Grande improvisadora e reconhecida como uma artista “visionária”, a pianista venezuelana Gabriela Montero vem conquistando o público de todo o mundo com seu carisma peculiar, permitindo-se, inclusive, improvisar sobre melodias fornecidas pela plateia. Natural de Caracas, fez sua primeira apresentação pública com apenas cinco anos e aos oito estreava como concertista com a Orquestra Juvenil Simón Bolivar, o que lhe rendeu uma bolsa de estudos do governo venezuelano para se aprimorar nos Estados Unidos. Hoje, sua arte vem sendo aclamada em apresentações com as principais orquestras dos Estados Unidos e da Europa e ao lado dos principais maestros do mundo.
No dia 23 de setembro (segunda-feira), a artista faz seu primeiro recital solo no Brasil: ela será a oitava atração do ano da Série O Globo / Dell’Arte Concertos Internacionais 2013, que chega este ano à sua 20ª edição. No programa da apresentação carioca, ela executará peças de Brahms, Schumann e dedicará um bloco inteiro dedicado às improvisações.
A Série O GLOBO / Dell’Arte Concertos Internacionais 2013, faz parte do Circuito Cultural Bradesco Seguros, que apresenta para o público brasileiro um calendário diversificado de eventos artísticos com espetáculos nacionais e internacionais de grande sucesso, em diferentes áreas culturais como dança, música erudita, artes plásticas, teatro, concertos de música, exposições e grandes musicais.
Gabriela Montero
“A interpretação de Gabriela Montero tinha tudo: acentuado brio rítmico, coloridos sutis, força férrea… emocionante lirismo… sóbria expressividade” –
The New York Times
As interpretações visionárias de Gabriela Montero granjearam-lhe rapidamente um público cada vez mais amplo e devotado ao redor do mundo. Seus contratos incluem aclamadas apresentações com as Filarmônicas de Nova York e Los Angeles no Hollywood Bowl, Sinfônicas de Cleveland, Atlanta, San Francisco, Chicago, Pittsburgh, Filadélfia, WDR de Colônia e Philharmonia no Royal Festival Hall. Tocou recentemente com os maestros Claudio Abbado, Gustavo Dudamel, James Gaffigan, Lorin Maazel, Yannick Nézet-Séguin, e Leonard Slatkin. Seus recitais a levaram aos festivais de Salzburgo, Istambul, Kuhr, Ravinia e Tanglewood e a salas como a Philharmonia de Colônia, Tonhalle de Dusseldorf, Kennedy Center e Biblioteca do Congresso em Washington, DC, Wigmore Hall de Londres, Gewandhaus de Leipzig, Centro Nacional das Artes de Ottawa, Sala Orchard de Tóquio e ao Projeto Martha Argerich do Festival de Lugano, ao qual comparece todos os anos.
Em sua agenda da temporada 2012/2013 destacam-se a estreia com a Rundfunk-Sinfonieorchester de Berlim e uma turnê europeia de recitais com o violoncelista Gautier Capuçon. Voltará, ainda, a apresentar-se com a Sinfônica de Detroit e com a Filarmônica de Rotterdam. Recentemente Gabriela Montero participou de uma turnê com a Academy of St. Martin-in-the-Fields e a Orquestra de Cleveland. A pianista se apresenta com frequência com a Orquestra da Rádio de Viena e com a Orquestra de Câmara de Zurique.
Além de suas interpretações clássicas brilhantes e plenas de nuanças, o estilo único e peculiar de Gabriela Montero vem de seus dons de improvisadora. “Eu me conecto com meu público de uma maneira totalmente única; e eles comigo. Porque a improvisação é uma parte tão substancial daquilo que eu sou, e é através dela que consigo me expressar da maneira mais espontânea e natural”. Hoje, quer se trate de um recital ou de um concerto, Gabriela frequentemente convida o público a participar, pedindo sugestões de melodias para improvisações.
Há muito tempo a pianista acalenta o desejo de levar suas improvisações à etapa lógica subsequente da composição. Ela mergulhou de cabeça entusiasticamente nesta nova fase de sua carreira, compondo uma obra intitulada ExPatria para piano e orquestra. A obra estreou em Londres e logo a seguir em uma turnê à Alemanha com a Academy of St. Martin-in-the-Fields. Nesses concertos, seus talentos multifacetados foram apresentados com sua nova obra, enquanto interpretava o “Concerto Imperador” de Beethoven. Nesta temporada a pianista revisitará ExPatria com orquestras nos Estados Unidos e na Europa.
As perspectivas inovadoras de Gabriela também são amplamente requisitadas fora do mundo da música clássica. Ela foi convidada pela segunda vez para o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, como oradora. A pianista também participa do Festival Mulheres do Mundo, no Southbank Centre de Londres. Apresentou-se em 2008 na Casa Branca, na posse do presidente Obama. Em 2012 recebeu o Prêmio Rockefeller por sua contribuição às artes.
As gravações de Gabriela Montero para a EMI Classics compreendem discos dedicados a Rachmaninov, Chopin e Liszt e outro dedicado às suas sentidas e tecnicamente brilhantes improvisações. O CD Bach and Beyond é um disco completo de improvisações sobre temas de Bach, que ficou nas paradas por vários meses. Ela conquistou dois prêmios ECHO da Deutsche Phono-Akademie: o de “Instrumentista de Teclados” de 2006 e o “Klassik-ohne-Grenzen” por Bach and Beyond em 2007. Em fevereiro de 2008 seu registro de improvisações Baroque, para a EMI, foi indicado para um Prêmio Grammy e lançado com grande aclamação, recebendo 5 estrelas da BBC Music Magazine and Classic FM. Solatino, a última gravação de Gabriela, lançada em janeiro deste ano, é dedicada exclusivamente a obras de compositores latino-americanos. Ela selecionou obras de seis compositores, que incluem a Sonata para piano Nº 1 de Ginastera, assim como suas improvisações sobre temas latinos.
Programa
JOHANNES BRAHMS
3 Intermezzi, op. 117:
Nº 1 em Mi bemol maior
Nº 2 em Si bemol menor
Nº 3 em Dó sustenido menor
ROBERT SCHUMANN
Fantasia em Dó maior, op. 17
GABRIELA MONTERO
Improvisações (4)
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