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Centenário do Theatro Municipal do Rio de Janeiro


Na comemoração de seu aniversário de 100 anos no dia 14 de julho, o mais importante teatro do Rio de Janeiro brindou o público com um dia de dança e música na cinelândia, com a presença de dois importantes nomes da música lírica internacional, o tenor argentino Marcelo Álvarez e a soprano coreana Sumi Jo.

Inaugurado em 1909 para ser o maior teatro e palco principal da intensa atividade lírica e teatral que movimentava o panorama cultural da então capital do país, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro chega em 2009 ao seu aniversário de 100 anos.

Fechado desde outubro de 2008 para obras de restauração e modernização, que serão encerradas em novembro deste ano, quando o teatro reabrirá suas portas para o grande público, a data, no entanto, não passará despercebida: será comemorada com um dia de muita dança e música  em um grande palco armado na Cinelândia, em frente ao Theatro Municipal, e com uma grande exposição, que lembrará os principais momentos da casa, montada no interior do prédio, em espaços não afetados pela obra.

Patrocinada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Estado de Cultura, a celebração do centenário do Theatro Municipal começará  às 10 horas com a apresentação da Banda doCorpo de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro. Em seguida o público terá acesso ao interior do prédio para ver a exposição que reúne fotos de seus grandes momento, além de documentos, programas e gravações.  A partir das 14 horas, o Ballet do Theatro Municipal inicia as apresentações no palco da Cinelândia, com a presença das principais estrelas do seu corpo de baile, incluindo a bailarina Ana Botafogo. A programação escolhida terá trechos de “Floresta Amazônica”, “O Corsário” e “Coppelia”.

Às 20:00 horas, com a presença de dois importantes nomes da música lírica internacional, o tenor argentino Marcelo Álvarez e a soprano coreana Sumi Jo, o Coro e a Orquestra Sinfônica do Theatro interpretarão um repertório franco-brasileiro, com regência do maestro Roberto Minczuk. O programa remete às origens do Theatro, nascido no florescer da república brasileira e inaugurado no dia da celebração da queda da Bastilha, e é, ainda, uma homenagem ao ano da França no Brasil, que se comemora este ano.

“Cultura é um instrumento fundamental de emancipação do povo. E o Theatro Municipal é uma jóia da coroa do Rio de Janeiro. Comemorar o seu centenário é comemorar história e emancipação com o prazer que o Theatro gera ao nosso povo”, festeja o governador Sérgio Cabral.

“O Theatro Municipal é um pilar da cultura brasileira, e poder comemorar seu centenário com uma reforma histórica, que o devolverá a seu viço original, é também uma forma de homenagear o trabalho de todos os artistas que trabalharam ou trabalharão no teatro e de presentear o público do Rio de Janeiro”, celebra a Secretária de Estado de Cultura, Adriana Rattes.

“É uma honra e um presente estar à frente do Theatro num momento tão importante de sua história, conduzindo uma obra que vai devolver ao Municipal toda a nobreza que ele tem e que merece ter intacta. É muito bom estar ao lado da equipe que tenho aqui, tão grande e tão competente, tanto na administração quanto na programação, assim como as pessoas que cuidam da obra. Agradeço à secretária Adriana Rattes e ao governador Sergio Cabral por terem entregue a jóia da coroa em minhas mãos”, diz a presidente da Fundação Theatro Municipal, Carla Camurati.

“Será um concerto muito festivo, que reflete as fortes relações culturais entre Brasil e França, Rio de Janeiro e Paris. O público ouvirá peças conhecidas e terá surpresas musicais, além da presença de solistas aclamados nos grandes concertos de todo o mundo, incluindo Marcelo, que se apresenta pela primeira vez no Brasil”, comenta Minczuk.

A celebração do centenário do Theatro Municipal do Rio de Janeiro inclui, ainda, os lançamentos de uma moeda e um selo comemorativos da data. Diversos funcionários da casa serão homenageados por serviços prestados. A cerimônia terá a presença dos atores Sergio Britto e Fernando Eiras.

Esta é a quarta grande reforma do Theatro Municipal desde a sua fundação há um século. Em 1934 a primeira obra mudou a cara da sala de espetáculo, que foi ampliada. Na década de 70, ele sofreu sua primeira restauração, reabrindo em 79 com a proibição dos bailes de carnaval, que até então aconteciam no local. Na década de 80 aconteceu a terceira reforma.

