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Inox: o primeiro supergrupo de Metal do Brasil


 Qual seu primeiro show de Heavy Metal? O meu foi em 1987 , na cidade de Ourinhos, de uma das melhores bandas de Heavy Metal do Brasil: INOX
 

A banda formada por Paulinho Heavy nos vocais, Segis no baixo, Fernando “The Crow” na guitarra e Rolando Castelo Junior, junta a experiência de bandas anteriores como o Made in Brazil, Patrulha do Espaço e a banda progressiva Quantun. Após se reunirem e começarem de maneira despretensiosa, conseguiram em 1986, assinar um contrato com a poderosa gravadora Epic e lançaram seu debut e único LP no mesmo ano, que foi produzido pelo grande produtor Luis Carlos Maluly, que também é responsável pelo LP Revoluções por Minuto, do RPM da mesma época. O LP possuía oito canções e continha uma versão em português da música “Nuclear Attack”, do saudoso Gary Moore.O álbum foi um sucesso de crítica e era sempre mencionado como um dos mais vendidos, na época, ficando a frente de álbuns como Bestial Devastation do Sepultura, Master of Pupets do Metallica, entre outros, segundo a excelente Revista “Metal” que existia na época.

Dentre as canções, destacavam-se, além de “Nuclear Attack”, “Fricção”, “Micróbios Afins” e “Ranger”, seu maior sucesso, que foi transformado em um verdadeiro hino pelos fãs. A banda em virtude dos equipamentos de som e luz contava com uma bela estrutura nos shows, o grupo apresentava um alto nível de qualidade técnica e musical inédito até então. Ainda mais tratando-se de Heavy Metal. Apesar das vendagens do disco serem boas, dos shows lotados e da recepção favorável dos críticos, a Epic não aceitou gravar um segundo álbum. Mesmo assim foi uma vitória do Heavy Metal naquele momento pois até hoje a banda é citada por quem a conheceu como uma das melhores do Brasil.

Abaixo conseguimos contato com os 3 membros remanescentes, uma vez que, infelizmente, o baixista Segis já faleceu e realizamos essa pequena entrevista para conhecer como era a visão dos músicos quando faziam parte do Inox.

A ILHA DO METAL – Eu os considero e escrevi no texto que vocês foram o primeiro supergrupo de Heavy Metal do Brasil, pois todos já eram conhecidos no meio. Gostaria de saber como foi a formação do Inox?

Paulinho Heavy – Obrigado pelo carinho e pelas palavras elogiosas ao referir-se a banda. Realmente, o Inox foi cercado por muitas expectativas e fugiu ao nosso controle a dimensão quase mítica que conseguimos atingir naquela época. Mesmo sem internet, celulares, faxes, sem a segmentação da mídia dos dias de hoje e recém saídos de uma ditadura militar, conseguimos mobilizar uma militância muito grande e sermos considerados como sendo um “supergrupo”. O Ségis e o Fernando já haviam tocado juntos no Quantun, uma banda de rock progressivo, onde o Junior fez uma esporádica participação como convidado na gravação do seu primeiro LP. Nesta época, fora o advento do Iron Maiden, que me levou a ser o VJ do Programa Som Pop da TV Cultura, eu já participava de uma banda chamada Hot Stuff, que tocava covers de rock pelo circuito de bares na noite paulistana. Através do Edu Bianchi, um amigo em comum e técnico de som de várias bandas emergentes daquele cenário, acabamos nos conhecendo e nos juntando para criar este ambicioso projeto. Fazer rock no Brasil sem fita crepe.

Fernando “The Crow” Costa – Eu e o Ségis formamos, sem saber, o primeiro embrião do INOX (tocávamos nós dois no Quantum, banda prog) junto com um outro batera, Eugênio (Kid). Nós costumávamos fazer um som instrumental, sem compromisso em algumas festas. O Quantum estava acabando e decidimos levar o negócio mais a sério e fomos aos EUA comprar equipamento. Procurando um vocalista para o projeto e o Paulinho nos foi apresentado pelo Edu Bianchi, um amigo comum. Paralelamente a isso eu havia conhecido o Júnior nas gravações do Quantum, ele gravou uma das músicas. Como o outro batera não levava música muito a sério convidamos o Junior e formou-se ai sim o “verdadeiro” embrião do INOX, com o nome de Operação Fraudulenta (que fez alguns shows), mas já com todos os integrantes. Investimos mais grana, o Paulinho trouxe mais equipos, montamos um estúdio para as atividades, todos pararam seus projetos paralelos e nos dedicamos apenas a estruturar a banda, compondo, fazendo arrajos e ensaiando. o Paulinho trabalhava na Odeon, e conseguiu enviar nosso material para muita gente, foi ele que arrumou nosso contrato com a CBS.

