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Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresenta a ópera Nabucco, de Verdi


Uma das mais grandiosas óperas de Verdi, “Nabucco” será apresentada pela 1ª vez no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em sua versão integral.

Primeiro grande sucesso de Giuseppe Verdi, a ópera Nabucco retorna ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – vinculado à Secretaria de Estado de Cultura – depois de 14 anos, para uma temporada de cinco apresentações, a partir de 21 de julho. Assinada por André Heller-Lopes, a nova montagem apresenta, pela primeira vez no Theatro Municipal, a partitura integral da obra, sem os chamados cortes de tradição – partes mais difíceis normalmente suprimidas da execução. A grandiosa produção, que envolve mais de 400 profissionais, será também a primeira desta obra com elenco inteiramente brasileiro, reunindo nomes de destaque na cena lírica nacional e internacional como a soprano Eliane Coelho, os barítonos Rodrigo Esteves e Rodolfo Giuliani; o baixo Sávio Sperandio; os tenores Marcos Paulo e Eric Herrero e a mezzo-soprano Denise Freitas. Nabucco contará com direção musical e regência do maestro Silvio Viegas, à frente da Orquestra e Coro do TMRJ, cenários de Renato Theobaldo, figurinos de Marcelo Marques e iluminação de Fábio Retti.

“É uma satisfação reunirmos grandes solistas brasileiros em uma das maiores obras do repertório operístico mundial”, comemora a presidente da Fundação TMRJ, Carla Camurati

O carioca André Heller, que volta ao Theatro Municipal do Rio – a última produção dirigida por ele foi Idomeneo, de Mozart, em 2006 – optou por priorizar as relações humanas em sua concepção da obra nesta temporada que considera sua volta ao lar: “O que torna Nabucco atemporal é justamente o drama pessoal, que pode estar, por exemplo, nas vilanias de Zaccaria, que seqüestra, ameaça, faz tudo em nome da fé, uma intolerância religiosa que é inteiramente atual”, explica o diretor. Da mesma forma, os cenários de Renato Theobaldo e figurinos de Marcelo Marques evitam cópias fiéis do lugar e dos costumes da época em que se desenrola a trama: “É um cenário monumental, como pede a obra, mas que usa materiais inusitados que remetem ao relevo do lugar sem ser explícito”, esclarece André. “Os figurinos estão mais ligados à alta costura do que propriamente aos trajes assírios. A referência está presente na paleta de cores de tons turquesa”, completa.

Ópera grandiosa de Verdi, Nabucco é um drama lírico com libreto de Temistocle Solera dividido em quatro partes. A estreia em março de 1842, no Teatro alla Scala de Milão, foi um enorme sucesso, dando início a uma extensa turnê por vários teatros italianos e europeus. Nabucco revelou a veia passional de Verdi, e seu sucesso é derivado do impressionante poder evocativo de “Va´, Pensiero”, uma das mais famosas melodias de todos os tempos, em homenagem à saudade que o povo hebreu sentia de sua terra natal. Durante o século XIX, os italianos ainda não tinham uma nação unida, estavam sob o domínio da Áustria e da Espanha e adotaram a ária como canção nacional canção de um povo que ansiava por ver a sua terra livre dos inimigos e novamente unida.

A história

Parte I – Jerusalém

Nabucco, rei da Babilônia, avança sobre Jerusalém. Os hebreus são forçados a se esconder no templo de Salomão, onde a filha de Nabucco, Fenena, é mantida como refém, sequestrada pelo sumo-sacerdote de Jerusalém, Zaccaria. Fenena é deixada sob os cuidados de Ismaele, chefe militar, que mantém um relacionamento secreto. A outra filha de Nabucco, Abigaille, que assim como a irmã é apaixonada por Ismaele, promete ajudá-lo caso aceite seu amor, mas Ismaele a rejeita. Com a entrada do exército de Nabucco, Zaccaria tenta matar Fenena, mas Ismaele a salva, o que é condenado pelos hebreus. Nabucco incendeia e destrói o templo.

Parte II – A Blasfêmia

Os hebreus são mantidos em cativeiro na Babilônia. Abigaille, de volta à Babilônia, descobre que é filha de escravos e não de Nabucco. Os babilônios acreditam que Nabucco está morto por causa de um boato espalhado pelo Sumo-Sacerdote da Babilônia e clamam para Abigaille assumir o trono. Zaccariaanuncia a conversão de Fenena ao judaísmo. Nabucco retorna e se proclama Deus. Um raio o atinge,  tirando-lhe a coroa, e então é tomado pela loucura. Abigaille pega a coroa.

