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Psicodelia e Design 3D em vídeo da My Magical Glowing Lens


Música, dança e tecnologia. Estas três manifestações são unidas na experiência audiovisual “Da Ordem ao Fluxo – Uma Live Híbrida e Experimental”, que contou com a presença da My Magical Glowing Lens, projeto da produtora musical e multi-instrumentista Gabriela Terra. Em formato de live, a apresentação virtual traz uma retrospectiva do Cosmos (2017) e abre caminho para o lançamento de Gamana, o próximo disco da MMGL. O projeto ressignifica o olhar sobre a experimentação artística e conta com a visão e criatividade do coletivo artístico Metassoma.

“Essa live é um experimento de um coletivo formado durante a pandemia, cujo nome é Metassoma (do grego antigo, algo como: “Corpo que vai além, corpo estendido ou além-corpo”. É um trabalho coletivo, feito por pessoas que se reuniram durante meses on-line para fazer funcionar uma tecnologia que ainda estávamos aprendendo. Afinal, mover um boneco 3D e uma realidade virtual sem gastar muita grana parece fácil, mas não é. É um salto tecnológico dentro da MMGL, algo que sempre quis fazer acontecer: tornar um show da MMGL um espetáculo visual. Vai ser a primeira tentativa disso!”, explica Gabriela Terra, produtora musical e criadora da My Magical Glowing Lens.

Imersa em um cenário virtual criado especialmente para o espetáculo “Da Ordem ao Fluxo”, a artista se uniu a equipe liderada por Glauber Vianna (audiovisual) e Gabriela Moriondo (coreografia), para uma espécie de residência artística. Assim, junto da equipe realizaram experimentos sonoros e visuais com programação sincronizada e reativa; ensaios de performance corporal, em busca das melhores formas visuais para se comunicar por meio do movimento.

“Meu interesse dentro de todo o projeto foi investigar caminhos que me fizessem repensar a percepção dinâmica do espaço, buscando novas tecnologias e as incorporando às novas narrativas. Me inspirei em instalações de arte imersiva / tecnológica que exploram a arquitetura e a imersão do espectador. Trabalhei fazendo os visuais das bandas Los Hermanos e Tribalistas em suas últimas turnês. Foram aulas sobre a construção de cenas, climas, transições e a fluidez da iluminação com os irmãos Arthur e Gabriel Farinon da Cia. Da Luz. Em uma parte da apresentação a Gabriela se apresenta por meio de um avatar em um cenário virtual e imersivo. Foi um desafio enorme capturar seus movimentos e introduzi-los na personagem 3D. Transportamos a Gabi para outra dimensão em um processo de ‘virtualização’”, analisa Glauber Vianna, artista visual e diretor artístico que já trabalhou no Lollapalooza, Paralimpíadas, entre outros.

Quem acompanha o trabalho de Gabriela Terra dentro da My Magical Glowing Lens, já notou o interesse da artista pela interação entre performance corporal e música. Foi a partir desse envolvimento para uma live, ainda em 2020, que a multi-instrumentista encontrou a bailarina Gabriela Moriondo, formada no Bolshoi em Joinville (SC).

“Nossa conexão foi muito forte desde já. Conexão na forma como criamos, buscamos e entendemos os processos de criação. Houve uma admiração mútua. Sempre começo o processo coreográfico observando o(a) bailarino(a) e conversando com ele(a) sobre a dança. Como se a coreografia já existisse nela, começou a convocar e a conduzir as características mais fortes em exercícios de improvisação. Apresento teorias do movimento e juntas experimentamos mover o corpo de diferentes formas. Em seguida entra a camada da intenção e o diálogo da dança com o som, que é tão potente e intrínseco à Gabi. O diálogo com o Glauber sobre os espaços virtuais onde Gabi dançaria também alimentou muito a forma dela de dançar, de olhar, de ocupar o espaço. Por fim, a tecnologia de captação de movimento fez suas próprias intervenções e exigências da dança e o resultado enfim apareceu. O processo foi extremamente gratificante.”, elogia Gabriela Moriondo, coreógrafa do projeto Da Ordem ao Fluxo.

Produtora musical, multi-instrumentista e compositora, Gabriela Terra (ES) tem experimentado música a partir de sons analógicos e eletrônicos, compondo arranjos de inspirações oníricas, com elementos que ora seguem para o progressivo, ora se encaminha para um pop-lisérgico. Com sua banda My Magical Glowing Lens, Gabriela já passou pelo por vários festivais, tais como DoSol (RN), Morrostock (RS), Bananada (GO), Guaiamum Treloso (PE), Molotov (PE), Saravá (SC) e Picnik (DF). Gabi é conhecida por suas produções caseiras e também pela sua “Oficina de Produção Musical Caseira para Mulheres” que já foi ministrada no Festival DoSol (RN), Girls Rock Camp Brasil (SP) e Sesc Interlagos (SP). Sob o nome My Magical Glowing Lens ela lançou um EP homônimo (2014) e o disco de estreia Cosmos (2017), um dos álbuns mais premiados do ano. Gabi também produz trilhas sonoras originais para Dança e Documentários e atua como produtora para outros artistas.

Participaram do projeto Da Ordem ao Fluxo: Gabriela Terra (performance e produção musical), Glauber Vianna (direção artística e tecnológica), Gabriela Moriondo (coreografia), Fabíola Mozine (direção de produção), Ricardo Ton (técnico de som) e John Sabbat (avatar 3D). Quem também participou foram Regina Schimitt (figurino), Priscilla Huapaya (assistente de figurino), Natasha Colar (maquiagem), Fernando Nakayasu Hair Stylist (corte e pintura de cabelo), Máquina Produções (agenciamento e gestão criativa da MMGL). As imagens de divulgação são de Bernardo Firme.


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