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5 momentos inesquecíveis da passagem do Arcade Fire pelo Rio de Janeiro


Com uma presentação poderosa, o Arcade Fire incendiou o Rio de Janeiro

É inegável que a vinda dos canadenses do Arcade Fire foi uma das melhores coisas que aconteceram neste ano. Uma das bandas mais notáveis do universo alternativo, trouxe ao país a turnê ‘Infinite Content’, em suporte ao quinto álbum de estúdio, ‘Everything Now’. Ainda que o último trabalho não tenha sido tão bem avaliado como os antecessores, a banda mostrou que o disco ao vivo se torna ainda mais poderoso, e todas as mensagens que ele nos entrega, possuem ainda mais significado quando contam com o calor e gogó do público – principalmente o brasileiro.

Com uma presença de palco arrebatadora, e direito à Win Butler passando pelo meio do público, o show dos canadenses foi tão impressionante que simples adjetivos não sustentam este evento. Além disso, à atmosfera local transbordava alegria. Era arrepiante ouvir o público cantar em coro todas as partes de todas as músicas: desde os riffs até as letras.

Foram esses e mais outros motivos que tornaram a noite épica para várias vidas que tomavam conta da Fundição Progresso naquele dia 08 de novembro, uma sexta-feira. Separamos então, alguns momentos incríveis daquela noite insana – e que será muito difícil esquecer. Os relatos são do Arthur Rosa, o representante do On Backstage pela turnê ‘Infinite Content’ no Rio de Janeiro.

Interação com o público 

Não há o que reclamar. Só não desceu a banda inteira do palco durante a apresentação porque eles tinham que tocar, não é mesmo? Eles estavam sempre interagindo com o público, não havia um momento que a gente olhasse para o palco e não tivesse alguém da banda fazendo alguma gracinha com toda a galera. Inclusive, teve uma hora que fui procurar o Win lá em cima, e quando eu fui ver ele estava passando do meu lado com o microfone cantando ‘We Don’t Deserve Your Love’. Logo no início, o William quase caiu em cima da galera com o tambor que ele estava tocando em ‘Everything Now’. A presença de palco e interação com o público é simplesmente impecável, em todos os idiomas. Impeccable, tadellos, upåklagelig…

A reação dos fãs

Nós percebemos a qualidade da banda, quando reparamos na reação da galera durante o show. E no caso do Arcade Fire, o público comemorava todas as músicas que começavam, com o mesmo entusiasmo mostrando que a banda não tem música ruim mesmo. Em todas, os presentes pulavam, cantavam, choravam, sorriam… Era um misto das melhores sensações e emoções da vida. Outra coisa super legal é que, as músicas da banda sempre são marcadas por um riff marcante, que praticamente “obriga” todos acompanharem com “Oh oh ohhh”, e assim foi em quase todas as músicas que eles tocaram.

Wake Up

Essa era a música que de longe, todos estavam esperando. Prova disso é que antes mesmo do show começar, a galera já estava cantando. Quando a banda começou aquele ritmo de introdução, já estava estampado no rosto de todos em volta uma emoção com o sentimento de “eu finalmente vou ouvir essa música ao vivo!”. Ao mesmo tempo o coração já ficava apertado, sabíamos que seria a última música, e o gostinho de quero mais já começava marcar presença. Nada que abalasse aquela vibração positiva, aquela atmosfera envolvente, aquele coro maravilhoso do público… Foi lindo demais!

Setlist de ponta

Além do público e da estrutura da Fundição Progresso, o setlist era o ato final da trindade que fez tudo se tornar perfeito. Uma viagem aos clássicos e uma parada nos atuais, foram ao todo vinte e quatro canções apresentadas. Do consagrado ‘Reflektor’ vieram faixas como ‘Here Comes the Night Time’, ‘It’s Never Over (Oh Orpheus)’. De ‘Neon Bible'(2007) foram três, incluindo a vibrante ‘Ready to Start’. Um dos momentos mais lindos foi durante ‘Neon Bible’, onde os fãs ligaram as lanternas de seus aparelhos. Foi iradíssimo de se presenciar.

Arcade Fire, vocês são fod*s!

A banda é uma das mais conceituadas do mundo inteiro, as canções são incríveis e a apresentação explosiva. O novo espaço contribuiu inteiramente para que tudo se tornasse uma das melhores noites das nossas vidas. A estrutura intimista e a colhedora fazia com que pudéssemos nos sentir parte da banda. A banda era o álcool, o público era o fogo. Combinação mais intensa que essa não existe. Foi lindo. De longe, uma noite que será impossível esquecer. A Lapa ficou pequena com todos os sentimentos transbordado por um dos lugares mais boêmios do Rio de Janeiro. Foi lindo. Valeu, Arcade Fire.

Por Arthur Rosa e Matheus Lima, do On Backstage.


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