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A mistura e a batida perfeitas em A Milenar Arte de Meter o Louco, de Projota


Em entrevista à Midiorama, Projota fala sobre o lançamento do novo álbum e diversidade na música

Projota inicia mais uma fase importante na carreira com o lançamento do novo álbum A Milenar Arte de Meter o Louco, segundo trabalho com músicas 100% inéditas e participações especiais de Karol Conká, Anavitória e Mano Brown.

Após um ano e meio no estúdio, o rapper trouxe para o álbum suas vertentes e nuances mais pessoais que foram traduzidas em forma de arte. Projota destaca que a composição do disco foi difícil e exigente, mas têm músicas para todos os momentos da vida.

“A Milenar Arte de Meter o Louco representa o momento em que eu resolvi mudar o rumo da minha música. Mudar até onde eu queria levar. No começo, eu queria fazer música e viver dela, mas agora o meu esforço é para me tornar um grande artista. O segundo álbum tem que ter um carinho especial e eu queria que ele fosse o melhor da minha carreira.” – Projota revelou para nós.

Em 2016, Projota emplacou cinco hits nas rádios brasileiras e é o único artista não sertanejo a integrar o Top 10 da lista dos mais tocados em serviços de streaming com “Foco, Força e Fé”-  álbum de estreia pela Universal Music.

Assim como Racionais e RZO, Projota também levou sua experiência de vida para a música, mas de um jeito diferenciado. Mano Brown faz uma participação especial em “Prefácio”, abertura de AMADMOL.

“Eu vivi as coisas de uma forma diferente dos meus ídolos, então minha música será diferente. Por mais que eu tenha vivido na periferia, era outra época, então a realidade na música é de cada um. A palavra é respeito. Você tem que respeitar o que foi feito e respeitar a si mesmo”.

Além dos domínios do rap, Projota chega para consolidar de vez o seu espaço na música com a mistura da batida e melodias perfeitas que atingem todas as idades. Tal fato é comprovado em qualquer show do músico em que o público cantarola as faixas do início ao fim.

A representatividade na música só aumenta, graças a Deus!

Além da mistura cada vez mais presente em seus trabalhos, Projota tem uma capacidade e sensibilidade imensa ao falar das mulheres em suas letras. Assim, surgiram parcerias femininas de peso como Karol Conká em ‘Mais Likes’ e o duo Anavitória em ‘Linda’- segundo single de trabalho.

“A representatividade da Karol vai muito além da música. Sou orgulhoso de ser amigo dela há tantos anos e ter essa participação no meu álbum. Eu valorizo muito a mistura do rap com outros estilos. Cada música é uma música. Ninguém estava esperando uma parceria com a Anavitória, por exemplo. Promover a mistura é algo muito louco, abre muitas portas assim como aconteceu com Anitta”, explicou.

Inspirado por grandes mulheres como Elis Regina, Projota também falou sobre a presença feminina no rap nacional, quebrado cada vez mais barreiras e paradigmas.

“O rap era um cenário machista e predominantemente masculino. Tempos atrás, você não via mulher no palco, no público e nem em lugar nenhum. Ainda tá longe de ser o que elas realmente merecem, mas eu acredito que irão aparecer ainda mais mulheres talentosas e daqui há um tempo, tudo estará mais nivelado”.

Rico Dalasam, Gloria Groove e Pabllo Vittar reforçam o significado de empoderamento e abrem cada vez mais portas para a diversidade, rompendo fronteiras e trazendo riqueza à nossa música. Projota falou sobre a força do movimento.

“Uma das minhas músicas, ‘O Portão do Céu’ fala sobre homofobia, então fico feliz de ver tudo se encaminhando. Homofobia é ridículo e o processo está só começando. Apesar de ter a Pabllo voando, o movimento merece muito mais espaço e mais gente que voe com ela. A música é boa. Ponto. Não importa se você é preto, branco, listrado, amarelo”, destacou o rapper.

A responsabilidade de ser ídolo

Em 2016, Projota se apresentou no Z Festival, no Allianz Parque, em São Paulo, e dividiu o palco com Anitta e a ídola teen, Demi Lovato. O resultado do seu trabalho ficou claro nas vozes de milhares de jovens e adultos que sabiam suas letras de cor e salteado.

“Isso mexe muito comigo porque estou tenho a oportunidade de chegar cada vez mais cedo na vida dos jovens. É uma fase da formação da personalidade. Hoje em dia, a galera ouve de tudo. Ninguém precisa ser de uma tribo só, vai muito além. São várias camadas que você pode explorar. Ninguém precisa ser uma coisa só”.

*A Milenar Arte de Meter o Louco já está disponível em todas as plataformas digitais.

Por Midiorama em parceria com o Cenário Pop


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