Agora, o teatro passa não só por uma reforma em sua parte estrutural (hidráulica, elétrica, etc) como também por uma grande modernização. Aos 100 anos, o Theatro Municipal reabre para o público no final do ano mantendo todo o seu charme centenário, mas com um atendimento ao público e aos artistas digno de um teatro do século XXI.

A Exposição – De Portas Abertas

O tradicional dia do “Municipal de Portas Abertas” acontecerá, mesmo com o prédio em obras. Logo pela manhã do dia 14 de julho, o público poderá entrar no prédio para apreciar uma exposição montada em meio aos trabalhos de restauração.

A história do Theatro Municipal será contada desde o projeto de sua criação, no início da década de 1900, até os dias atuais, por meio de um grande acervo de fotos digitalizadas. A exposição reúne cerca de 1000 fotos, além de vídeos, e é dividida em seis diferentes partes: os artistas célebres que passaram pelo palco da casa; os grandes espetáculos e eventos que fizeram parte da programação do Municipal; documentos interessantes que contam a história da casa, como plantas, croquis e programas; imagens da construção do prédio; detalhes de peças decorativas, como as estátuas, vitrais e afrescos que se espalham pelo Municipal; e as personalidades que passaram por lá.

São imagens de artistas da música, da dança e das artes cênicas, nomes como Enrico Caruso, Arthur Rubinstein, Toscanini, Nijinsky e Fernanda Montenegro, brilhando no palco do teatro, ou personalidades como os presidentes Getúlio Vargas e JK, os compositores Vinicius de Moraes e Tom Jobim, o escritor Manuel Bandeira e o arquiteto Oscar Niemeyer, ocupando a platéia, os camarotes e as coxias do Municipal.

Ao mesmo tempo serão ouvidas grandes vozes líricas, como, por exemplo, as de Maria Callas, Renata Tebaldi e Mario del Mônaco, interpretando árias famosas gravadas ao vivo pela rádio MEC, durante apresentações no próprio Theatro Municipal, nos anos 40 e 50. Todo o material está sendo digitalizado para a exposição, que inclui também documentos e programas de espetáculos, provenientes de acervos particulares, do Centro de Documentação do próprio Theatro Municipal e de instituições como O Museu da Imagem e do Som, a Fundação Getulio Vargas, o Instituto Moreira Salles e a Biblioteca Nacional.

Além disso, o público terá contato com estudos em bronze das esculturas em alvenaria de Rodolfo Bernardelli, que ficam nas partes altas exteriores do Theatro, representando as artes. Um detalhe importante é que a exposição só poderá ser vista no dia 14 de julho.

Um show de dança com o Ballet do Theatro Municipal
Os bailarinos do Corpo de Baile do Municipal serão os primeiros a ocupar o grande palco que já está sendo montado na Cinelândia, em frente ao Theatro.

A partir das 14 horas eles apresentarão trechos de vários balés consagrados. Os principais bailarinos da companhia, como Claudia Mota, Karina Dias, Márcia Jacqueline, Nora Esteves, Filipe Moreira e Cícero Gomes, estarão em cena.

A programação será aberta com uma apresentação de 35 alunas da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, que apresentarão “La Valse”, do coreógrafo francês Eric Frederic, sobre música de Ravel. Logo depois, Karina Dias e Rodrigo Negri dançam o pas-de-deux de Coppelia, Nora Esteves e Paulo Ricardodançam Cantabile, Márcia Jaqueline e Cícero Gomes apresentam o pas-de-deux de O Corsário e Claudia Mota e Filipe Moreira encabeçam o grande elenco da companhia em Valsa das Flores, com coreografia de Dalal Achcar.

Dentro do concerto especial que acontece às 20 horas, o público assistirá mais dois números de dança. Neste programa da noite, Ana Botafogo e Francisco Timbó dançam um trecho de Floresta Amazônica, com coreografia de Dalal Achcar; e para encerrar será vista a peça Grand Finale, também coreografada por Dalal Achcar, reunindo no palco Ana Botafogo, Cláudia Mota, Márcia Jaqueline, Francisco Timbó, Filipe Moreira, Cícero Gomes e o Corpo de Baile.

Durante as apresentações, os bailarinos serão acompanhados pela orquestra e pelo coro do Theatro Municipal e pela cantora Sumi Jo, interpretando “Canção de Amor” de Villa-Lobos, na apresentação de Floresta Amazônica.

