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Um dos maiores nomes da história do rock, Tina Turner morre aos 83 anos


Cantora americana estava em sua casa na Suiça. Família confirmou no perfil oficial da artista que ela morreu após um longo período doente.

Considerada um dos maiores nomes da história da música, a cantora norte-americana Tina Turner morreu hoje (24) em sua casa na Suiça. A morte foi confirmada pela família em uma nota divulgada nos perfis oficiais de Tina:

“Com sua música e sua paixão sem limites pela vida, ela encantou milhões de fãs ao redor do mundo e inspirou as estrelas de amanhã. Hoje nos despedimos de uma querida amiga que nos deixa sua maior obra: sua música. Toda a nossa sincera compaixão vai para a família dela. Tina, sentiremos muito sua falta”, afirmou a nota.

A nota não informa o motivo da morte, limitando-se a informar que a cantora esteve doente por um longo período. A cantora foi diagnosticada com câncer no intestino em 2016 e em 2017, chegou a ser submetida a um transplante de rim. Tina Turner havia completado 83 anos em novembro do ano passado.

Durante sua carreira Tina recebeu oito vezes o prêmio Grammy e chegou a vendeu mais de 100 milhões de discos em todo o mundo. Ela nasceu na cidade de Brownsville, no Tennessee com o nome de Anna Mae Bullock. Seus pais eram muito pobres e a cantora mudou várias vezes de casa e morou tempos com os avôs. De família religiosa, começou a cantar em corais de igreja. Trabalhou como empregada doméstica e enfermeira. Aos 15 anos começou a cantar profissionalmente em boites para se sustentar.

No Manhattan Club, em East St. Louis, onde sua irmã trabalhava como garçonete, Tina conheceu Ike Turner, que se apresentava com a banda The Kings of Rhythm. Impressionada com o talendo de Ike, Tina pediu para ser backing vocal da banda e pouco tempo depois Ike e Tina decidiram formar uma dupla e se casarem.

Casada, ela adotou o nome artístico Tina Turner e ao lado do marido, dominou o cenário da música soul nos anos 60 e 70. A dupla fazia shows seguidos, suas músicas escalavam as paradas de sucesso e eles emplacaram vários hits. Na intimidade no entanto, Tina e Ike viviam num inferno numa sucessão de brigas e escândalos. Alcóolatra e dependente de drogas, Ike agredia e humilhava a mulher. Depois de 18 anos, Tina pediu o divórcio. Na justiça, abriu mão de todo o patrimônio do casal em troca de manter o sobrenome Turner.

Em 74 e 75, ainda com Ike, Tina lançou dois álbuns solos, e começou a chamar atenção. Mas depois da separação, ela teve que recomeçar do zero. Sem dinheiro, morou com amigos, abriu shows para artistas mais famosos e resolveu apostar no rock. Com “Private Dancer”, seu quinto álbum solo, lançado  em 84, ela adotou ainda um novo estilo visual, com roupas ousadas e um novo corte de cabelo.

Tina tinha então mais de 40 anos e ganhou aí o título de “rainha do rock”. O novo disco vendeu mais de 11 milhões de cópias, a biografia “Eu, Tina: a história da minha vida”, se transformou em Best-seller e virou filme de Hollywood. Com seu álbum seguinte, “Break every rule”, ela fez a maior turnê de sua carreira – 14 meses viajando. Em 16 de janeiro de 1988, Tina Turner entrou para o Guiness Book, após cantar e dançar para um público pagante de 182 mil pessoas, em um grande show, transmitido para o mundo inteiro, direto do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Tina Turner também fez cinema: em 1975 faria uma participação no filme ‘Tommy’, como a Acid Queen. Dez anos depois, emplacou um novo sucesso: ‘Mad Max – Além da cúpula do trovão’, que ainda tinha como música tema o super hit “We Don´t Need another Hero”. Outro sucesso de Tina nas trilhas sonoras foi a canção tema de ‘007 contra Golden Eye’.

No fim da década de 90, ela anunciou a aposentadoria dos palcos, mas em 2008, na celebração do 50 anos do Grammy, fez uma apresentação histórica, onde cantou seus grandes sucessos e fez um dueto com Beyoncé. Veja agora os clipes de uma apresentação ao vivo de “We Don’t Need Another Hero” e o clipe de “Private Dancer”


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