O Stoneria vem realizando diversos projetos com a banda. Dentre eles, o lançamento da Cerveja Oficial. Como surgiu a ideia de produzir uma cerveja e como está sendo a produção dela?
R: Surgiu da minha mulher. Ela conhecia um mestre cervejeiro, então em uma conversa com o grupo ela citou “porque vocês não fazem uma cerveja da banda? ”. A partir desta ideia iniciamos a produção, que no momento é em pequena escala, fizemos cerca de 60 garrafas para este projeto, mas já vendemos mais da metade!
Vocês não pensam em gravar um novo CD ou até mesmo um EP com novas músicas?
R: Sim e inclusive estamos em estúdio compondo novas músicas. No momento não temos uma data de quando vamos iniciar as gravações, mas é provável que ocorra somente em 2017.
O Stoneria, de onde são e como a banda surgiu?
R: Somos de São Paulo, parte da capital e parte de Osasco. Começou na garagem entre o baterista (Arthur) e eu. No começo era uma banda cover, mas com o tempo o trabalho autoral virou foco. Gravamos um EP, mas passamos por diversas mudanças. Somente em 2013 que fechamos um time fixo com o baixista Caius César que conhecemos na internet e com o guitarrista Pedro Rocha, que ficou meu amigo quando davam aula na mesma escola de música e que inclusive foi meu professor.
Quais as influências da banda?
R: Podemos citar uma influência de cada um da banda, por exemplo: o Arthur (baterista) gosta de Hellacopters, o guitarrista Pedro gosta de Steve Morse, o baixista Caius gosta de Frank Zappa e eu gosto de Secos e Molhados. Isso no final da uma bela mistura.
Sabemos que os integrantes da banda costumam acompanhar as notícias que ocorrem no dia-a-dia, já que grande parte de suas composições se refere ao cotidiano. Uma das últimas polêmicas atualmente é a ‘onda’ do feminismo. Vocês acham que estão coerentes do que seria a proposta original das meninas que se dizem lutar pela igualdade, ou fugiu totalmente da proposta e qualquer coisa já é apontada pelas mesmas como covardia?
R: Vou contar o seguinte: trabalhei em uma favela e por traição o homem amarrou a mulher e ascendeu um rojão dentro dela. Minha namorada ajudou uma mulher no fórum de SP em um processo contra o ex-marido, que deu uma garrafada no rosto dela só porque o relacionamento dos dois acabou. O rosto dela está cheio de cicatrizes. Porque uma mulher não pode tirar a camiseta e mostrar o peito? É somente um peito, nada mais. Veja quantas mulheres estão no poder, veja quantas estão no rock… se uma mulher pega vários caras é puta, se um homem pega várias mulheres é pegador. Não acredito que o feminismo fugiu do propósito, ele precisa gritar mais ainda. Nas grandes metrópoles ele tem uma voz, agora imagina nas favelas, no norte e nordeste do nosso país que está longe. Lá a mulher apanha mais e sofre mais, feminismo nestes lugares às vezes só chega o eco. Confesso que às vezes tenho dificuldades em entender o grito delas, porque fui criado no machismo, mas temos que inverter as posições para compreender a importância desta atitude das mulheres.
O que vocês estão achando da cena rock-metal no Brasil? O que anda acontecendo, tem conseguido parcerias com o “meio” ou ainda anda naquela de “troca” por alguma coisa?
R: Existem parceiros, ou melhor, amigos que nos apoiam fortemente e isso nos traz uma enorme alegria, pois não somos uma banda 100% metal, apesar de ser influenciado pelo estilo. Muita gente do metal nos apoia fortemente! “Troca” não pedem diretamente, mas se tem uma parceria nunca deixaremos de estender a mão para apoiar no que for possível quem nos apoia.
Como vocês caracterizam o som da banda? Qual gênero vocês teriam a moral de falar, “isso aqui é o som da banda”, “bate com essa banda, essa, essa e essa”? Ou vocês sempre estão procurando por inovações e buscam por “n” novidades?
R: Rock de maneira geral, desde Titãs, Black Sabbath, Led Zeppelin, Carcass, Tião Carreiro… escutamos samba, bossa nova. Acreditamos na diversidade, por exemplo: eu faço parte de coral lírico e toco viola caipira, o guitarrista Pedro Rocha tocou em grupos de Jazz, o baixista Caius Cesar tem trabalho paralelo de música eletrônica… acreditamos em toda forma de expressão artística.
Pretendem lançar algum material novo em 2016 ou estão arregaçando as mangas até desgastarem com o primeiro debut e finalmente entrar no estúdio?
R: Em 2016 não, vamos usufruir tudo que o primeiro debut pode oferecer antes e lançar novo disco.
Por favor, esse espaço é de vocês, deixem um recado para os leitores, fãs e futuros fãs.
R: Neste mundo em que tudo é igual, enlatado e uma cópia da cópia seja diferente, escute rock! Escute Stoneria!
Por Imprensa do Rock






