Rolando Castello Junior – Obrigado pelas palavras, realmento o Inox foi uma banda bastante boa e criativa, para mim o inicio se deu a partir de um convite do Segis, para que eu fizera batera numa demo da banda, que ainda não se chamava Inox e sim Operação Fraudulenta, então esse ensaio para a tal demo, que acabou não rolando, foi minha iniciação nas hostes do que viria a ser o Inox.

A ILHA DO METAL –  O produtor do disco foi Luiz Carlos Maluly, famoso na época por ter produzido o Revoluções por Minuto e que muitos diziam que o álbum teria sido gravado no mesmo estúdio, que teria sido gravado até em horas de estúdio que sobrou do RPM etc… Qual a importância dele no álbum já que se trata de um grande produtor até os dias de hoje?

Paulinho Heavy –  Com relação ao estúdio, realmente gravamos no Transamerica, que era o estúdio mais top e caro da época e o escolhido pela nossa gravadora, a CBS. O RPM já havia gravado quando começaram as nossa gravações portanto, não procede a informação sobre as tais sobras de horas. Havia sim, uma divisão de períodos com o Radio Taxi, que gravava o álbum Matriz no período diurno e nós, no período noturno. Com relação ao grande amigo e querido Maluly, nós da banda tivemos uma grande liberdade para a criação e em muitos momentos, pois humildemente reconhecendo naquele momento não ter a intimidade necessária em produzir rock pesado emanado por toneladas de amplificadores valvulados, deixou-nos assumir a produção enquanto produzia os Replicantes nos estúdios da RCA. O Maluly foi um aglutinador de pessoas, um cara que conseguia transformar qualquer ambiente pesado e tenso, em um leve, carregado por risadas e celebrações. Foi também, o cara que conseguiu contemporizar uma decisão arbitrária da gravadora, que havia nos prometido e combinado 200 horas de estúdio e do nada, mandou finalizar o trabalho em 100 horas, motivo pelo qual a voz e as mixagens ficaram muito comprometidas no trabalho geral. Graças a ele, terminamos em aproximadamente 130 horas

Fernando “The Crow” Costa – Tanto o Maluly quanto os técnicos e auxiliares, todos eles pessoas muito legais, jamais haviam gravado nada parecido, tinham a mesma experiência que nós. O disco de fato foi produzido por todos nós, mas não se pode negar o peso do nome do Maluly e o conhecimento que ele tinha no meio. O disco foi gravado no estúdio Transamérica, assim como o do Rádio Táxi, do Tokyo e o nosso. A CBS gravava todos seus artistas lá e esta coisa de horas do RPM eu nunca ouvi falar.

Rolando Castello  Junior – Trabalhar com o Maluly, antes de mais nada foi um prazer e também uma honra, eu já era amigo do Maluly quando ele ainda era o guitarrista da banda Lee Jackson e eu tocava bateria no Made in Brazil. Fizemos várias gigs juntos com as duas bandas. No estúdio ele foi um cara muito importante em capturar as ideias e sons do Fernando, assim como na pegada geral da banda, tanto na captação como na mix e nunca se meteu nos arranjos e performance, com seu jeito especial, sugestões e contos da estrada, nos manteve produzindo e felizes no estúdio, foram gravações absolutamente sem stress. Na verdade gravamos no tempo programado que tínhamos para gravar, não recordo bem, mas tivemos ao menos uns 15 dias de estúdio fechado somente para o Inox, para a gravação de bases e playbacks, nunca usamos horário do RPM, o esquema de gravação e produção do Inox, foi dos mais profissionais e respeitosos a nível artístico, resumindo gravamos com tratamento VIP por parte da gravadora.

