarmônica de Nova York. Realizou também uma alentada série de registros com conjuntos europeus, que incluem praticamente todas as grandes orquestras de Londres, além de Munique, Paris, Praga, Estocolmo e Berlim.
Ao longo de sua carreira, Leonard Slaktin demonstrou um empenho permanente com a educação artística e com a meta de levar a música a um público cada vez mais amplo. É fundador e diretor do “National Conducting Institute”, um programa avançado de desenvolvimento de carreira para regentes emergentes. Slatkin fundou ainda a Orquestra Jovem da Sinfônica de Saint Louis, tendo trabalhado com orquestras de estudantes por todo o país, inclusive as do Curtis Institute of Music, The Juilliard School, Manhattan School of Music e Eastman School of Music. Trabalha frequentemente com orquestras jovens por todos os Estados Unidos e no exterior, entre elas as de Washington, D.C., Sinfônica do Meio-oeste, Cívica de Chicago e Orquestra Jovem das Américas.
O maestro recebeu várias honrarias e prêmios, inclusive a Medalha Nacional das Artes de 2003 (o mais elevado prêmio concedido a artistas pelo governo dos Estados Unidos), o elevação a Chevalier da Legião de Honra da França, a Batuta de Ouro da Liga da Orquestra Sinfônica Americana; prêmios ASCAP tanto com a Sinfônica Nacional quanto com a de Saint Louis, e um doutorado honorário da Juilliard School, o “Lifetime Achievement Award” dos Prêmios de Arte do Prefeito de Washington, e a prestigiosa Declaração de Honra de Prata do embaixador austríaco nos Estados Unidos por contribuições excepcionais para as relações culturais. Slatkin também é diretor da Fundação R. Metz da Escola de Música Jacobs da Universidade de Indiana. Na temporada 2007-2008 tornou-se Artista Residente Notável da Universidade Americana.
Programa
Haydn Sinfonia nº 100
Rachmaninov Sinfonia nº 2
Serviço
Data: 27 de junho (segunda-feira)
Horário: 20h30
Vendas: Theatro Municipal
Disque Dell`Arte: 3235-8545
Classificação etária: 10 anos
Preços:
- Frisa/Cam – R$ 2.520,00
- Plateia – R$ 420,00
- Balcão nobre – R$ 420,00
- Balcão superior – R$ 250,00
- Galeria – R$ 120,00
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