zoom

Lorde: Por dentro do álbum “Melodrama”


Considerado um dos melhores álbuns de 2017, ele rendeu uma turnê mundial enorme e milhares de fãs novos ao redor do mundo

Um dos álbuns mais aclamados pela critica em 2017, “Melodrama” da cantora Lorde, foi primeiro lugar em diversos países do mundo e ficou no topo da Billboard 200 por semanas, ele é o segundo disco da cantora, sucessor de “Pure Heroine”, que revelou a Neozelandesa para o mundo com o single ‘Royals’.

O segundo disco da cantora  tem 11 faixas, foi lançado pela Universal Music em junho do ano passado. Nossa opinião, todas canções desse trabalho poderiam virar single. Se “Pure Heroine” apresentou Lorde ao mundo, “Melodrama” consagrou a cantora como uma das de maior qualidade musical do cenário pop alternativo.

Lorde começou a escrever as canções de “Melodrama” 3 meses após lançar “Pure Heroine”, ainda em 2013, porém a turnê para divulgar o álbum pelo mundo acabou tirando a cantora dos estúdios e ela voltou a compor e gravar apenas em 2015. Ela fez questão de escrever todas as músicas e levou 18 meses para conseguir terminar a setlist escolhida pra montar o disco.

Há um espaço de 4 anos entre o primeiro e segundo trabalho da Neozelandesa, porém ela optou que o tempo fosse longo, mas que o resultado fosse bem feito e foi o que aconteceu. Os críticos de música mais conceituados no mundo elegeram “Melodrama” o melhor álbum lançado em 2017.

O álbum marca uma transição enorme na carreira da Lorde, quebra de parcerias e de contratos com produtores. Um espaço claro entre a adolescência e vida adulta da cantora. Com certeza um processo de aprendizado enorme nos 4 anos em turnê e no desenvolvimento do disco, o que foram claramente expressados na maneira como tudo foi feito no álbum.

“Pure Heroine” foi um disco muito bom e fez de “Melodrama” um dos álbuns mais esperados de 2016, e como não foi lançado nesse ano, se tornou em seguido o mais aguardado do mundo em 2017  pelos leitores do site Idolator, reunindo 7.720 votos em uma disputa com todo os futuros lançamentos do ano.

Com tamanha expectativa Lorde corria um imenso risco de não agradar, mas agradou, todo mundo disse logo de cara que “Melodrama” conseguia ser ainda melhor que o anterior. Inclusive a cantora, que em entrevista para a Triple J, mencionou que o segundo disco era melhor que o primeiro e que mostrava muito o como ela evoluiu durante os anos de sua produção.

Lorde disse que uma das enormes mudanças nos dois álbuns foi a maneira como ela via o mundo. No primeiro, o pequeno planeta que ela vivia antes, um subúrbio, o lugar dela. E depois o conhecimento que ela foi adquirindo e a percepção maior das coisas e pessoas.

As letras de “Melodrama” são um conforto para quem escuta, é como um “lugar” que boa parte de quem o ouve já esteve: o coração apaixonado, a decepção amorosa, a pouca responsabilidade dos jovens, a idealização de ser especial, os lugares perfeitos, a maneira de levar a vida com composições de grande observação e descrições impecáveis. A cantora montou um disco que é fácil e gostoso de ouvir do inicio ao fim repetidas vezes. A sonoridade é bastante envolvente também, assim como as letras. Ouvir esse trabalho é como viver um drama, passando por momentos de êxtase e empoderamento (como em ‘Homemade Dynamite’) e de tristeza (‘Liability’) dentro de um disco só.

Ela consegue trazer muito mais do que só ouvir algo, apreciá-lo é ter sensações. Um álbum que com certeza entra para a história do cenário alternativo.

A turnê de Melodrama passa pelo Brasil no Mês que vem no Popload Festival, vale a pena conferir.

Por Indieoclock


Deixe seu comentário


Envie sua matéria


Anexar imagem de destaque