Um grande Concerto

Às 20 horas, terá início o grande concerto da noite, com a Orquestra do Theatro Municipal regida por Roberto Minczuk, e a participação do Coro do Theatro e dos cantores líricos Marcelo Álvarez e Sumi Jo.

O programa da noite inclui o Hino Nacional Brasileiro; “Maracatu de Chico Rei” – Francisco Mignone; “Je veux vivre”, Romeo et Juliet – Charles Gounod; “Pourquoi me Réveiller”, Werther – Jules Massenet; “Vive La France!, La Fille do Régiment” – Gaetano Donizetti; “Quando Nascesti Tu”, Lo Schiavo – Carlos Gomes; “Aspra, Crudel” Il Guarani – Carlos Gomes; “Abertura”, Carmen – Georges Bizet; “Les Voici!”, Carmen – Georges Bizet; “Floresta Amazônica – Tarde Azul” (Pas de Deux); “Fête Polonaise – Grand Finale”; “Bolero” – Maurice Ravel; e “La Marseillaise” – orquestração de Hector Berlioz.

O tenor argentino Marcelo Álvarez é reconhecido como um dos principais nomes da música lírica na atualidade. Nascido na cidade de Córdoba, ele deixou seu país natal em 1994 e se mudou para a Itália, onde debutou profissionalmente em 1995 no Teatro La Fenice, em Veneza. Desde então é figura requisitada em todos os principais palcos do mundo, interpretando diversos papéis de destaque. Lançou quatro CDs pela Sony, um deles dedicado ao tango de Carlos Gardel, e é hoje um dos principais artistas do conceituado selo Deca, que lançou seu último disco em fevereiro deste ano. Este ano, Álvarez abriu a temporada 2009 / 2010 do Metropolitan Opera, em Nova Iorque, em uma nova produção de “Tosca”, dirigida por Luc Bondy e regida por James Levine.

Nascida em Seul, na Korea, a soprano Sumi Jo é reconhecida hoje como uma das mais destacadas cantoras da atualidade, especialmente pela agilidade, precisão e calor da sua voz e por sua excepcional musicalidade. Desde sua estreia profissional, acompanhada da Korean Broadcasting Company Orchestra, Sumi Jo ganhou o mundo, já tendo se apresentado em todo o planeta – do Metropolitan Opera, em Nova Iorque, ao Opera House, em Sidney; do Colon, em Buenos Aires, ao Scalla de Milão. Fez uma turnê pela Ásia, ao lado de Andréa Bocelli, apresentou-se em Barcelona com José Carreras, participou da abertura das Olimpíadas de Pequim, e já gravou mais de 50 discos. Em 2003 recebeu da Unesco o título de “Artista da Paz”.

Theatro Municipal: Uma breve história

No final do século XIX os dois maiores teatros do Rio de Janeiro, o São Pedroe o Lírico, eram criticados por suas instalações, pelo público que os frequentava, e pelas companhias que neles atuavam. Em 1894, o autor teatral Arthur Azevedo lançou uma campanha para que um teatro fosse construído para sediar uma companhia municipal, a ser criada nos moldes da Comédie Française. Mas a campanha resultou apenas em uma Lei Municipal, que determinou a construção do Theatro Municipal. A lei, no entanto, não foi cumprida, apesar da criação de uma taxa para financiar a obra. A arrecadação desse novo imposto nunca foi utilizada para a construção do Theatro Municipal.

Somente em 1903 o prefeito Pereira Passos, nomeado pelo presidente Rodrigues Alves, retomou a ideia e, a 15 de outubro de 1903, lançou um edital com um concurso para a apresentação de projetos para a construção do Theatro Municipal.

Encerrado o prazo do concurso, em março de 1904, foram recebidos sete projetos. Os dois primeiros colocados ficaram empatados: “Áquila”, pseudônimo do projeto do engenheiro Francisco de OliveiraPassos, e “Isadora”, pseudônimo do projeto do arquiteto francês Albert Guilbert, vice-presidente da Associação dos Arquitetos Franceses.

O resultado deste concurso foi motivo para uma longa polêmica na Câmara Municipal, acompanhada pelos principais jornais da época, em torno da verdadeira autoria do projeto de “Áquila” – que se dizia feito pela seção de arquitetura da Prefeitura – e do suposto favoritismo de Oliveira Passos, pelo fato de ser filho do prefeito, entre outros argumentos.

