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Um dos maiores ícones da música mundial, Tony Bennett morre aos 96 anos


Ícone do pop e do jazz teve morte confirmada por sua agente, e causa não foi revelada. Cantor teve mais de 70 anos de carreira, gravou com Sinatra e Lady Gaga e ganhou 22 prêmios Grammy

Aos 96 anos, poucos dias antes de completar seu próximo aniversário no dia 03 de agosto, o cantor norte americano Tony Bennett morreu esta madrugada de causas não divulgadas. A informação foi confirmada pela representante do artista, Sylvia Weiner, em uma curta nota divulgada nas redes sociais do artista na manhã de hoje:

“Tony nos deixou hoje, mas ainda outro dia ele estava cantando em seu piano, e sua última música foi ‘Because of you’, seu primeiro hit. Tony, por causa de você nós teremos suas músicas em nossos corações para sempre,” escreveu ela.

Nascido Anthony Dominick Benedetto em Nova Iorque, Bennett teve uma carreira na música de mais de 70 anos. Ele também foi um talentoso pintor, trabalhando sob o nome de Anthony Benedetto, e alguns de seus quadros estão em exposição pública permanente em diversas instituições. Ele é o fundador da Frank Sinatra School of the Arts em Nova Iorque. Até 2009, já tinha atingido a marca de 50 milhões de discos vendidos, em todo o mundo.

O cantor havia sido diagnosticado com Alzheimer em 2016, mas não parou de trabalhar. A última vez em que se apresentou ao vivo foi em agosto de 2021, acompanhado de Lady Gaga, no Radio City Music Hall, em Nova York, para o show “One Last Time”. Pouco depois dessa apresentação, o filho do cantor anunciou que havia sido a última e que por ordens médicas Bennett não voltaria a se apresentar.

A carreira musical de Bennett começou no início dos anos 50, e pouco tempo depois ele já emplacava seu primeiro hit no topo das paradas – “Because of You” em 1951. Ícone da música romântica, ele teria seguidos hits consagrados até o início dos anos 60 – é de 1962 o maior sucesso de sua carreira, “I Left My Heart in San Francisco”. Em meados dos anos 60 no entanto, com o  auge da era do rock, a trajetória de Bennett sofreria um grande declínio.

No final dos anos 90, o estilo de Bennett voltou a chamar atenção, e o cantor conquistou novos fãs entre as gerações mais novas. A virada definitiva viria com a gravação da série “Duetos”, que juntou o artista a nomes de diversas gerações e diversos países. Entre esses artistas estava Amy Winehouse. Juntos, eles gravaram, em março de 2011, o single “Body and soul” para o disco “Duets 2”. Com esse disco Bennett ocupou pela primeira vez na carreira o topo da lista dos álbuns mais vendidos da “Billboard”.

Depois disso viria a mais famosa parceria de Bennett, Lady Gaga, com quem ele gravou os álbuns “Cheek to Cheek”, de 2014, e “Love for Sale”, em 2021. Com o primeiro, se tornou o artista mais velho a emplacar um disco no topo da Billboard 200. O álbum vendeu 131 mil cópias na primeira semana de lançamento e deu a dupla mais um prêmio Grammy.

Admirado por público, músicos e artistas – Frank Sinatra chegou a declarar que Bennett era o maior cantor do mundo, a morte do artista foi lamentada nas redes sociais. Maria Gadu, uma das convidadas a dividir com ele os microfones em seu primeiro disco “Duetos” escreveu que ele era “generoso e grandioso”. Para Elton John, “o cantor, o homem e o artista mais sofisticado que você já viu. Ele é insubstituível”.


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