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Semana da Cultura Nordestina: 5 ritmos tipicamente nordestinos e maravilhosos!


Frevo, Maracatu, Xaxado, Axé e o Forró com suas deliciosas vertentes, do xote ao baião. Saiba um pouco mais de cada um desses ritmos que enriquecem a cultura brasileira.

Hoje (02), começa a Semana da Cultura Nordestina e não poderíamos deixar passar em branco. A cultura brasileira é tão rica de tantas formas, que precisa ser reparada por região para que possamos dar a devida atenção a cada dança, ritmo, comida, artesanato, arte, etc. Durante a semana teremos uma matéria por dia, passando por grandes artistas nordestinos, e apresentando novos talentos vindos do nordeste para conquistar todo o país.

Nessa matérias vamos passar por cinco ritmos típicos do nordeste e muito importantes para a cultura nacional.

AXÉ

O mais novo dos ritmos nordestinos: o Axé surgiu na Bahia, nos anos 80, e é um ritmo irresistível que não deixa ninguém parado. O nome significa energia, poder e força de cada uma da coisas ou seres, e é usado como saudação cheia de boa “vibe” e energia positiva. O ritmo é uma mistura de frevo, com reaggae, maracatu, forró, tambores africanos e merengue. A percussão tem muita importância e destaque no Axé.

O ritmo é o maior atrativo para o carnaval de Salvador, que muitas pessoas dizem ser o melhor carnaval do mundo!


FREVO

Ahhhh o Frevo… Ritmo eletrizante que típico do carnaval de Recife. Nascido em Pernambuco, é uma fusão do forró, com a marcha e o maxixe, na dança também aparecem elementos acrobáticos como os da capoeira. Assistir pessoas dançando o frevo com suas roupas coloridas e todo aquele fôlego é impressionante! O nome frevo vem de fervura, ferver, já que o ritmo é frenético. Nos anos 70 o frevo ganhou visibilidade nacional através de Gil e Caetano que levaram o ritmo para o popular carnaval de Salvador. Uma das vozes mais marcantes do frevo é de Elba Ramalho.


FORRÓ

O ritmo mais popular em todo o nordeste e extremamente cativante. O forró é tão completo que o mesmo engloba outros estilos como o Baião, Xote, Quadrilha, Pé de Serra, Eletrônico, Universitário, etc. Pode ser dançado junto, em par, ou separado, de forma acrobata, ou coladinho e devagar. Os instrumentos musicais utilizados são praticamente apenas a sanfona ou acordeão, o triângulo e a zabumba.

Alguns dizem que o nome “forró” vem do inglês “for all”, que eram bailes promovidos por ingleses que vieram construir uma ferrovia e davam um baile para os trabalhadores de Pernambuco, Alagoas e Paraíba. De onde quer que tenha vindo o nome e o ritmo, agradecemos muito! A cultura brasileira não seria a mesma sem um forrózinho gostoso e animado.


MARACATU

De origem africana, mais precisamente nas cerimônias de coroação dos reis do Congo, que eram feitas na igreja e tinham um batuque marcante em homenagem à Nossa Senhora do Rosário. O teor religioso se perdeu, o ritmo e a dança é típica do carnaval, mas os cordões e blocos carnavalesco mantém muitas das características originais. Na frente vão o rei e a rainha, seguidos por príncipes, embaixadores, dançarinas e indígenas. Todos simplesmente desfilam ao som dos tambores. O ritmo é marcado pela percussão, que chamam de “baque virado”.

A tradição começou porque os chefes tribais vindos do Congo e Angola, mesmo sendo escravos, tinham necessidade de mostrar sua força e poder. A tradição é considerada símbolo da resistência negra no Brasil, tipicamente pernambucana, multicolorida e encantadora.


XAXADO

Com origem no sertão do nordeste, da época do cangaço. A dança equilibra a alegria e a guerra, os dançarinos representam cangaceiros, armados com rifles, e eles dançam em comemoração a alguma vitória, e era dançada somente por homens. O nome “xaxado” remete ao barulho que as sandálias de couro fazem ao baterem e arrastarem no chão. Graças a Luíz Gonzaga, o ritmo passou a ser tocado em rádios e televisões, o que tornou o xaxado conhecido em todo o Brasil. “Óia eu aqui de novo, xaxando / óia eu aqui de novo, para xaxar”

Por Natália Brandão


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