O húngaro András Schiff é saudado por suas interpretações ímpares e surpreendentes que abrangem obras de Schubert, Haydn, Beethoven, Schumann e Bach. Agraciado com várias honrarias, como a nomeação da Rainha Elizabeth II para Cavaleiro da Coroa Britânica pelos serviços prestados à música, Schiff faz apresentação única no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em 19 de agosto (sábado), às 16 horas.
Schiff apresentará um programa especial que inclui as Invenções a três vozes de Nº 1 a Nº 15 de Bach, as Suítes op 14 e Sz 81 (ao Ar Livre) de Bartók, a Sonata “1º de outubro de 1905” em Mi bemol menor de Leoš Janáček e a Sonata Nº 1 em Fá sustenido menor, Op. 11, de Schumann.
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András Schiff
Schiff nasceu em Budapeste e começou a estudar piano aos 5 anos com Elisabeth Vadász, ingressando posteriormente na Academia Liszt de Budapeste, onde teve como mestres Pál Kadosa, György Kurtág e Ferenc Rados. Completou sua formação em Londres, com George Malcolm. Em 1979 estabeleceu-se no Reino Unido e em 2001 tornou-se cidadão britânico.
Recitais e ciclos especiais englobando as principais obras para piano de J.S. Bach, Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Chopin, Schumann e Bartók ocupam a maior parte de seu tempo. A partir de 2004 executou o ciclo completo das 32 Sonatas para Piano de Beethoven em vinte cidades. As apresentações na Tonhalle de Zurique foram gravadas ao vivo.
András Schiff conquistou numerosos prêmios internacionais, dentre eles o “KlavierFestival Ruhr” (para notável desempenho pianístico e para homenagear o trabalho de toda uma vida como pianista) em junho de 2009. Foi ainda finalista do Leeds International Pianoforte Competition (1975) além de receber um prêmio Grammy, na categoria de “Best Instrumental Soloist Performance” (1990), a Medalha em Memória de Claudio Arrau (1994), e os prêmios Kossuth (1996), Léonie Sonning (1997) e o Prêmio Bach da Royal Academy of Music (2007). Posteriormente, em 2011, receberia o Prêmio Schumann, atribuído pela cidade de Zwickau; em 2012, a Medalha de Ouro Mozart, do Stiftung Mozarteum Internacional, a Ordem do Mérito das Ciências e Artes e o Grosse Verdienstkreuz mit Stern der Bundesrepublik Deutschland. No mesmo ano foi feito Membro Honorário do Konzerthaus de Viena. Em dezembro de 2013 recebeu a Medalha de Ouro da Sociedade Filarmônica Real de Londres; em julho de 2014, o Grau Honorário de Doutor em Música da Universidade de Leeds.
Seu último disco, para o selo ECM Records, lançado em abril de 2015 com as últimas obras para piano de Schubert — gravadas em um pianoforte vienense de 1812, fabricado por Franz Bordmann —, foi recentemente distinguido com o Prêmio Internacional de Música Clássica na categoria “Gravação Solo Instrumental do Ano”. Esta foi a segunda vez que Schiff recebeu o referido prêmio. A primeira se deu em 2012, por sua gravação de Geistervartionen, com obras de Robert Schumann (ECM).
O pianista trabalhou com boa parte das principais orquestras e regentes do mundo, sendo que atualmente também atua como maestro. Apresenta-se todos os anos com a Philharmonia de Londres e com a Orquestra de Câmara da Europa.
Desde a infância András Schiff demonstrou uma predileção pela música de câmara. Entre 1989 e 1998, foi diretor artístico do “Musiktage Mondsee”, prestigioso festival do gênero, nas cercanias de Salzburgo. Em 1995, ao lado de Heinz Holliger, fundou o “Ittinger Pfingstkonzerte” em Kartause Ittingen, Suíça. Em 1998 inaugurou uma série similar, “Hommage to Palladio”, no Teatro Olimpico de Vicenza. Em 1999 formou sua própria orquestra de câmara, a Cappella Andrea Barca, integrada por solistas internacionais, músicos de câmara e amigos. De 2004 a 2007, András Schiff foi Artista Residente do Kunstfest de Weimar. Na temporada de 2007/8 foi Pianista Residente da Filarmônica de Berlim.
Em 2006 tornou-se Membro Honorário da Casa Beethoven de Bonn, como reconhecimento por suas interpretações de obras de Beethoven. Em 2007 recebeu o cobiçado “Premio della critica musicale Franco Abbiati”, atribuído por seu Ciclo de Sonatas para Piano de Beethoven. No mesmo ano conquistou o Prêmio Bach da Academia Real de Música, patrocinado pela Fundação Kohn (um prêmio anual atribuído a uma personalidade que tenha trazido uma contribuição importante para a interpretação ou estudo acadêmico da música de Johann Sebastian Bach). Em 2008 conquistou a Medalha “Wigmore Hall” comemorativa dos seus 30 anos de atividades na instituição.
András Schiff recebeu o título de Professor Honorário das escolas de música de Budapeste, Detmold e Munique, e um Special Supernumerary Fellow of Balliol College, Oxford, Reino Unido). Em junho de 2014 foi feito Cavaleiro pelos serviços prestados à música, na Lista de Honras do Aniversário da Rainha.
Na primavera de 2011, Schiff chamou a atenção do mundo devido a sua oposição ao alarmante quadro político na Hungria e, diante dos constantes ataques que sofreu por parte de alguns nacionalistas húngaros, decidiu nunca mais tocar em sua pátria.
Schiff tem sua base atualmente em Londres e é casado com a violinista Yuuko Shiokawa.
Programa
Johann Sebastian Bach
Sinfonias (Invenções) a três vozes
Sinfonia Nº 1 em Dó maior, BWV 787
Sinfonia Nº 2 em Dó menor, BWV 788
Sinfonia Nº 3 em Ré maior, BWV 789
Sinfonia Nº 4 em Ré menor, BWV 790
Sinfonia Nº 5 em Mi bemol maior, BWV 791
Béla Bartók
Suíte, op. 14
Allegretto
Scherzo
Allegro molto
Sostenuto
Johann Sebastian Bach
Sinfonias (Invenções) a três vozes
Sinfonia Nº 6 em Mi maior, BWV 792
Sinfonia Nº 7 em Mi menor, BWV 793
Sinfonia Nº 8 em Fá maior, BWV 794
Sinfonia Nº 9 em Fá menor, BWV 795
Sinfonia Nº 10 em Sol maior, BWV 796
Béla Bartók
Ao ar livre – suíte, Sz. 81 – Nos. 1-3
1. Com tambores e pífaros
2. Barcarolla
3. Musettes
Johann Sebastian Bach
Sinfonias (Invenções) a três vozes
Sinfonia Nº 11 em Sol menor, BWV 797
Sinfonia Nº 12 em Lá maior, BWV 798
Sinfonia Nº 13 em Lá menor, BWV 799
Sinfonia Nº 14 em Si bemol maior, BWV 800
Sinfonia Nº 15 em Si menor, BWV 801
Béla Bartók
Ao ar livre – suíte, Sz. 81 – Nos. 4 e 5
3. Músicas noturnas
4. A caçada
INTERVALO
Leoš Janáček
Sonata “1º de outubro de 1905” em Mi bemol menor
Con moto. “Pressentimento”
Adagio. “A Morte”
Robert Schumann
Sonata Nº 1 em Fá sustenido menor, op. 11
Introduzione: Un poco Adagio – Allegro vivace
Aria
Scherzo: Allegrissimo – Intermezzo: Lento
Finale: Allegro, un poco maestoso
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