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Resenha: WTF (Where They From), Missy Elliott (Feat. Pharrell)


Depois de dez anos, a premiada rapper volta a disponibilizar faixas no mercado fonográfico

Quando acompanhamos assiduamente os mais variados tipos de números a respeito de música, passamos a ter real noção do que se passa por trás de execuções em rádios, downloads, streamings e até apresentações ao vivo. No começo do ano, Katy Perry pareceu “doar” uma parcela de tempo do seu Superbowl para ninguém menos que Missy Elliott despretensiosamente. O que a mesma não poderia imaginar é que isso se tornaria um sentimento chamado “nostalgia”. Rapidamente, a convidada teve desempenho semelhante à cantora de California Gurls e logo já pôs o primeiro single de seu tão esperado novo álbum à disposição no mercado fonográfico, o que aponta a falta que a mesma já fazia na música há quase dez anos. É ainda mais legal observar as condições que tornam WTF (Where They From) mais um marco da presença negra na música mainstream.

O novo single de Missy Elliott é um excelente exemplo de como a cultura negra é fascinante, não merecendo ser podada pelo mercado fonográfico tendencioso. Em “WTF, Missy é ousada original, assim como um de seus tantos outros sucessos, como “Lose Control”, e dá retorno. Some isso à participação de Pharrell, que compõe junto da rapper feminina e negra uma sonoridade marcante e repleta de ícones culturais negros que são influência constante para as massas. É como “mostrar cultura pra esse povo” (rs). 

Entende-se que os quase 15 minutos de apresentação de Katy na final da liga americana de futebol americano não foram o motivo pelo qual a cantora retornou à música. Foi um estímulo mediante o feedback do público nas mais diversas plataformas. Resta, neste momento, acompanhar para saber qual a aceitação do público para a música em específico, no entanto é de conhecimento geral que o retorno de Missy é muito mais que bem-vindo. De um lado, temos uma artista tendo que correr atrás do tempo para mostrar sua relevância pessoal e profissional no mercado. Do outro, mais uma artista que se torna, ao ponto de vista do Play It And Listen, um ícone quando uma população tão injustiçada historicamente causa impacto positivo na indústria fonográfica mais uma vez.

Leiam também a matéria a respeito de “Energy”, potente single de Drake, alusivo também a presença do mesmo e, é claro, do negro na mídia diretamente no PIAL.

Por Lucas Rodrigues / Play It And Listen

 

 


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