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Projeto inédito, exposição mostra um olhar aéreo sobre a geografia brasileira, em mostra itinerante pelo sul do país


Unindo fotografia e ilustração, mostra itinerante “Pakuá” vai passar por Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina e prevê ainda um desdobramento social em todas as cidades

Cada vez mais as imagens aéreas se apresentam como um novo olhar de concepção do espaço, produzindo no espectador uma memória visual da realidade geográfica em suas diversas manifestações cotidianas. Com o intuito de democratizar essa percepção e construir narrativas inéditas a partir de uma nova perspectiva dos cenários brasileiros, chega a primeira exposição itinerante de fotografias aéreas do país, por meio do projeto cultural “Pakuá Exposição de Artes Visuais”. Selecionadas a partir de um concurso nacional realizado no final de 2020 com a participação de mais de 150 fotógrafos de todo o país, as imagens aéreas feitas com uso do drone revelam paisagens brasileiras de Norte a Sul do Brasil em ângulos inéditos. Quatro cidades do Paraná vão receber a mostra em seus principais shoppings centers: Curitiba (de 1º a 30 de março, Pátio Batel), Foz do Iguaçu (de 08 a 23 de abril, Catuaí Palladium), Maringá (de 1º a 20 de maio, Shopping Maringá Park) e Londrina (de 28 de maio a 20 de junho, Aurora Shopping). Além das exposições, as imagens vencedoras estão compiladas em um catálogo impresso com distribuição gratuita e versão on-line na íntegra para download gratuito no site da produtora.

Com entrada gratuita, o público poderá viajar nas asas da criatividade dos fotógrafos e também apreciar intervenções artísticas feitas por ilustradores a partir das imagens que integram o projeto PAKUÁ em cada uma das cidades – André Coelho (Curitiba), Ivana Lima (Foz do Iguaçu), Nilton Ribeiro (Maringá) e Raro de Oliveira (Londrina).  “Ao reunir fotógrafos do Brasil inteiro e seus diferentes olhares, o Pakuá compõe uma representação artística do mapa brasileiro utilizando a fotografia aérea. O contato com o projeto proporciona uma reflexão atual e coletiva a respeito da importância humana na preservação do patrimônio cultural e ambiental do Brasil, além da estreita relação da fotografia com as cidades e a arquitetura, atuando como agente de construção dessa história”, explica Carolina Montenegro, gestora da Montenegro Produções Culturais.

Como parte integrante de um projeto de ARTES VISUAIS que traz em seu resultado uma exposição gratuita, a iniciativa reúne nomes de peso da fotografia nacional – como o paulistano Valdemir Cunha e o paranaense Sergio Ranalli –, ao lado de fotógrafos iniciantes. “Os drones são um ponto de virada nesta modalidade. Ainda são caros por aqui, mas já começam a assumir um papel importante na arte. Já temos todo tipo de fotógrafo usando drones, de fotodocumentaristas a fotógrafos de moda.  O Brasil é um país imenso e lindo. Um país que está se redescobrindo quando visto do céu. E isso é empolgante!”, destaca Guilherme Zawa, curador da mostra. A comissão julgadora da premiação foi formada pelos brasileiros Guilherme Pupo, Cássio Vasconcellos e Daniel Castellano, que também terão suas obras expostas no projeto.

“A fotografia realizada através de aparatos voadores se consolidou como novo ângulo inusitado do olhar. É como se víssemos o mundo de sempre com novos olhos. Das fotografias de natureza ao fotodocumentário, tudo ganhou uma nova dimensão expandida. Prêmios internacionais com a nova modalidade já se firmaram entre os principais do globo, incentivados pela popularização dos drones fotográficos. O Pakuá é a primeira mostra do Brasil no gênero”, comenta Zawa, destacando que a curadoria das imagens aéreas avaliou a consonância com o tema proposto, além da criatividade, originalidade e qualidade técnica dos trabalhos.

O título do projeto, PAKUÁ, tem origem no tupi-guarani e é uma brincadeira poética feita a partir da junção das palavras céu, tudo e pessoa. A tradução estética dessa criação ficou sob responsabilidade do designer, hoje sediado em Portugal, Caio Vitoriano, que interpretou esses elementos na criação da identidade visual do projeto. “A imagem traz uma espécie de cabeça, olho e membros. Um olho errante que busca algo que nunca viu, e se viu que enxerga aquilo já visto de maneira inédita. Um olho que pensa, promovido a cabeça; um olho enquanto câmera e olhar como alma desse corpo”, conta Vitoriano.

Como desdobramento social nas cidades por onde passa a exposição fotográfica PAKUÁ, o projeto cultural irá oferecer um dia de visitas monitoradas gratuitas para alunos do ensino fundamental de escolas da rede pública, que também irão participar de uma oficina de fotografia aérea com drone, ministrada pelo fotógrafo curitibano Diego Cagnato. No ano passado, o PAKUÁ beneficiou 30 idosos acolhidos na instituição de longa permanência Lar dos Idosos Recanto do Tarumã, em Curitiba, que participaram de uma oficina de colagem, trazendo suas próprias referências estéticas e leituras simbólicas para as fotografias do projeto. Para completar as ações sociais, após o término das exposições, um recorte da mostra PAKUÁ ficará permanentemente exposto nos corredores do Hospital de Clínicas, em Curitiba.


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