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“Moda de Rock”: clássicos do rock tocados com viola caipira


Alguém já imaginou clássicos do rock’n’roll tocados apenas com viola caipira?

Os músicos Ricardo Vignini e Zé Helder não só pensaram, como possuem esse projeto, o “Moda de Rock”, há alguns anos. E por onde passam, levam uma legião de fãs e curiosos a ouvir músicas consideradas clássicas de bandas como Iron Maiden, Metallica, Black Sabath, Megadeth, entre outras, em uma roupagem tipicamente brasileira, com um instrumento voltado à música regional: a nossa viola brasileira.

Como dizemos, literalmente, o brasileiro é um ser que precisa ser estudado!!!!!

Quando utilizamos nossa mente para o bem, somos destaque em muitos pontos, sejam eles esportistas ou culturais, principalmente. E aqui temos um excelente exemplo do talento do nosso povo: Ricardo Vignini e Zé Helder, músicos bem conhecidos no Brasil, tiveram a brilhante ideia de fazer releituras de clássicos do Rock em um um instrumento particularmente brasileiro, a viola caipira.

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A viola caipira tem características próximas ao violão. Tanto no formato quanto na disposição das cordas e acústica, porém é um pouco menor. A disposição das cordas da viola é bem específica: 10 cordas dispostas em 5 pares. Os dois pares mais agudos são afinados na mesma nota e mesma altura, enquanto os demais pares são afinados na mesma nota, mas com diferença de alturas de uma oitava. Estes pares de cordas são tocados sempre juntos, como se fossem uma só corda, o que faz o som ser sempre característico.

Vale ressaltar também que é o símbolo da verdadeira música sertaneja, conhecida popularmente como moda de viola. E essa grande diferença no conceito musical que faz esse projeto ser único no mundo e com grande sucesso, já que a dupla possui dois CD e um DVD.

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O Sesc Pinheiros teve um excelente público e quando a dupla entrou no palco rapidamente começaram com “Wasted Years”, “Diary of a Madman”. Ricardo falou pela primeira vez no momento em que explicou que a próxima seria uma moda de viola feita por Mark Knopler – “Why worry”.

O som característico da viola soa bem interessante nessas versões e quando temos dois músicos excepcionais e apaixonados pelo que fazem o resultado é melhor que o esperado. Tivemos, ainda, mais versões sensacionais, como a do Ramones, “We Want the Airwaves”, e “Fearless”, do Pink Floyd.

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A musicalidade deste projeto é genial: consegue mesclar a agressividade da música e apresentar com uma sonoridade que chega até a ser de uma maneira didática. Chega a hora, então, de convidar outro gênio musical brasileiro: Robertinho de Recife. Juntos, eles tocam “Gemedeira”, da carreira de Robertinho, quase que como um Medley, com “Paint it Black”, do Rolling Stones muito bem recebida por todos.

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O próximo “acorde” de viola foi inventado por Tony Iommi – “Laguna Sunrise”. Na sequência, o Teatro Paulo Autran do Sesc Pinheiros teve um pequeno terremoto com a agitação da galera com a intro de “Raining Blood” do Slayer. Foi aquela intro característica e Zé Helder fazendo a parte da bateria com o violão ao alto e fazendo as batidas no corpo de seu instrumento – inexplicável em palavras como a plateia ficou contagiada com as luzes fortes que coincidiam com cada acorde executado. Eles fizeram, ainda, outro medley seguindo direto para “I want to break free”, do Queen, e “Fade to Black”, do Metallica.

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Tocaram uma versão da banda que ambos os músicos fazem parte, o Matuto Moderno, e Zé Helder cantou a faixa “Topada”, e o fuzuê na plateia reacendeu com a versão na viola de “Refuse/Resist”, do Sepultura. Ricardo lembra até da facilidade que tinham em ensinar seus alunos esses clássicos, mas avisa que, para cantar os clássicos, tinha que começar com uma do Tião Carreiro e Pardinho. Então eles tocam “Chora Viola”.

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Com Robertinho de volta ao palco, terminam com duas especiais:  “Thunderstruck”, do AC/DC – que na viola ficou genial -, e “Bachianas Brasileiras” do gênio e compositor brasileiro Villa Lobos. Era interessante ver todos da plateia completamente hipnotizados pelo que era apresentado no palco.

Antes de executaram o encerramento, agradeceram pelo carinho e respeito do público e, como agradecimento, só poderiam cantar uma faixa que se intitula “obrigado” e encerram a apresentação com “Thank You”, do Led Zeppellin.

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Uma apresentação de encher os olhos, de um projeto poderoso trazendo clássicos do rock mundial em um instrumento tipicamente brasileiro: a viola caipira, que é conhecido e amado por todo o mundo pela sonoridade sua diferente.

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  1. Wasted Years (Iron Maiden)
  1. Diary of a Madman (Ozzy Osbourne)
  1. Why Worry (Dire Straits)
  1. We Want the Airwaves (Ramones)
  1. Fearless (Pink Floyd)
  1. Gemedeira (Robertinho do Recife)
  1. Paint in Black (Rolling Stones)
  1. Laguna Sunrise (Black Sabbath)
  1. Raining Blood (Slayer)
  1. I Wanto to Break Free (Queen)
  1. Fade to Black (Metallica)
  1. Topada (Matuto Moderno)
  1. Refuse/Resist (Sepultura)
  1. Chora Viola (Tião Carreiro e Pardinho)
  1. Thunderstruck (AC/DC)
  1. Bachianas Brasileiras (Villa Lobos)
  1. Thak You (Led Zeppelin)

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Por A Ilha do Metal


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