Parte III – A Profecia

Babilônia saúda Abigaille como sua regente e o Sumo-Sacerdote pede pela morte dos judeus, começando por Fenena, agora convertida. Abigaille faz Nabucco assinar a ordem de execução. Ele o faz mas teme por Fenena. Ele denuncia Abigaille como escrava mas ela já está de posse do documento que revela sua origem e o rasga. Os hebreus cativos cantam às margens do rio Eufrates, relembrando sua pátria (Va pensiero sull’ali dorate). Zaccaria profetiza que a Babilônia cairá.

Parte IV – O ídolo caído

Fenena está sendo preparada para a execução. Nabucco, recuperado de sua loucura, pede a Deus que perdoe os hebreus. Fenena, junto com outros hebreus, está em frente ao altar quando gritos de ‘Viva Nabucco’ são ouvidos. Nabucco destrói o falso ídolo, a estátua de Baal, e liberta os hebreus. Abigaille se envenena, pedindo perdão à Fenena. Nabucco é proclamado Rei dos Reis.

Os intérpretes

Rodrigo Esteves, barítono (Nabucco)

Atualmente morando na Espanha, o barítono brasileiro Rodrigo Esteves fez seu debut em 1998, como Shaunard, em La Bohème, no Teatro de la Zarzuela de Madri. No ano seguinte, assumiu o papel de Alfonso XI em La Favorita, em Pamplona, Espanha. Em 2002, interpretou Mercutio, em Romeu e Julieta, na Espanha, ao lado de Ainhoa Arteta (Julieta) e Fernando de la Mora (Romeu). Seguiram-se Dandini, em La Cenerentola, no VII Festival de Ópera do Amazonas, e Carmina Burana, em Madri. Na Itália, fez Germont (La Traviata) e Almaviva (Le Nozze di Figaro), em Spoleto. Outros papéis de seu repertório são Marquês de Posa (Don Carlos), Marcello (La Bohème), Valentin (Fausto), Ford (Falstaff), Macbeth (Macbeth). Apresentou-se ainda no Japão, México, Argentina e Brasil.

Rodolfo Giugliani, barítono (Nabucco)

Aluno de Benito Maresca, o jovem barítono paulistano de 26 anos Rodolfo Giugliani, que iniciou seus estudos de canto aos 14 anos, acumula diversos prêmios em sua carreira, incluindo o de finalista do IX Concurso Jaume Aragall, na Espanha, além do Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão, Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas e Concurso de Canto Aldo Baldin. Em agosto do ano passado, foi premiado em 2º lugar no concurso Vozes do Brasil – Prêmio Nacional de Canto Lírico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em seu repertório incluem-se as óperas Rigoletto, Attila, Madame Butterfly, Le Villi, Tosca, La Traviata, Gianni Schicchi, I Pagliacci, Carmen, Cavalleria Rusticana, oratório Colomboe Lo Schiavo.

Eliane Coelho, soprano (Abigaille)

A carioca Eliane Coelho mudou-se para a Europa há mais de trinta anos. É a mais importante cantora lírica brasileira, de expressiva carreira internacional. No Brasil, ingressou primeiramente no curso dearquitetura até se dedicar exclusivamente ao canto, estudando com Solange Petit-Reneaux. Estudou ainda na Escola Superior de Música e Teatro de Hannover, na Alemanha.  Nesse país manteve carreira profícua, fazendo parte do elenco da Ópera de Frankfurt. Desde 1991 é membro fixo do elenco da Ópera de Viena, onde já interpretou grandes obras do repertório operístico, tais como Maria Stuart, Idomeneo(Elettra), Otello (Desdemona), Aida, Jerusalém (Hélène), Madame Butterfly, Tosca, La Bohème (Mimi), Il Trovatore (Leonora), Salomé, Fedora, Herodiade (Salomé), Arabella. Na mesma instituição, foi condecorada com o título Kammersängerin, considerado de grande relevância, já que somente os principais profissionais da ópera recebem tal condecoração.
Sua experiência, domínio de amplo repertório e elogiosa determinação dramática fizeram com que Eliane tenha participado de concertos ao lado de nomes de extrema importância, como Plácido Domingo, José Carreras, Bryn Terfel e Samuel Ramey. A soprano também faz recitais solos, cerca de 40 ao ano. Incansável, dedica-se ainda à música de câmara, sendo solista frequentemente convidada em vários concertos. Sua invejável atuação internacional compreende apresentações nas melhores casas de ópera da Europa, principalmente da Alemanha, França, Itália e Áustria.