A ILHA DO METAL – Falar do Inox é muito fácil, pois foi meu primeiro show de Heavy Metal. Lembro que os conheci no show de Ourinhos, sendo considerado um dos melhores até hoje e demorei mais de 6 meses para achar o LP, que só encontrei em Balneário Camboriú. Quando achei fiquei tão feliz que comprei os dois que tinham na loja e segundo dizem o Inox fez apenas 3 shows: São Paulo, Ourinhos e Porto Alegre. O que acham que faltou para o Inox, já que a crítica da época sempre foi extremamente positiva?

Paulinho Heavy – Mais uma vez, agradeço pelo carinho de suas palavras. Depois de 25 anos ainda ecoam imagens daquele show na minha mente e na de muita gente que lá estiveram. Muitas delas, ainda falam com saudades daquele evento, que marcou época. Na realidade, fizemos mais shows do que só estes que você relatou. Mais uma vez, lembro que infelizmente, os meios de comunicação não eram tão fartos como os de hoje . O Inox estreou em um show ao ar livre para mais de 30.000 pessoas por ocasião do aniversário de Caraguatatuba, na praia, em um palco com mais de 25 metros de frente. Depois, veio Ourinhos e o Espaço Mambembe em São Paulo, onde começamos a entender a gravidade do problema que teríamos pela frente, pois não havia local com estrutura para podermos nos apresentar. Devido à imensa expectativa que foi criada, não podíamos estrear em qualquer lugar que não comportasse o uso do nosso equipamento, pois todo mundo já sabia da nossa estrutura e queriam ver os 5 marshalls de guitarra com a parede de falantes gritando ao mesmo tempo. Lembrando que a parede do contra baixo não ficava atrás. O detalhe, é que não havia local pra isto e os que haviam, não queriam se arriscar em locar para shows de rock e seu público. Os que se dispunham, não ofertavam condições técnicas. Por exemplo, no Espaço Mambembe, ao ligarmos os Marshalls, os disjuntores caiam no teatro todo. Não havia a menor condição de ligarmos ¼ do que dispúnhamos. Descobrimos que eramos grandes demais para o que rolava no país. Iluminação então, nem pensar… Nosso legado, era nosso calvário. Resolvemos fazer o Araújo Viana em Porto Alegre que era uma arena à céu aberto, onde poderíamos nos capitalizar e seguir uma turnê pelo interior de SP. Choveu e tivemos um prejuízo enorme. Fizemos um réveillon no Black Jack entupido, onde quitamos as dívidas e mais um Mambembe completamente lotado, mas como os mesmos problemas técnicos com a parte elétrica que não aguentava, mesmo tendo solicitado à LIGHT/Eletropaulo que puxassem a energia diretamente do poste em uma cabine primaria totalmente improvisada. E desistimos, pois a conta não fechava. Ficamos de saco cheio da gravadora, falta de espaço pra tocar, empresários tentando nos roubar ou penhorar nosso equipamento junto aos agiotas, cobranças da família por investirmos demais, etc… Tem gente me devendo uma grana alta até hoje.

Fernando “The Crow” Costa – Não faltou nada, de nossa parte nada, fizemos tudo o que uma banda tem que fazer e fizemos ainda mais, coisas que outras partes não fizeram. Eram outros tempos, o pessoal “independente” torcia um pouco o nariz pra gente porque tínhamos uma gravadora grande, a gravadora tinha seu sistema de trabalho, não gostava do circuito independente, seu negócio era TV, rádio, jabá, sucesso grande. Gravadoras nesta época não investiam em coisa pequena, para eles o circuito de rock underground não interessava. No fim, o rock que pegou na época era o tal do “rock nacional”, que de rock não tem nada, levinho, meio new wave pós punk, nada a ver com o nosso. Fizemos oito shows e tivemos que parar porque era muito caro manter todo aquele investimento sem conseguir vender shows e sem o apoio da gravadora (que sequer cumpriu o contrato que previa outro LP), ficou impossível. Se você prestar atenção notará que até hoje é assim. Pouquíssimas bandas de ROCK conseguem alguma coisa grande, três ou quatro conseguiram em 30 anos.

