Em 2017 a Tropicália comemora 50 anos! Por isso, o musical “Alegria Alegria” veio celebrar a história deste movimento que revolucionou a Música Popular e a cultura brasileira, com suas singularidades e sua importância. Após cerca de dois meses em cartaz, o espetáculo chega ao seu último final de semana com desconto de 30% na compra de ingressos inteira.
Com roteiro e direção de Moacyr Góes, que faz sua primeira incursão no teatro musical, “Alegria Alegria” tem um elenco de 15 atores e é protagonizado pela cantora Zélia Duncan, que assume o papel de condutora do espetáculo.
Além de Zélia, o elenco do espetáculo é composto por Josi Lopes, Laura Carolinah, Luana Zenun, Nay Fernandes, Pamella Machado, Stephanie Serrat, Talitha Pereira, Bruno Fraga, Daniel Caldini, João Felipe, Luiz Araujo, Marcos Lanza, Patrick Amstalden, Cadu Batanero e Ingrid Gaigher.
Em cartaz desde 13 de maio, no Teatro Santander, em São Paulo, Alegria Alegria conta com produção da Atual Consultoria e patrocínio do Banco Santander. O espetáculo tem as canções de Caetano Veloso como eixo da encenação, consideradas pelo diretor “a tradução mais fiel do movimento”, mas também conta com composições de Gilberto Gil, Roberto Carlos, Luiz Gonzaga e Vicente Celestino, entre outros.
“A Tropicália não foi uma obra do Caetano, foi uma obra de muitas pessoas, muitos artistas, no entanto eu acredito que o Caetano é a expressão mais radical, mais imperativa do tropicalismo. Mas isso não significaria muita coisa, se não fosse uma obra extraordinariamente bela, com canções muito elaboradas. Quando eu me peguei querendo lembrar, querendo fazer um espetáculo que refletisse um pouco sobre a importância da Tropicália até hoje na cultura brasileira, eu vi que eu deveria ir para a obra do Caetano, que tem uma função, uma posição dentro da cultura contemporânea brasileira absolutamente fundamental”, explica Góes.
Além de Moacyr Góes e Zélia Duncan, a ficha técnica do espetáculo reúne outros nomes consagrados do teatro brasileiro, como Hélio Eichbauer (cenografia), Alonso Barros (coreografia), Ary Sperling (direção musical) e Fabio Namatame (figurinos), entre outros. Para contar a história do tropicalismo, no entanto, o diretor optou por criar um espetáculo musical não convencional:
“Não é um espetáculo que atenda, digamos, à trajetória tradicional do musical como linguagem, que é ter uma história, ter uma trama, e que é composto por músicas que ajudam esta trama a se desenvolver até o seu desenlace. Não acho que para falar de tropicalismo, para pensar sobre tropicalismo, pudesse ser assim, pudesse tentar colocar em uma trama tão tradicional o que, em si, é tão pouco afeito a normas. Eu procurei estruturar um roteiro que tivesse uma lógica, que contasse uma história, mas não de uma maneira tradicional, que não fosse um musical histórico, didático. Eu não quero explicar para as pessoas o que foi o tropicalismo, eu quero que as pessoas passem por uma experiência com as músicas e com as cenas, que produza sentimentos, reflexões, emoções, etc. É um espetáculo para você sorver.”
Musical marca o reencontro de Zélia Duncan e Moacyr Góes
“Alegria Alegria” traz para o palco um elenco de 16 pessoas, incluindo Zélia, e cumpre temporada de dois meses, com 54 apresentações, até o dia 9 de julho.
A protagonista, uma narradora, é interpretada pela cantora e compositora Zélia Duncan. Essa é a primeira experiência de Zélia no teatro musical. Recentemente, ela passou pelos palcos do País com o espetáculo “Totatiando” – uma experiência que envolveu música, mas com um cunho mais teatral. O espetáculo também marca o reencontro de Zélia com o diretor Moacyr Góes – nos anos 90, Zélia foi aluna de Moacyr em um curso de teatro na CAL (Casa das Artes de Laranjeiras) e ele chegou a dirigir um show da cantora.
