No dia 15 de setembro, tendo o festejado violinista francês Renaud Capuçon como solista convidado, aOrquestra Sinfônica de Lucerna estará no Rio de Janeiro para uma apresentação única no Theatro Municipal, como a última atração do ano da 21ª edição da Série O Globo / Dell’Arte Concertos Internacionais 2014. No programa da apresentação carioca, o público ouvirá o Concerto para violino e orquestra em Ré maior, op. 77, de Johannes Brahms e Sinfonia Nº 9 em Dó maior, D. 944 – “A Grande”, de Franz Schubert.Fundada em 1806 em Lucerna, na Suíça, a Orquestra Sinfônica de Lucernaé um dos mais tradicionais conjuntos sinfônicos do mundo, com uma história de mais 200 anos, que lhe confere uma percepção única de como fomentar a criatividade entre os limites da tradição e da inovação.
A orquestra domina o repertório clássico-romântico, mas vem sendo também, ao longo dos anos, uma promotora da música moderna, comissionando obras de compositores como Sofia Gubaidulina, Rodion Shchedrin e Fazil Say, entre muitos outros.
Nomeado maestro principal na temporada 2011/12, James Gaffigan é um estudioso que aproveita cada oportunidade para destacar raridades do repertório, com o objetivo de ampliar os horizontes do público, tanto no repertório tradicional, como na música contemporânea.
Nas últimas décadas, a Orquestra Sinfônica de Lucerna esteve presente nos mais importantes eventos e teatros do mundo, realizando turnês pelos cinco continentes, e empreende atualmente a 209ª temporada de sua gloriosa história.
A apresentação única no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 15 de setembro encerra a 21ª edição daSérie O GLOBO / Dell’Arte Concertos Internacionais 2014, que faz parte do Circuito Cultural Bradesco Seguros e apresenta para o público brasileiro um calendário diversificado de eventos artísticos com espetáculos nacionais e internacionais de grande sucesso, em diferentes áreas culturais como dança, música erudita, artes plásticas, teatro, concertos de música, exposições e grandes musicais.
A Orquestra Sinfônica de Lucerna
A Orquestra Sinfônica de Lucerna (LSO) é a mais antiga da Suíça, fundada em 1806. Atualmente a orquestra residente do KKL Luzern, um centro cultural e de convenções planejado pelo arquiteto Jean Nouvel e inaugurado em 1998. Solidamente ancorado em Lucerna — cidade mundialmente famosa por sua efervescência musical — o conjunto apresenta uma série de ciclos de concertos anuais e também atua como orquestra principal do Teatro de Lucerna.
Atualmente, a orquestra tem como maestro principal James Gaffigan, que foi nomeado na temporada de 2011/12. Além de Gaffigan, o conjunto conta regularmente com maestros convidados de renome internacional, como Michael Gielen, Neeme Järvi, Sir Neville Marriner, Leonard Slatkin, Matthias Bamert, Andrey Boreyko, Kristjan Järvi, Peter Eötvös, Andris Nelsons, Vasily Petrenko e Tugan Sokhiev. O ex-maestro titular Jonathan Nott também é regularmente convidado da LSO. Os concertos da LSO também contam com diversos solistas convidados, como Renaud Capuçon, Isabelle Faust, Julia Fischer, Vadim Gluzman, Hilary Hahn, Gidon Kremer, Viktoria Mullova, Nicholas Angelich, Martha Argerich, Nelson Freire, Lang Lang, Radu Lupu, Maria João Pires, Fazil Say, Krystian Zimerman, Gautier Capuçon, Truls Mork e Martin frost.
Com apreço pelo repertório clássico-romântico, o conjunto tem sido também um propagador da música moderna, apresentando obras de compositores como Sofia Gubaidulina, Rodion Shchedrin, Fazil Say, Martin Jaggi, Michael Jarell, Pascal Dusapin e Marc-André Dalbavie.
Nas últimas décadas, a Orquestra Sinfônica de Lucerna esteve presente nos mais importantes eventos e teatros do mundo, como no Grosse Festspielhaus, de Salzburgo, Concertgebouw, de Amsterdam, Philharmonia Shostakovich, de São Petersburgo, Théâtre des Champs-Élysées, de Paris, Festspielhaus, de Baden-Baden, Bad Kissingen, Auditório Giovanni Agnelli, de Lingotto, em Turim, Sala Suntory, de Tóquio, e Barbican Hall, de Londres, entre muitos outros.
Em junho de 2011, a orquestra realizou uma turnê de duas semanas às salas mais importantes da China. Foi sua segunda incursão à Ásia, iniciada em 2008 com três semanas no Japão. No verão de 2013 estreou em Israel. Já na temporada 2013/14, a 208ª temporada da bicentenária orquestra, empreendeu estreias importantes no Festival Enescu de Bucareste e na Sala Tchaikovsky de Moscou.
O perfil internacional da Orquestra Sinfônica de Lucerna se reflete em sua presença em CD e DVD, como, por exemplo, a gravação de um DVD com obras de Shchedrin, Dvorák, Franck e Shostakovich para o selo alemão Accentus Music. Para o francês Harmonia Mundi registrou a sinfonia Nähe fern (2013) de Wolfgang Rihm e a Sinfonia Nº 6 de Dvorák e para o Naïve Classique o Concerto para violino de Fazil Say. Já para o selo inglês Nimbus registrou três CDs com obras de Schreker e outros. Rihm também forneceu material para um CD do selo austríaco Kairos. Para o Sony Classical gravou concertos para piano de Chopin e Grieg; e para a Bis Records, obras de Sofia Gubaidulina.