Rolando Castello  Junior – Fizemos mais de um show em Sampa no Teatro Mambembe e no Black Jack, e fizemos o show de Ourinhos e Caraguatatuba, assim como o Araújo Viana em Porto Alegre. Isso se deve ao altos padrões que a banda se havia imposto para as gigs, relacionados a palco, iluminação, equipamento, enfim todos os aspectos de uma boa produção e apresentação de uma banda de rock, ou seja, um circuito que não existia e continua não existindo no Brasil. Digamos que a banda, equipamento e equipe técnica estavam mais para fazer shows na América e Europa, do que no Brasil. Tens razão a critica foi muito generosa com o trabalho do Inox, mas convenhamos fizemos por merecer, trabalhamos muitíssimo a nível de ensaios, composição e arranjos, apesar de havermos feito poucos shows, ensaiamos centenas de dias, durante a existência da banda, ademais foi feito um investimento grande para criar uma estrutura física  de pessoal e equipamento, que proporcionou as melhores condições possíveis de trabalho para a banda funcionar musicalmente, como veio a funcionar.

A ILHA DO METAL –  Como é o contato dos integrantes hoje? E já li algumas vezes sobre uma possível volta, já que tantas bandas grandes dessa época estão voltando. Existe alguma possibilidade de show de retorno ou voltarem a gravar algum álbum?

Paulinho Heavy – Apesar de termos um belíssimo segundo disco quase pronto desde aquela época, de minha parte, nenhuma chance… Infelizmente, nosso contato nos dias de hoje, limita-se aos “likes” do Facebook. Pra acontecer, algum empresário capitalista teria que querer muito que isso acontecesse e criasse condições para que isso viesse dar certo, pois caso contrário, eu jamais faria tudo o que fiz novamente. Foi muita dedicação, paciência para administrar egos, investimento de tempo e dinheiro. Um desgaste enorme natural de quem se mete a fazer música de qualidade em um país como o Brasil. Portanto, creio ser praticamente impossível de acontecer. Além do mais, o querido Ségis não está mais entre nós e sem aquela pegada, o som do Inox não soaria como deveria… Sinceramente, muito mais do que voltarmos, acho que merecíamos remixar aquele trabalho como deveria ter sido feito. Com mais calma, regravando algumas vozes, usando-se a tecnologia atual em masterização e equalização, etc. Seria mais fácil se acontecesse assim.

Fernando “The Crow” Costa – Temos pouco contato, basicamente virtual, cada um leva sua vida, é assim que é. As vezes nos encontramos mas é muito raro. Acho que não voltaremos não, a gente nunca falou nisso, o Ségis faleceu. Acho muito improvável.

Rolando Castello  Junior – O contato é esporádico mas estamos juntos nessa história para sempre, continuamos brothers ainda que a distância, ao menos para mim, que nem moro mais em Sampa. Sinceramente, nunca ouvi falar e nem fui sondado para nenhuma volta, e acho que isso nunca passou na cabeça de nenhum de nós, mesmo porque sem o Segis, seria impossível recriar nossa sonoridade. Ainda que não existe nenhum impedimento de um dia fazermos um som, em uma data ou ocasião especiais, principalmente para nós mesmos, para nos divertir e comemorar o trabalho e memórias do Inox, seria muito legal.

A ILHA DO METAL –  Nos fale um pouco da participação no Brasil Heavy Metal. Que acho que será o acontecimento do ano no estilo aqui no Brasil.

Paulinho Heavy – O projeto do Micka, é maravilhoso. Resta saber se ele e o pessoal da Ideia House conseguirão arrumar espaço para a quantidade de gente que lá foram colocados e se isto representará a realidade e a representatividade do que realmente aconteceu no movimento Hard & Heavy na década de 80/90. Penso, que uma mini-serie, em vários capítulos seria mais apropriado para formatar toda aquela galera de forma correta, sem ficar superficial ou caricato demais. Estou torcendo para o resultado final dar certo perante ao publico e a crítica. Sempre sofremos com o estereotipo negativo dos metaleiros que a Rede Globo nos impingiu, uma vez que os poucos que conseguiram chegar à mídia, conseguiram cristalizar ainda mais essa imagem por não terem capacidade intelectual para nos representar ou mesmo saberem portar-se frente aos cabeças pensantes da mídia. Vamos ver se com este projeto, com boas entrevistas, os melhores conteúdos, os cortes e edições, consigamos reverter um pouco este quadro perante a opinião pública. Torço por isto…

A ILHA DO METAL – Fernando, após o Inox, em que bandas atuou e qual está atuando recentemente?