“Para mim isso será um desafio enorme – explica Zélia – Quando eu li o roteiro do Moacyr, fiquei muito comovida com tudo que vamos falar, da maneira como vamos falar, de ver que não é um musical com todas as fórmulas que todos já conhecem, pois é brasileiro e está nascendo em nossas mãos, sem cartilha prévia. Falando de um momento histórico brasileiro, de pessoas que se arriscaram de uma maneira extremamente corajosa e nisso eu acho que o Caetano tem um papel absoluto, porque ele até hoje faz isso com imensa disposição. É essa coragem que ele tem, esse talento que sempre traz frescor, isso tudo misturado. Então, é uma delícia fazer parte, se sentindo no olho desse furacão.”
Nascida em Niterói e criada em Brasília, Zélia Duncan canta profissionalmente desde os anos 80. Seu primeiro álbum ao vivo foi Outra Luz, de 1990. De lá para cá, lançou outros nove álbuns de estúdio, cinco discos ao vivo e seis DVD. Em 2006, gravou com os Mutantes, um dos principais nomes do Tropicalismo, o álbum Mutantes ao Vivo, no Barbican Theatre em Londres.
Um dos principais nomes da MPB, Zélia já ganhou diversos prêmios importantes, entre eles, o Prêmio da Música Brasileira em 2016, com Melhor Canção, Melhor álbum de Samba e Melhor Cantora de Samba.
Equipe Criativa
“Alegria Alegria” tem direção e roteiro de Moacyr Góes, direção musical e arranjos de Ary Sperling, cenografia de Helio Eichbauer, coreografia de Alonso Barros e figurino e visagismo de Fabio Namatame.
“Eu consegui trazer para trabalhar nesse espetáculo pessoas muito importantes, tanto na minha vida profissional quanto, de alguma maneira, referências na cultura e no teatro brasileiro. E consegui escolher em audições um elenco de extraordinárias vozes e de talento cênico aqui da cidade de São Paulo. Então eu acho que estou muito bem cercado”, celebra Góes.
Diretor e roteirista, Moacyr Góes é um dos principais nomes em atividade na cena artística nacional. Dirigiu as novelas Laços de Família, Vale Tudo e Suave Veneno, filmes como Dom, Trair e Coçar é só Começar e Bonitinha, mas Ordinária, shows de Chico Buarque, Elba Ramalho, Olivia Byington e espetáculos teatrais como Peer Gynt.
Ary Sperling, membro votante do Grammy Latino, assinou a trilha sonora de filmes e novelas brasileiras, e trabalha constantemente com Xuxa, além de já ter sido arranjador de Roberto Carlos.
Helio Eichbauer, considerado um dos principais renovadores da cenografia brasileira moderna, vencedor dos prêmios APCA, Shell, Moliére e Sharp, já cenografou vários espetáculos de música brasileira, incluindo shows de Caetano e Gil, além de muitos espetáculos teatrais – é dele, inclusive, a cenografia de O Rei da Vela, de Zé Celso Martinez Correia, considerado um momento tropicalista no teatro nacional.
Fabio Namatame venceu os prêmios Apetesp, Shell e APCA, além do Carlos Gomes de Ópera e do Festival de Cinema de Paulínia, e assinou espetáculos como My Fair Lady, Evita, West Side Story e Cabaret.
Alonso Barros coreografou grandes musicais nacionais, como Hair, O Despertar da Primavera, Cabaret, O Mágico de Oz, Elis, a Musical e Chacrinha, além de também ter dirigido Se Eu Fosse Você.
Ficha Técnica
Roteiro e Direção: Moacyr Góes
Direção de Movimento e Coreografia: Alonso Barros
Direção Musical: Ary Sperling
Direção Vocal e Regência: Thiago Gimenes
Cenografia: Helio Heichbauer
Vídeo Cenário: Richard Luiz
Figurino e Visagismo: Fabio Namatame
Direção de Arte: Luis Bueno
Designer de Som: Tocko Michelazzo
Designer de Luz: Fran Barros
Assistente de Direção: Beatriz Lucci
Assistente de Coreografia: Ciça Simões
Assistente de Figurino: Juliano Lopes
Assistente de Cenografia: Marieta Spada
Produção de Cenografia: Jorge e Denis Produções Cenográficas
Produção de Vídeo Cenário: Rodrigo Arcangelo e Marcio Oliveira
Produção de Elenco: Giselle Lima
Produção Executiva: Jardel Romão
Produção Geral: Bárbara Guerra
Produtores Associados: Julio César e Moacyr Góes
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