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Top 7 | Novidades na música em 2017 (até agora)


O Uber7 separou algumas recomendações do que tem saído de melhor em 2017!

Enquanto o cenário político anda deprimente em terrar brasileiras e não dão sequer um fio de esperança para o futuro, a cultura nacional está cada vez mais rica. Celebrar a brasilidade da música produzida por aqui é uma forma de honrar o manjado grito “eu sou brasileiro/ com muito orgulho/ com muito amor” e, talvez ao lado do esporte, esta cultura seja nossa maior riqueza atualmente.

Em tempos nos quais o maniqueísmo tem tomado conta de corações e pontas dos dedos que tanto digitam nas redes sociais, a música permanece de portas abertas, democrática e inclusiva. Pode gostar do que você quiser, dançar o que quiser, cantar o que quiser, pagar para ir no show que quiser. O que importa é como você mesmo vai se sentir quando tocar a música do seu artista preferido – e esse sentimento é único!

7 – Maglore, “Todas as Bandeiras”

Um dos nomes mais interessantes do “novo rock” nacional, a banda Maglore lançou seu 4º álbum em agosto de 2017, o ‘Todas as Bandeiras‘. Agora com nova formação (saiu o baixista Rodrigo Damati, entraram Lelo Brandão e Lucas Oliveira, além dos integrantes originais, Teago Oliveira e Felipe Dieder), o grupo baiano continuou com a pegada politizada que o caracteriza desde ‘Vem pra Rua‘, de 2013.

O estilo da banda bebe muito na fonte da MPB e do rock dos anos 70 – talvez o próprio espírito contestador seja influenciado por esta época, quando liberdades eram privilégios que os artistas tropicalistas não tinham. Além disso, eles contribuem para a consolidação de bandas nordestinas no cenário nacional. Ao lado de Selvagens à Procura da Lei, BaianaSystem, Vivendo do Ócio, Far From Alaska e tantas outras, Maglore sustenta mais essa bandeira: da representatividade regional.


6 – Vanguart, “Beijo Estranho”

Os traços do folk que marcaram o início do Vanguart ainda são sentidos, mas o caminho rumo às canções mais pop parece ser a regra nesse ponto da carreira dos mato-grossenses. ‘Beijo Estranho‘ é o quarto álbum do grupo e marca os dez anos de estrada, então não poderia fugir do rótulo de ~álbum mais maduro~ do Vanguart.

Este trabalho ainda tem a participação do pianista e maestro Wagner Tiso, responsável pelo arranjo do álbum. Tiso é o grande nome por trás da sonoridade do Clube da Esquina e tem seu dedo na música ‘Homem-Deus‘. Já ‘Quando eu cheguei na cidade‘ conta com o sax e a flauta de Thiago França, do grupo Metá Metá.


5 – Pabllo Vittar

Independente do gosto musical, não é possível negar que Pabllo Vittar é um dos maiores fenômenos musicais de 2017. As músicas do álbum ‘Vai Passar Mal‘ tocam em todas as festas e rádios do país, ela ficou conhecida internacionalmente depois de parcerias extremamente bem-sucedidas e ainda dá uma aula de como derrubar preconceitos e intolerância.

Por mais que a sonoridade não seja agradável a todos os ouvidos, a trajetória da artista e o símbolo que Pabllo Vittar representa já a colocam em um patamar de destaque. E um “K.O.” no meio de uma reunião com os amigos não faz mal a ninguém, vai.


4 – Mallu Magalhães, “Vem”

O gosto por Mallu Magalhães também não é unânime em qualquer nicho, mas a qualidade musical da jovem é indiscutível. Ela consegue fugir do estilo empregado por outras vozes femininas desta geração, como Anavitória e Tiê, enquanto emana uma aura de brasilidade que é muito característica.

Em ‘Vem‘, Mallu explora muito bem as opções que a música brasileira oferece e talvez seja a artista que mais oscile entre os gêneros mais “verde-e-amarelos” possíveis.


3 – CPM 22, “Suor e Sacrifício”

O CPM 22 sofre com algo que assolou quase todas as bandas de rock bem-sucedidas nos anos 2000: foi engolida pelos gêneros mais populares nas rádios brasileiras. Como o baterista Japinha falou ao Uber7 em uma entrevista em 2016, está cada vez mais difícil para as bandas de rock conseguirem espaço nas rádios. Talvez por isso, muitas dessas bandas ainda vivam na sombra de seus sucessos da década passada.

Tentando fugir desta sina, após trabalhos ao vivo e acústicos, o CPM lançou o álbum de inéditas ‘Suor e Sacrifício‘. A pegada mais leve que aquela de outrora mostra que Badauí e cia. atingiram uma maturidade musical em que importa mais a satisfação do que as vendas. Compor e tocar coisas que eles gostam para pessoas que também gostam daquilo aparentemente é a ordem, pelo menos por enquanto.


2 – Boogarins, “Lá Vem a Morte”

Um pouco de gosto pessoal pode influenciar na escolha de Boogarins para o segundo lugar, mas qualquer lista é assim, não é mesmo? ‘Lá Vem a Morte‘ nem é o melhor álbum do Boogarins, mas retrata bem a psicodelia do rock dos goianos. As influências sessenta e setentistas e a qualidade do som dos goianos são responsáveis por um som muito peculiar.

Este é um álbum bem curto (apenas oito músicas), bom para curtir um pouco mais do trabalho do Boogarins ou até mesmo conhecer os caras. Eles estavam em turnê pelos Estados Unidos e vão se apresentar no Rock in Rio 2017, ao lado da cantora Céu.


1 – Anitta

Anitta não lançou nenhum álbum em 2017. Vieram apenas alguns singles e, mesmo assim, ela passou a ser uma das artistas brasileiras mais influentes no mundo da música. Além de consolidar o caminho que vinha traçando há anos, a cantora passou a influenciar também o público pop nos Estados Unidos, principalmente depois da parceria com o Major Lazor, que contou também com Pabllo Vittar.

Ela estourou para a fama em 2013 e é difícil lembrar de momentos em que a hype sobre a artista caiu. Hoje, é quase impossível imaginar que alguém a ultrapasse como artista mais relevante no país até o fim do ano. A não ser que outra pessoa consiga 18,4 milhões de visualizações nas primeiras 24h depois do lançamento de um clipe (‘Sua Cara‘) ou se apresente ao vivo no programa do Jimmy Fallon ao lado de Iggy Azalea, na TV norte-americana, acredito que esse posto é dela.

Por Uber7


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