Fernando “The Crow” Costa – Depois do Quantum e do INOX fiz várias participações no Golpe de Estado, uns 20 shows e gravei 4 discos com eles (teclado e Hammond), gravei teclados no disco The Key da Chave do Sol, gravei a intro do Mass Illusions do Korsus, montei o Quantum II (1993) com Paulo Zinner na batera, fiz com Felipe Carvalho o Night Flight Project, produzi a primeira demo do Angra (REACHING HORIZON), produzi a banda Firebox, gravei com o Big Balls do Xando (Hammond), gravei e fiz shows com o Cheap Tequila (Hammond), fiz um projeto prog bem legal com o Edu Garcia do Threat (The Crow & the Crow’s Band) nunca lançado, fundei junto com Edu e Edson Shultz a banda Homeleth, prog, cujo disco está para sair, e recentemente junto com o Ackua, Pedro e Rubinho participei do retorno da Chave do Sol, tocando baixo. Fiz muita coisa mas estas são as mais legais.

A ILHA DO METAL –  Sempre digo que a humildade é para os fora de série e sempre lembramos que após o show de Ourinhos passando pelo hotel que estavam hospedados, e ao vermos a banda no saguão, todos vocês nos atenderam com extrema simpatia. Aproveito e pergunto qual a importância dos fãs para vocês, já que hoje muitos músicos mantém uma certa distância deles. E o que acha da cena atual?

Paulinho Heavy – Sempre fomos humildes e gentis com todo mundo. Rock’n roll, é festa e festa precisa de gente… Foi uma pena não termos conseguido atingir patamares mais altos pois o show business de hoje, certamente seria mais profissional, técnico, menos enganadores, muito mais alegre e sadio do que se mostra atualmente. O que tem de poser botando banca e fazendo merda, é uma grandeza.

Fernando “The Crow” Costa – Eu sou um iconoclasta, detesto idolatria, logo, a humildade e o sentimento do igualdade em relação aos fãs pra mim é fundamental. O fã tem que adorar a música, não o artista, tem que gostar do meu som, não de mim. Não é o que acontece hoje, ninguém mais quer saber de música, o negócio é idolatrar artistas e celebridades, participar da “onda do momento”, no fim das contas o fã é explorado pela esquema e pelo “artista”. Eu não consegui ser assim e isso me colocou meio fora do mercado.

Rolando Castello  Junior – Não posso falar e desconheço o procedimento das outras bandas em relação aos fãs, só sei que em todas as bandas que toquei, a camaradagem sempre foi muito forte entre os membros da banda e equipe técnica. Essa camaradagem sempre se estendeu aos nossos fãs nas diferentes agrupações em que toquei e toco, afinal de contas sem os fãs as bandas não existiriam. Costumo falar que não temos fãs, senão amigos e amigas, galera que a gente conhece e faz amizade na estrada, e alguns até acabam se tornando meio que irmãos e irmãs, acaba sendo uma família bacana de roqueiros.

A ILHA DO METAL –  Espaço livre para vocês escreverem o que quiserem para nossos leitores, muito deles novos que conhecerão o Inox hoje, outros muito saudosos em relação a grande banda dos Anos 80.

Paulinho Heavy – Estude, leia, pesquise, procure, se interesse, pergunte, compartilhe, divirta-se, ame, trepe, sorria, cresça, creia, desconfie, cheque, tenha sua certeza, vote direito e aumenta que isto aí sempre foi rock’n roll.

Fernando “The Crow” Costa – Não acreditem em artistas e em celebridades, crias da indústria, aprendam a gostar de música e de rock de verdade, não essa porcaria POP disfarçada de rock que anda rolando por ai. Acreditem nisso que vocês serão felizes, no que depender da música, naquilo que a música tem e que pode fazer alguém feliz. E preste atenção nesse disco porque é muito bom, e tem um puta som de guitarra. rsrs…

Rolando Castello  Junior – Agradeço a oportunidade de falar e divulgar a música dessa grande banda que foi o Inox, faço minhas as palavras de Joe Perry: “…let the music do the talking…”

Muito obrigado e forte abraço aos boys da banda.
Sucesso e obrigado por compartilhar suas ideias conosco e por ter feito um dos melhores shows da minha vida, com certeza.

Paulinho Heavy – É NOISE !!!

Abaixo um scan do comentário do show do Inox em Ourinhos em um Jornal Local

Música Ranger do álbum de 1986

Por Ilha do Metal


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