Eric Herrero, tenor (Ismaele)

Natural de São Paulo, Eric Herrero deu início aos seus estudos de canto em 1998, no Conservatório Musical Debussy, com Aurora Fujisaka. Em sequência, foi aluno da maestrina e preparadora vocal Vânia Pajares. Vencedor do Prêmio Especial do VII Concurso Maria Callas e semifinalista do XVI Concours International de Chant de Verviers, ambos em 2005, o tenor deu início à sua carreira cantando pequenos personagens. Com o reconhecimento da crítica, passou a interpretar grandes papéis do repertório de tenor lírico, como Nemorino em L’Elisir d’Amore; Tebaldo em I Capuleti ed I Montecchi; Alfredo, em La Traviata; Rodolfo, em La Bohème; e Pinkerton, em Madame Butterfly. Em 2007, participou da estreiamundial de Poranduba, do compositor brasileiro Edmundo Villani-Côrtes, no XI Festival Amazonas de Ópera. Em 2008, fez sua estreia internacional, com o papel-título de Les Contes d’Hoffman, em Pézenas, na França, e no Teatro Municipal de São Paulo como Roberto em Le Villi, papel que lhe rendeu a aclamação do público e da crítica especializada. No mesmo ano, integrou o elenco do XII Festival Amazonas de Ópera, em que cantou o papel de um oficial do exército francês na estreia brasileira de Ça Ira, de Roger Waters. Atualmente, tem aulas de canto com Antonio Garofalo e de repertório com Maria Rasetti. Herrero tem aprimorado seus estudos em masterclasses ministrados por ícones do canto lírico, como o tenor catalão Jaume Aragall, a mezzo-soprano italiana Fiorenza Cossoto e a soprano húngara Sylvia Sass. De seu repertório sinfônico, constam obras como Requiem, Coronation Mass e Missa Brevisde Mozart. Herrero participou ainda das estreias brasileiras da obra Therese Mass, de Haydn, e do oratório de natal El Pessebre, do catalão Pablo Casals.

Marcos Paulo, tenor (Ismaele)

Natural do Rio de Janeiro, o tenor lírico Marcos Paulo estudou canto lírico com Graziela di Salerno e teoria musical com Mário Godoy. Em 1993,  foi finalista do II Concurso de Canto Lírico Carlos Gomes, que lhe rendeu o prêmio de Cantor Revelação. Mais recentemente, passou a orientar-se com o maestro Larry Fountain. A convite do tenor Luciano Pavarotti, Marcos Paulo debutou na Ópera da Filadélfia, nos EUA, em 1996, integrando o elenco de Falstaff. No mesmo ano foi um dos vencedores do importante Luciano Pavarotti International Vocal Competition na Filadélfia. Ao retornar ao Rio de Janeiro, participou de montagem de II Tabarro no Teatro Municipal. No mesmo teatro, atuou em Norma e Die Fledermaus. Em 1997, foi Alfredo em La Traviata, em montagem itinerante apresentada nos palcos de Recife, João Pessoa e Natal, sob regência de Aylton Escobar. Entre os compromissos que cumpriu em seguida estão a estreia no Teatro Nacional Claudio Santoro, em Brasilia, como Rodolfo em La Bohème – papel que interpretou também no V Festival Amazonas de Ópera, em Manaus. Em 2008, interpretou Fenton em Falstaff no Teatro Municipal de São Paulo. No ano anterior, cantou Janik em Diary of One Who Disappeared, de Janácek, e Satyavân em Savitri, de Holst, apresentadas em conjunto no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro e de Brasília. Nos anos de 2006 e 2007 participou do Festival Amazonas de Ópera, cantando as óperas Otello (Verdi), Werther (Massenet)  e Lady Macbeth (Verdi). Marcos tem trabalhado com renomados regentes, como Karl Martin, Luis Gustavo Petri, Luis Fernando Malheiro, Marcos Armiliato, Roberto Minczuk, Silvio Viegas, Henrique Morelenbaum e Silvio Barbato. Entre os diretores com quem já trabalhou estão Sonja Frisell, Tito Capobianco, André Heller-Lopes, Jorge Takla e Diva Pieranti.

