“Primeiramente, liberdade para Rennan da Penha”, abriu Emicida no palco do Circo Voador neste último sábado (29). Num show de pura militância, o cantor, rapper e também compositor paulistano se consagrou mais uma vez no Rio, e a casa cheia fez jus ao “mi casa, su casa”, trecho da canção Oásis, parceria lançada no palco do último Rock in Rio com o americano Miguel.
Ovacionado em vários momentos, respondeu ao público com um “amo vocês demais”. Entre sucessos antigos e mixagens, ressalva ao mixer feito com o clássico do funk carioca “Era Só Mais Um Silva” e ao mais recente trabalho, ‘AmarElo’, single lançado há poucos dias, também nome de seu próximo álbum, que deixou a plateia eufórica. Cantada a todo vapor, a canção sample com Belchior, que também é dividida com Majur e Pabllo Vittar, deixou o rapper comovido. Vale conferir o clipe que é cheio de mensagens sociais e diversidade.
Eclético, autêntico, de trajetória marcada pela persistência e boas parcerias. Já fez um álbum inteiro com o também rapper Criolo, com Pitty lançou a comovente “Hoje Cedo”, e com Vanessa da Mata a confortável “Passarinhos”. DJ Nyack, responsável pelo instrumental de seus shows há anos foi mencionado no palco como “irmão”. A abertura da noite foi feita pela revelação do The Voice, Marissol Mwaba com seu show ‘Lamuka’.
Muito agradecido, gritou “Circo Voador é chapa quente” e finalizou o intitulado “10 anos de Triunfo”, nome do seu 1° sucesso, com a emblemática “Levanta e Anda”. Sem fazer bis, o rapper mandou a letra: “Nossa meta principal é mudar a história desse país”.
Prestigiando o show da platéia, alguns nomes em ascensão na cena do hip-hop brasileiro.
Por Bianca Ferraz