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O desafio do balde de gelo gerou resultados incríveis


O desafio do balde de gelo trouxe resultados muito positivos, o que mostra que ações iniciadas na internet podem ser transformadoras!

Há dois anos, era quase impossível não entrar na internet e ver algum famoso jogando um balde de água gelada sobre sua cabeça. Se você não esteve no planeta Terra e não acompanhou a brincadeira, esse era um desafio que começou nos Estados Unidos, com o objetivo de conscientizar e arrecadar dinheiro para os estudos da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), ou doença de Lou Gehrig, que é neurodegenerativa e faz com que a pessoa perca progressivamente a força e os músculos param de responder, levando o indivíduo à morte alguns anos depois.

Logo a brincadeira viralizou na internet, com celebridades como Taylor Swift, Ivete Sangalo e Luciano Huck arrastando o mundo inteiro para o desafio, o que levou alguns a criticarem a ação, afirmando que muitos nem sabiam o motivo para virar um balde d’água na cabeça. Contudo, o resultado de tudo isso foi muito, mas muito positivo.

A ALS Association, organização que estuda a Esclerose Lateral Amiotrófica, divulgou nesta semana que a campanha arrecadou US$ 115 milhões (R$ 377 milhões) em apenas 8 semanas, cujo dinheiro ajudou a financiar projetos de pesquisa da doença, sendo que um deles possibilitou a identificação do gene NEK1, o qual contribui para a ELA, segundo informa a BBC. Através dessa descoberta, novos tratamentos para a enfermidade podem ser uma realidade no futuro.

Essa análise foi feita pelo MinE, um projeto que analisou o genoma de 15 mil pessoas com doença, o qual envolveu 80 pesquisadores em 11 países.

Apesar da descoberta do gene NEK1 estar presente em apenas 3% dos casos de Esclerose Lateral Amiotrófica, ela aparece em várias formas da doença, o que significa que ela pode ser mais estudada para a criação de uma forma de cura.

“Isso é animador, pois mostra para todos que contribuíram para o desafio do balde de gelo que suas doações tiveram um impacto na pesquisa”, afirmou Brian Frederick, vice-presidente executivo de comunicações e desenvolvimento da ALS Association, ao jornal The Guardian. “O trabalho que o MinE está fazendo é muito importante e a descoberta desse novo gene vai ajudar a gente a entender melhor a ELA”.

Não só isso, de acordo com o site da ALS Association, 9 colaborações globais de estudo foram feitas, as quais resultaram em duas novas drogas que serão clinicamente testadas. Ao que parece, a mobilização na internet não foi em vão, como alguns disseram.

“O desafio do balde de gelo virou o jogo. Ele mostrou que, quando cada um de nós contribui, mesmo com pequenas ações, isso adiciona e acelera nosso caminho para um encontrar um tratamento para a ELA”, disse Nancy Frates, a “mãe” da campanha do balde de gelo.

Por Prosa Livre


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