Savio Sperandio, baixo (Zaccaria)

A voz e a presença cênica marcantes de Savio Sperandio o têm tornado um dos artistas mais solicitados do Brasil. Tem se apresentado nos Theatros Municipais do Rio de Janeiro e São Paulo, Theatro da Paz (Belém), Festival Amazonas de Ópera e em concertos sinfônicos com as principais orquestras brasileiras (OSESP, OPES, OSMG, OSM SP, OSB, Amazonas Filarmônica etc). No exterior, apresentou-se no Theatro Colón de Buenos Aires, no Festival de Ópera de Lecce, Itália, Festival de Ópera de Ercolano,Itália e no Rossini Opera Festival em Pesaro, Itália. Em 2008, cantou O Barbeiro de Sevilha (Bartolo), no Teatro Real de Madrid, L’Italiana in Algeri (Don Magnifico), em Wildbad, Alemanha, e Il Viaggio a Reims(Don Profondo), no Teatro Arriaga de Bilbao, sob direção de Emilio Sagi e regência de Alberto Zedda. Recebeu os Prêmios: “Melhor Intérprete de Canção Brasileira”, no IV Concurso Internacional de Canto Lírico Carlos Gomes, “Melhor Intérprete de Canção de Osvaldo Lacerda” e “Revelação do Ano” no Prêmio Carlos Gomes de Música Erudita (2005). No Brasil, recentemente, cantou Betto di Signa, de Gianni Schicchi, de Puccini, com a OSESP; Missa Solemnis e a Nona Sinfonia de Beethoven  e o Oratório O Messias, de Haendel, com a Orquestra Petrobras Sinfônica. Cantou também Lucia de Lammermoor no Teatro São Pedro em São Paulo, a ópera Il Guarany, em Belém; L’Orfeo, de Monteverdi, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Falstaff, em Belo Horizonte, e Macbeth e o oratório Colombo, em São Paulo. Bacharel em Canto pela Universidade Federal de Goiás, é orientado por Isabel Maresca.

Denise de Freitas, mezzo-soprano (Fenena)

A artista exibe qualidade de voz impecável e uma musicalidade extremamente sensível, adjetivo que, no mais, pode-se aplicar às suas interpretações, sempre marcantes, de papéis como Niklaus, nos Les Contes d’Hoffmann (Offenbach); Cherubino, no Le Nozze di Figaro (Mozart); João, no João e Maria(Hänsel un Gretel, de Humperdinck) ou no papel-título da La Cenerentola (Rossini). Em todos eles, Denise tem chamado a atenção da crítica e do público pelo seu timbre profundo e penetrante, bastante adequado à tessitura de papéis como “Dalila”, da ópera de Saint-Saëns, por exemplo. Artista múltipla em suas possibilidades de expressão, Denise de Freitas também estende seu repertório em direção à música sinfônica: El Amor Brujo, de Manuel de Falla, e Das Lied von der Erde, de Mahler, são bons exemplos disso. A versatilidade da cantora espraia-se, também, pela música de câmara, onde destaca-se o brilhante disco gravado ao lado da pianista Eudóxia de Barros dedicado a canções do compositor paulista Osvaldo Lacerda. Denise, aliás, já recebeu prêmios da Rádio Mec e foi vencedora do 4.ª Concurso de Interpretação da Canção Brasileira, o que mostra sua importante relação com a música de seu país.

