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“Nothing Compares 2 U”: Morre aos 56 anos a cantora Sinéad O’Connor


Causa do óbito ainda não foi divulgada

Sinéad O’Connor, a renomada cantora irlandesa que imortalizou o sucesso “Nothing Compares 2 U”, faleceu aos 56 anos, conforme relatado pelo The Irish Times, sem que a causa do óbito tenha sido divulgada.

Nascida em Dublin no dia 8 de dezembro de 1966, a cantora optou por uma pausa em sua carreira após a trágica perda de seu filho, Shane O’Connor, no final de 2022. Ele, com 17 anos, foi encontrado sem vida na cidade de Wicklow, na Irlanda, sendo filho do cantor de folk Donal Lunny. Especulações sobre suicídio surgiram após Sinéad declarar que ele havia escolhido “encerrar sua luta eterna”. Além disso, a cantora ameaçou processar o hospital onde o garoto, diagnosticado com depressão, havia sido internado.

A saúde mental sempre foi um tema constante em seus discursos, uma vez que ela mesma foi diagnosticada com transtorno bipolar e enfrentou duas tentativas de suicídio. Sua infância foi marcada por dificuldades, incluindo a separação dos pais e abusos físicos por parte da mãe, antes de ser enviada, aos 15 anos, para o Asilo de Madalena, uma instituição regida por freiras que acolhia jovens mulheres consideradas “perdidas”.

Internacionalmente conhecida, a cantora alcançou o auge de sua fama em 1990 com sua emocionante interpretação da música clássica “Nothing Compares 2 U”, tornando-se o single número #1 do mundo naquele ano, segundo a Billboard. Seu álbum de estreia, “Lion and the Cobra”, lançado três anos antes, também foi aclamado pela crítica.

No entanto, sua carreira enfrentou controvérsias e boicotes, especialmente após uma apresentação no programa Saturday Night Live em 1993, onde ela rasgou uma fotografia do Papa João Paulo II, cantando acapella uma versão de “War”, de Bob Marley, e proferindo um protesto contra os abusos sexuais encobertos pela Igreja Católica.

Além de sua carreira musical, Sinéad O’Connor se destacou por defender causas importantes, como a legalização do aborto, que ela revelou ter feito em seu livro de memórias intitulado “Rememberings” (2021).

Nos últimos anos, a artista passou por uma série de mudanças pessoais, alterando seu nome para Magda Davitt e, posteriormente, adotando o islamismo, quando passou a ser identificada como Shuhada’ Davitt. Ela tinha planos de lançar um novo álbum e embarcar em uma turnê pela Austrália, Nova Zelândia, Europa e Estados Unidos.

Sinéad O’Connor deixa um legado marcante na música e dois filhos para trás. Sua voz única e seu ativismo jamais serão esquecidos pelos fãs e admiradores ao redor do mundo.

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