Como decisão final, optou-se pela fusão dos dois projetos. E, depois de feitas algumas alterações, a 2 de janeiro de 1905 o prédio começou a ser erguido, com a colocação da primeira das 1.180 estacas de madeira de lei sobre as quais se assenta o edifício. Para decorar o edifício foram chamados os mais importantes pintores e escultores da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli. Também foram recrutados artesãos europeus para fazer vitrais e mosaicos.

Finalmente, quatro anos e meio mais tarde, um tempo recorde para uma obra dessa envergadura – que requereu o revezamento de 280 operários em dois turnos de trabalho – no dia 14 de julho de 1909 foi inaugurado pelo presidente Nilo Peçanha o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com capacidade para 1.739 espectadores. Serzedelo Correa era o prefeito da cidade.

Em 1934, ao se constatar que o teatro estava pequeno para o tamanho da população da cidade, que havia crescido muito, a capacidade da sala foi aumentada para 2.205 lugares. A obra, apesar de sua complexidade, foi realizada em três meses, outro recorde para a época. Posteriormente, com algumas modificações, chegou-se ao número atual de 2.361 lugares.

A 19 de outubro de 1975, o Theatro Municipal foi fechado para obras de restauração e modernização de suas instalações e reaberto em 15 de março de 1978. No mesmo ano foi criada a Central Técnica de Produção, responsável por toda a execução dos espetáculos da casa.

Em 1996, iniciou-se a construção do Edifício Anexo, para desafogar o teatro dos ensaios para os espetáculos, que, com a atividade intensa da programação durante todo o ano, ficou pequeno para eles e, também, para abrigar condignamente os corpos artísticos. Com a inauguração do prédio, o Coro, a Orquestra e o Ballet ganharam novas salas de ensaio e bastante espaço para suas práticas artísticas.

Em 2008, com o patrocínio dos  Grandes Patronos ( Petrobras, BNDES, Eletrobrás e Rede Globo de Televisão); Patronos Ouro ( Embratel e Vale); e dos Co-Patrocinadores ( Bradesco Seguro e Previdência e MetrôRio) tornou-se possível iniciar a obra de restauração e modernização para o centenário do Theatro, contemplando o monumento com a restauração do telhado, da arquitetura externa e interna e da modernização das instalações prediais.

 

Serviço – Programação dia 14 de julho

10 H – APRESENTAÇÃO DA BANDA DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS DO RIO DE JANEIRO

10 às 16h – Visita ao Theatro – ACESSO pela Av. Rio Branco

ENTRADA FRANCA

14H – BALLET DO THEATRO MUNICIPAL
ABERTURA: ESCOLA DE DANÇA MARIA OLENEWA

* LA VALSE – Alunos do Curso Técnico EEDMO
Música: La Valse, Maurice Ravel
Coreografia: Eric Frederic
* COPPLIA
(Balada)
Música: Léo Delibes
Coreografia: Enrique Martinez

* CANTABILE
Música: Samuel Barber
Coreografia: Oscar Araiz

* O CORSÁRIO (pas de deux)
Música: Adolphe Adam
Coreografia: Jules Perrot

* O QUEBRA NOZES – VALSA DAS FLORES
Música: Piotr Ilitch Tchaikovsky
Coreografia: Dalal Achcar

20H – GALA

Ballet, Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal
Solistas convidados: Marcelo  Álvarez (tenor) e Sumi Jo (soprano)
Regência: Roberto Minczuk

Programa:

Hino Nacional Brasileiro
“Maracatu de Chico Rei” – Francisco Mignone
“Je veux vivre”, Romeo et Juliet – Charles Gounod
“Pourquoi me Réveiller”, Werther – Jules Massenet
“Vive La France!, La Fille do Régiment” – Gaetano Donizetti
“Quando Nascesti Tu”, Lo Schiavo – Carlos Gomes
“Aspra, Crudel” Il Guarani – Carlos Gomes
“Abertura”, Carmen – Georges Bizet
“Les Voici!”, Carmen – Georges Bizet
“Floresta Amazônica – Tarde Azul” (Pas de Deux)
Música: Heitor Villa-Lobos
Coreografia: Dalal Achcar

“Fête Polonaise – Grand Finale”
Música: Emmanuel Chabrier
Coreografia: Dalal Achcar

“Bolero” – Maurice Ravel

“La Marseillaise” – orquestração de Hector Berlioz


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