Carlos Eduardo Marcos, baixo (Grande Sacerdote)

Carlos Eduardo nasceu em São Paulo e graduou-se em Música e Direito, sendo Mestre em Teologia. Estudou canto lírico com Mitzi Frölich, Caio Ferraz e Benito Maresca, tendo também participado de masterclasses com os baixos Yevgeny Nesterenko e Robert Holl.  Carlos Eduardo tem interpretado os principais papéis de baixo nas óperas Die Zauberflöte, Le Nozze di Figaro e Der Schauspieldirektor(Mozart), Otello, Nabucco e La Forza Del Destino (Verdi), Salome, Der Rosenkavalier e Ariadne Auf Naxos (R. Strauss), Il Guarany e Condor (Gomes), Il Signor Bruschino e Il Barbiere di Siviglia(Rossini), Madame Butterfly, Tosca e Gianni Schicchi (Puccini), Amelia al Ballo e Amahl and The Night Visitors (Menotti), Orfeo e Ballo delle Ingrate (Monteverdi), Carmen (Bizet), The Rake’s Progress(Stravinsky), Pelléas et Mélisande (Debussy), Lohengrin (Wagner), L’Elisir D’amore (Donizetti), La Serva Padrona (Pergolesi), Candide (Bernstein), Il Matrimonio Segreto (Cimarosa), Jenufa (Janácek), Hercules(Haendel), Arianna (Marcello),  The Bear (Walton), A Hand of Bridge (Barber), e das estréias mundiais das óperas brasileiras O Anjo Negro (Ripper), A Tempestade (Miranda), Eros-ion! (Chagas), Olga(Antunes), e O Rei que Ninguém Viu (Travassos). Na área de música sacra e sinfônica já cantou obras de Haendel, Bach, Haydn, Brahms, Mendelssohn, Bruckner, Berlioz, Mozart,  Beethoven, Schubert e Stravinsky, entre outros.  Já cantou sob a regência de Eleazar de Carvalho, Francesco La Vecchia, Gianluca Martinenghi, Ira Levin, Isaac Karabtchevsky, Jamil Maluf, José Maria Florêncio, John Neschling, Kristian Commichau, László Marosi, Luís Fernando Malheiro, Naomi Munakata, Sir Richard Armstrong, Roberto Tibiriçá, Túlio Colaccioppo, Víctor Hugo Toro e Walter Lourenção, entre outros.

Jacques Rocha, tenor (Abdallo)

Carioca formado em canto pela Escola de Música Villa-Lobos, Jacques Rocha participou de corais como Polifonia Carioca, Coro Sinfônico do Rio de Janeiro e Núcleo de Ópera da Escola de Música Villa-Lobos. Como solista, atuou em A Criação, de Haydn; Messias, de Häendel; Oratório de Natal, de Camille Saint-Säens, e Romeu e Julieta, de Gounod, entre outros.

André Heller-Lopes, direção

Especialista em ópera, André acumula extensa carreira no Brasil e no exterior. É Professor do Departamento Vocal da Escola de Música da UFRJ desde 1996, onde cursou também o Mestrado. Sua monografia, Vozes Brasileiras, foi a primeira a debruçar-se de forma detalhada sobre a vida de cantoras líricas europeias que vinham ao Brasil entre 1844 e 1852. Recentemente, defendeu Doutorado junto ao Kings College, de Londres. Bolsita da CAPES, defendeu em sua tese o universo operístico brasileiro do século 19, desta vez ao pouco conhecido movimento pela Ópera Nacional, entre 1857 e 1863. Em 2003 tornou-se Coordenador de Ópera da Prefeitura do Rio, desenvolvendo extensa programação dedicada ao público jovem, durante cinco anos. Ganhou, por dois anos consecutivos, o Prêmio Carlos Gomes de melhor diretor cênico. Espetáculos como Diário do Desaparecido e Savitri (CCBB-SP e DF) e Ariadne em Naxos (TMSP) foram aclamados pela crítica especializada. Sua mais recente encenação, Tosca, no Kleinesfestpielhaus (Haus für Mozart), em Salzburgo, foi descrita como um “retumbante sucesso”, colhendo elogios de pública e critica. No Brasil destacam-se suas encenações de espetáculos tão diversos como os ciclos ‘Palavras Brasileiras’, ‘Viva Verdi’ e ‘Portinari: Música e Poesia’ (CCBB RJ e SP), Samson et Dalila, Andrea Chenier e La Fille du Régiment (TMSP) e Idomeneo (TMRJ), Cavalleria Rusticana e A Ópera dos 3 Vinténs (FAO), Mozart & Salieri (Festival de Campos do Jordão), Der Schauspieldirektor (OSB), Falstaff e Der Rosenkavalier (OSESP), Der Zwerg (OPS). Idealizou ainda acriação de novas óperas brasileiras (Caixeiro da Taverna, Domitila, Anjo Negro). Trabalhou na San Francisco Opera, Metropolitan Opera de NY e Royal Opera House (Londres) e Teatro Nacional de São Carlos (Lisboa). Ao longo de duas temporadas no Covent Garden, dirigiu O Imperador de Atlantis (Viktor Ullmann) e Diário do Desaparecido (Janácek), trabalhando ainda na equipe de direção de 15 óperas com artistas como Domingo, Mattila, Villazon, Graham, Terfel, Hampson, Hvorostovsky, Allen, Ramey, e ao lado de diretores como Copley, K. Warner, Miller, Martone ou Armfield. Mais recentemente dirigiu O Barbeiro de Sevilha (Iford Arts Summer Festival, UK); Yerma in concert de Villa-Lobos (Berlim/Lisboa/Paris); além de Dido & Aneas, Trouble in Tahiti e L’Occasione fa Il ladro (Teatro São Carlos) e Tosca (Kleinesfestspielhaus, Salzburg).

