Bad Bunny encerra 2025 como o artista mais ouvido do mundo no Spotify Global, reforçando a posição que já vinha construindo ao longo da última década. O levantamento divulgado pela plataforma aponta o porto-riquenho no topo entre os artistas mais executados do ano, superando nomes como Taylor Swift, The Weeknd, Drake e Billie Eilish. O resultado reflete uma combinação de lançamentos recentes, forte presença cultural e a manutenção de um público global que cresce a cada ano.
O domínio não se limita ao ranking de artistas. Bad Bunny também aparece em primeiro lugar entre os álbuns mais ouvidos com DeBÍ TiRAR MáS FOToS, e ainda retorna ao Top 10 com Un Verano Sin Ti, lançado em 2022 e que continua em alta três anos depois. Em um panorama em que diversos nomes se revezam entre hits virais, o porto-riquenho permanece como um dos poucos artistas capazes de sustentar relevância contínua, renovando sua estética, experimentando novos estilos e ocupando espaços fora do mercado latino.
Desde sua chegada ao mainstream com X 100pre (2018), Bad Bunny se transformou de revelação do trap latino para uma das figuras mais influentes da cultura pop mundial. Álbuns como YHLQMDLG (2020) e El Último Tour del Mundo (2020) ampliaram sua presença internacional, enquanto Un Verano Sin Ti consolidou o artista como fenômeno global, quebrando recordes de streaming e se tornando um dos discos mais comentados da década.
Seu trabalho tem sido comparado ao de artistas que redefiniram gêneros, como ocorreu com Kendrick Lamar no hip-hop e Billie Eilish no pop alternativo. Bad Bunny mistura reggaeton, trap, pop, rock e até influências caribenhas tradicionais, tornando sua discografia uma representação moderna da música latina em escala mundial.
Essa versatilidade também aparece em colaborações com nomes como Drake, Cardi B, J Balvin, Rosalía e Gorillaz, além de suas participações no cinema em produções como Bullet Train e Cassandro, abrindo portas para o artista em outra frente da indústria.
Polêmica envolvida no convite para o Super Bowl de 2026
O anúncio de que Bad Bunny será a atração principal do show do intervalo do Super Bowl 2026 gerou grande repercussão nos Estados Unidos. A escolha representa o avanço da música latina no maior palco esportivo e midiático do país, mas também provocou críticas por parte de políticos conservadores — entre eles Donald Trump, que afirmou publicamente que a NFL deveria priorizar artistas “tradicionais norte-americanos”.
O comentário repercutiu amplamente e reforçou discussões sobre o espaço de artistas latinos na indústria, especialmente considerando que apresentações recentes, como a de Shakira e Jennifer Lopez em 2020, receberam críticas semelhantes. Bad Bunny não respondeu diretamente às declarações, mantendo a postura habitual de evitar confrontos políticos explícitos, mas continuou enfatizando em entrevistas que sua música representa “uma cultura inteira, não apenas um artista”.
Em 2025, Bad Bunny liberou clipes e faixas que ampliaram sua visibilidade nas plataformas de vídeo, fortalecendo o alcance global de sua música. Mesmo sem lançar um álbum completo anualmente, Bad Bunny mantém um fluxo constante de singles e colaborações, contribuindo para sua posição de destaque no Spotify em 2025.
O Top 10 de artistas mais ouvidos globalmente em 2025 destaca uma mistura de nomes veteranos e novos públicos. Enquanto Bad Bunny lidera, Taylor Swift, The Weeknd, Drake, Billie Eilish, Kendrick Lamar, Bruno Mars, Ariana Grande, Arijit Singh e Fuerza Regida completam o panorama, demonstrando que o consumo global está cada vez mais diversificado.
No campo dos álbuns, DeBÍ TiRAR MáS FOToS reafirma o domínio atual do artista, enquanto o Brasil segue trajetória diferente: Henrique & Juliano lideram tanto entre artistas quanto álbuns, e Diego & Victor Hugo aparecem com a música mais ouvida. A única presença internacional no Top 10 nacional é Lady Gaga, com Mayhem.
A coexistência desses universos musicais mostra como Bad Bunny opera em uma dimensão própria: sua base latina é sólida, mas seu alcance ultrapassa barreiras linguísticas, alcançando ouvintes em todos os continentes.
Bad Bunny se tornou, ao mesmo tempo, símbolo de transformação cultural e figura dominante nas plataformas digitais. Seu sucesso não é apenas reflexo de números, mas de uma mudança estrutural na forma como o público global consome música.
A liderança no Spotify em 2025 reafirma que o artista não é mais apenas um representante do trap latino, mas um dos maiores fenômenos da música contemporânea — influenciando moda, comportamento, identidade cultural e a própria indústria do entretenimento.
Com o Super Bowl se aproximando e novos lançamentos previstos, 2026 deve manter Bad Bunny no centro das discussões culturais e musicais internacionais.