James Gaffigan regente
Celebrado por sua naturalidade no comando da orquestra e pela maneira como penetra nas partituras com notável musicalidade, James Gaffigan continua a atrair a atenção internacional, sendo um dos mais notáveis regentes jovens da atualidade nos Estados Unidos. Ele é atualmente Regente Principal da Orquestra Sinfônica de Lucerna e Regente Convidado Principal da Orquestra Filarmônica da Rádio Holandesa. Também foi apontado como Regente Convidado Principal da Orquestra Gürzenich de Colônia, em setembro de 2013, onde dirige tanto concertos de assinatura, quanto produções líricas com a Ópera de Colônia.
Além destes compromissos, James Gaffigan atua constantemente como regente convidado de algumas das mais prestigiosas orquestras da Europa, dos Estados Unidos e da Ásia. Em temporadas recentes, atuou com as Filarmônicas de Munique, Londres e Rotterdam, Capela Estadual de Dresden, as Sinfônicas Alemã de Berlim, Gothtenburgo, Rádio de Berlim, BBC de Londres, City of Birmingham, Filarmônica Checa, Tonhalle de Zurique, Sinfônica de Bournemouth, Camerata de Salzburgo, Orchestra of the Age of Englightenment, Orquestra das Rádios de Leipzig e Stuttgart, Sinfônica Metropolitana de Tóquio, Sinfônica de Sydney e Filarmônica do Catar. Nos Estados Unidos, trabalhou com as Orquestras de Filadélfia e Cleveland, Filarmônicas de San Francisco e Los Angeles, e as Sinfônicas de Chicago, St. Louis, Cincinnati, Indianapolis, Minnesota, Dallas, Detroit, Houston, Baltimore, Sinfônica Nacional de Washington e Orquestra de Câmara de St. Paul.
Durante a temporada 2013/14, Gaffigan fez sua estreia à frente das Sinfônicas de Londres e Viena; Orchestre de Paris e Filarmônicas de Oslo e Dresden. Na temporada de 2014/15 volta a reger a Sinfônica da BBC, Orchestre National de France, Filarmônicas Checa e de Los Angeles e Orquestra de Cleveland.
Natural da Cidade de Nova Iorque, Gaffigan estudou no Conservatório de Música de New England, na Escola de Música Shepherd e na Universidade Rice, em Houston, onde fez seu mestrado em música e regência. Foi também selecionado para estudar na Academia Americana de Regência no Festival e Escola de Música de Aspen, tornando-se “conducting fellow” no Centro de Música de Tanglewood. Em 2009, James Gaffigan completou um período de três anos como Regente Associado da Sinfônica de San Francisco, onde foi assistente de Michael Tilson Thomas, regeu concertos de assinatura e foi Diretor Artístico do Festival de Verão da orquestra. Sua carreira internacional deslanchou a partir de 2004, quando venceu o Concurso Internacional de Regência Sir Georg Solti. Gaffigan mora em Lucerna com sua esposa, a escritora Lee Taylor Gaffigan, e seus filhos Sofia e Liam.
Renaud Capuçon violino
Famoso por suas inflamadas apresentações em concerto e por sua sensível colaboração em música de câmara, o violinista francês Renaud Capuçon é requisitado em todo o mundo, trabalhando regularmente com as melhores orquestras e festivais internacionais.
Natural de Chambéry, aos 14 anos ingressou no Conservatório Nacional Superior de Música de Paris, onde recebeu numerosos prêmios. Posteriormente transferiu-se para Berlim, onde estudou com Thomas Brandis e Isaac Stern e recebeu o Prêmio da Academia de Artes de Berlim. Em 1997, foi convidado por Claudio Abbado para tornar-se spalla da Orquestra Jovem Gustav Mahler, a qual liderou por três verões, trabalhando com regentes como Daniel Barenboim, Pierre Boulez, Seiji Ozawa, Franz Welser-Möst e o próprio Abbado.
Renaud Capuçon é artista exclusivo do selo Virgin Classics. Seu lançamento mais recente inclui os concertos de Brahms e Berg com a Filarmônica de Viena e Daniel Harding. Sua participação na gravação da música de câmara completa de Fauré para cordas e piano conquistou o Prêmio ECHO de 2012 para Gravação de Música de Câmara do Ano. Outros registros incluem os concertos de Beethoven e Korngold com a Filarmônica de Rotterdam e Yannick Nézet-Séguin; os concertos para violino números 1 e 3 e aSinfonia Concertante de Mozart com a Orquestra de Câmara Escocesa e Louis Langrée; os concertos de Mendelssohn e Schumann com a Orquestra de Câmara Mahler e Daniel Harding; o Concerto Duplo de Brahms com Gautier Capuçon, Myung-Whun Chung e a Orquestra Jovem Gustav Mahler; e uma gravação de música de câmara de Beethoven, Brahms e Schubert.
Trabalhar com compositores contemporâneos em novas peças para violino é uma prioridade para o violinista, que recentemente iniciou um projeto para comissionar uma obra nova a cada temporada. Renaud Capuçon atua desde 2007 como embaixador do projeto Zegna & Music, fundado para promover a música e seus valores.
Renaud Capuçon foi feito Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito pelo governo francês em 2011. Apresenta-se com um violino Guarneri del Gesù “Panette” (1737) que pertenceu a Isaac Stern, e adquirido para ele pela Banca Svizzera Italiana (BSI). É casado com a jornalista francesa Laurence Ferrari e têm um filho de dois anos.
Programa
Johannes Brahms
Concerto para violino e orquestra em Ré maior, op. 77
Allegro non tropo
Adagio
Allegro giocoso, ma non troppo vivace – Poco più presto
Solista: Renaud Capuçon
Intervalo
Franz Schubert
Sinfonia Nº 9 em Dó maior, D. 944 – “A Grande”
Andante – Allegro ma non tropo
Andante con moto
Scherzo: Allegro vivace
Allegro vivace
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