Silvio Viegas

Silvio Viegas é Mestre em Regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, tendo sido discípulo dos maestros Oiliam Lanna, Sergio Magnani e Roberto Duarte.

Ainda jovem, foi agraciado com uma bolsa de estudos, indo estudar regência na Itália. Em 2001, ficou com o primeiro lugar no Concurso Nacional Jovens Regentes, organizado pela Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB).

Desde o início de sua carreira tem-se destacado por sua atuação no meio operístico regendo óperas como Così fan Tutte, Le Nozze di Figaro e A Flauta Mágica de Mozart, Tiradentes de Manuel Joaquim de Macedo, La Bohème de Puccini, O Barbeiro de Sevilha de Rossini, Carmen de G. Bizet, Cavalleria Rusticana de P. Mascagni, Il Trovatore de Verdi, Romeu e Julieta de Gounod e mais recentemente Lucia di Lammermoor de Donizetti. Silvio Viegas tem também uma ligação estreita com a dança, tendo dirigido, neste Theatro, os ballets  Giselle, Coppélia, O Quebra-Nozes e Carmen de Roland Petit.

Esteve à frente das Orquestras Sinfônica Brasileira, Petrobras Sinfônica, Orquestra do Teatro da Paz, Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Sinfônica de Minas Gerais, Sinfônica de Burgas (Bulgária), Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Orquestra do Algarve (Portugal), entre outras.

Foi Diretor Artístico da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes de 2003 a 2005 e, atualmente, é Diretor Artístico Interino da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro e ainda o Maestro Titular da Orquestra Sinfônica da casa. É também Professor de Regência na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais.

Serviço

Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal
Programa: Nabucco

Música: Giuseppe Verdi
Libreto: Temistocle Solera
Cenários: Renato Theobaldo
Figurinos:
Marcelo Marques
Iluminação:
Fábio Retti
Caracterização cênica e maquiagem:
Elizinha Ducarmo
Direção de produção:
Cláudia Malta
Concepção e direção de cena:
André Heller-Lopes
Direção musical e Regência:
Silvio Viegas

Apresentando os solistas:
Rodrigo Esteves (21
, 27 e 31) e Rodolfo Giuliani (23 e 29), barítono – Nabucco
Eliane Coelho
, soprano Abigaille
Sávio Sperandio
, baixo Zaccaria
Marcos Paulo
(21, 27 e 31) e Eric Herrero (23 e 29), tenor – Ismaele
Denise de Freitas, mezzo-soprano – Fenena
Carlos Eduardo Marcos
, baixo – Grande Sacerdote
Jacques Rocha, tenorAbdallo
Celinelena Ietto
, soprano – Anna

Estreia – 21 de julho, às 20h
Temporada – 23
, 27 e 29 de julho, às 20h
31 de julho
, às 17h

Preços:

  • Plateia e balcão nobre – R$ 84,00
  • Balcão superior – R$ 60,00
  • Galeria – R$ 25,00
  • Frisas e camarotes – R$ 504,00

Desconto de 50% para estudantes e idosos

Classificação etária: Livre

Duração: 180 minutos (incluindo dois intervalos de 20min)

Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Praça Floriano, s/nº – Centro
Informações: (21) 2332-9191
Vendas na Bilheteria, no site da Ingresso.com ou por telefone 21 4003-2330


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