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Rock in Rio 2017: Segundo round começa com rock pra todas as gerações


Depois de um primeiro fim de semana que agradou os fãs de pop, o festival retomou as atividades nessa quinta (21) com shows de tirar o folêgo pra todas as idades.

Enquanto muita gente ainda recupera as energias do primeiro e agitado fim de semana do Rock In Rio 2017, muitos estão prestes a gastá-las a partir dessa quinta-feira, dia 21, onde o festival iniciou seu segund round, com um cronograma completamente voltado ao rock.

Quem chegou cedo e conferiu o show delicinha de Ana Cañas com o músico Hyldon, nem poderia imaginar que dali a algumas horas uma surra de ritmos bem mais intensos iria contagiar toda a Cidade do Rock.

NOVA GERAÇÃO DO ROCK

Revelados no reality global SuperStar, a banda Scalene teve a honra de abrir o Palco Mundo do quarto dia do festival. Apesar da plateia morna, o grupo brasiliense mostrou pro que veio e não se intimidou com isso.

Apresentando um mix de faixas de seus álbuns e EPs já lançados até agora, cativando os que já estavam presentes e até mesmo os que estavam transitando aleatoriamente pela Cidade. Afinal de contas, o vocalista Gustavo Bertoni deu conta do recado nos quesitos auto-confiança e carisma.

RESPEITA O MOÇO

Uma das atrações mais aguardadas desde quando o line-up da edição foi anunciado, o respeitado veterano Alice Cooper entrou pontualmente no palco Sunset para entregar ao sedento público o primeiro e mais intenso show de metal do Rock In Rio 2017 até agora.

Totalmente performático, o cara fez questão de mostrar pro que veio e entregar pro público o show que todos estavam querendo. Com o palco Sunset fervoroso e bastante animado, Alice não deu muita atenção para o seu disco mais recente, Paranormal. Por outro lado, apostou em um setlist lotado de seus hits mais conhecidos, especialmente os que foram lançados lá pela década de 70 – tudo isso ilustrado com pirotecnias, uma boneca bizarra e até a simulação de Alice tendo sua cabeça decepada.

Se todo o teatro de horror já não fosse convidativo o bastante, a grande surpresa ficou mais para o final. Arthur Brown, atração convidada e confirmada, subiu e deu um gás a mais à apresentação, mas foi a presença inesperada de Joe Perry no palco que levou a galera ao delírio. O integrante do Aerosmith subiu, tocou, fez a galera pirar muito e foi a cereja do bolo para consagrar esse momento como um dos mais incríveis dessa edição.

 

MEU EMOPUNK ESTÁ VIVO!

Pela primeira vez no Rio de Janeiro, o Fall Out Boy voltou ao Brasil três anos após passarem aqui pela última vez, quando divulgaram o álbum Save Rock and Roll. Dessa vez, com o álbum M A N I A prestes a ser lançado, deixaram sua marca no Rock In Rio com um gostinho de adolescência dos anos 2000. E apesar de estarem se distanciando do rótulo que consagrou a banda há mais de 10 anos atrás, foi impossível não fazer menção aos anos primórdios da carreira dos caras. Hits antigos como “Dance Dance”, “This Ain’t A Scene, It’s An Arms Race” e “Thnks Fr Th Mmrs” tiveram seus momentos gloriosos e bem recebidos pelo público, com um elétrico Patrick Stump cheio de boas intenções nos vocais e na interação com o público. O baixista e crush de uma geração Pete Wentz também colaborou bem nesse último aspecto, andando pelas extremidades do palco e trocando olhares simpáticos com a plateia. A divulgação do M A N I A também se manteve bem presente. A novíssima “The Last Of The Real Ones” e “Champion” entraram no setlist, deixando de lado o lead single “Young and Menace”. Entretanto, foram tantos os pontos que agradaram os fãs que isso não foi motivo para desanimá-los, já que estavam hipnotizados pelo clima de revival do setlist.

MAJESTADE DO ROCK

Antes de mais nada, é bom ressaltar que merece respeito um veterano com décadas de estrada e fôlego de sobra pra cantar, pular e ainda tocar gaita – quase que simultaneamente. Steven Tyler subiu no palco Mundo com o Aerosmith com pouquíssimos minutos de atraso. Mesmo com uma intro de proporções apocalípticas, a banda empolgou a plateia desde o início, mas essa só pegou no tranco mesmo na terceira música, “Cryin’”. E mesmo sem dar conta de soltar os seus inigualáveis gritos agudos, Steven não poupou esforços para mostrar que ainda manda muito bem, obrigado, no quesito vitalidade. Com um fôlego invejável, cantou, dançou e provou de outras formas o porquê de ainda ser uma lenda viva do rock.  

  Hoje TODO MUNDO veio por um só motivo: Aerosmith! #RockinRio #Aerosmith #PalcoMundo . Adriana Vieira / @rockonboard   A post shared by Midiorama (@midiorama) on


E já que estamos falando de Aerosmith, obviamente o que não faltou foram momentos sing-along. Além da já citada “Cryin’”, outros sons renderam coros uníssonos, como em “Crazy” e, sem dúvida alguma, “I Don’t Wanna Miss a Thing”, onde a plateia não fez feio e contribuiu em 70% de toda a música.

Ignorando totalmente cada música que tenha sido lançada depois dos anos 2000, os caras provaram em sua sétima passagem pelo Brasil (sendo essa a primeira no Rock In Rio) que sua música é majestosamente atemporal.

Por João Batista (Maze) para Midiorama


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