O Grammy aconteceu no último domingo (28), mas ainda rende. Pelo menos para a cantora-prodígio, Lorde. Tudo começou com a recusa do convite para uma performance na cerimônia de premiação, que seria um tributo com outros artistas a Tom Petty, que faleceu ano passado. A recusa, que poderia ser encarada até como um ato de arrogância, acabou por revelar mais uma vez a diferença de tratamento dispensado a homens e mulheres na indústria do entretenimento.
De acordo com a Variety, ao contrário dos outros artistas indicados para a mesma categoria em que Lorde concorreu, “Álbum do Ano” (Jay-Z, Childish Gambino, Kendrick Lamar e o grande vencedor Bruno Mars), não foi oferecida a cantora uma performance solo. Mesmo assim, Lorde compareceu elegantemente à cerimônia, mas não esqueceu o ocorrido.
A cantora publicou um post com datas de sua turnê, onde aproveita para alfinetar a organização do Grammy. “Se vocês discutem se consigo ou não matar no palco… venham ver por conta própria”
IF YOU’RE DEBATING WHETHER OR NOT I CAN MURDER A STAGE… COME SEE IT FOR URSELF 😇https://t.co/BeS8VYTynn
— Lorde (@lorde) 29 de janeiro de 2018
A indireta também valeria para o presidente da premiação, Neil Portnow, que causou polêmica ao justificar a ausência de indicadas nas categorias com o argumento de que as mulheres devem marcar presença com mais ferocidade na indústria, desconsiderando todo um histórico de disparidades existentes nesse universo, principalmente quando se trata de cargos executivos e técnicos.
Vale lembrar que em 2014, Lorde faturou 2 Grammys, um por “Música do Ano” e outro por “Melhor Performance Pop Solo”, com o megahit “Royals”.
Por Zimel
