Janeiro terminou para os fãs paulistas com a apresentação do renomado Warrel Dane, que apesar de apresentar alguns problemas de saúde e da habilidade de cantar não ser mais a mesma, ainda sabe muito bem como comandar o público e fazer um bom show.
Fotos: Wallace Andrade GALERIA DE IMAGENS
O Furia Inc. foi responsável por aquecer o público e fez uma ótima apresentação. Diferente de algumas bandas que preenchem o repertório com covers, eles jogam todas as fichas no trabalho próprio e estão muito bem preparados, tanto dentro, quanto fora do palco.
O show foi bem enérgico, a banda tem ótima presença de palco e sabe como animar o público, que começou meio desaminado e terminou fazendo um Wall of Death. O início contou com as mesmas quatro músicas que abrem o CD de estreia da banda, Murder Nature, e seguiu com “Screaming Inside”, do EP Before the World Ends. É o tipo de música que daqui a uns 20 anos, com a banda consolidada, os fãs serão ávidos para ouvir ao vivo. Continuaram com mais três do debut, sendo a última a cadenciada “Into the Mirror”.
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A casa encheu para o show do Warrel Dane e, às 21h, a banda entrou no palco para começar a apresentação e, sem trabalho nenhum, o vocalista já tinha todo mundo nas mãos, afinal o set começou com consagradas músicas do “Dreaming Neon Black”, incluindo a trinca inicial com a intro “Ophidian”, “Beyond Within” e “The Death of Passion”. A faixa-título do álbum fechou essa parte do show. A parte ruim ficou por conta do som, durante as primeiras músicas a voz de Warrel estava bem difícil de ser escutada.
Após uma breve pausa para ajeitar os instrumentos, foi hora de passar pela carreira solo: apenas com duas músicas, “When We Pray”, que possui uma ótima letra, e “Brother”, música que Warrel escreveu para seu irmão e que parece ter deixado ele meio emocionado durante a execução. Sou grande fã do álbum solo dele e nesse momento fiquei um pouco desapontado com as mudanças nas linhas vocais para se adequar a condição atual do vocalista.
Mais uma pausa e o show continuou com músicas de “Dead Heart in a Dead World”, Warrel estava mais comunicativo e brincou mais antes de apresentar as músicas, pena que ele mal estava conseguindo ficar em pé, passou o show todo apoiado e mal conseguia levantar o pé para colocar na caixa de retorno. “The Heart Collector” e “Believe in Nothing” foram as mais legais nesta parte que também terminou com a faixa título do álbum.
Com os brasileiros Marcus Dotta (bateria), Johnny Moraes (guitarra), Fabio Carito (baixo) e Thiago Oliveira (guitarra) acompanhando, Warrel fez um ótimo show e, para o bis, veio com “This Godless Endeavor”. Ver o set list depois me causou um pouco de tristeza pois “Future Tense”, do Sanctuary, estava lá no finalzinho, mas com uma breve despedida o vocalista deixou o público na vontade. Ao que parece o vocalista irá passar um bom tempo no Brasil, então, teremos novas oportunidades para vê-lo, resta esperar que ele esteja melhor nos próximos shows.
Setlist Warrel Dane
Ophidian (intro)
Beyond Within
The Death of Passion
Poison Godmachine
The Fault of the Flesh
Forever
Dreaming Neon Black
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When We Pray
Brother
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Precognition (intro)
Narcosynthesis
We Disintegrate
Inside Four Walls
River Dragon Has Come
The Heart Collector
Believe In Nothing
Dead Heart, in a Dead World
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This Godless Endeavour
Setlist Furia Inc.
Pitchblack Downfall
Crash
The Cage
Murder Nature
Screaming Inside
Breaking the Silence
There Is No God
Into the Mirror
Por Bruno Bergamini / A Ilha do Metal
